Patty Vicensotti

Cerca de 100 frases e pensamentos: Patty Vicensotti

Nesse cheiro de mato,nos confins de um destino,é o molhar do orvalho quem vê meus passos.Manhã de serração me cobrindo,apressa um sol por nascer:
é minha vida me chamando pra viver.Não tão só,me arrumo ao espelhar do olhar da criação:é minha saudação,meu café.Em minha volta,nem monumento nem luxo.Sou de alvorada e crepúsculo.Tenho quase nada,mais possuo quase tudo.

Eu distraio essa realidade com situações ainda que dispersas,adicionando á saudade,uma dose de um bom momento existido.Vou assim entorpecendo minha necessidade.Te penso de todas as formas (extremas),numa timidez que me enclausura,esperando um resquício de sorte que seja. Como um dia,ou dois,terminando novamente,agora teria que ter a qualquer custo,alguma coisa tua.Pois com sobras diversas minhas, num conjunto me agrido,tentando entender a qual teria que ter sido.Precisava só áquela que nos olhos te pusesse um brilho.Mas com todo desejo e uma esperança por dentro,eu reinvento (no pensamento),um momento a sós com você.Pra que nele,cheguem tão mais leve teus dizeres,e pra que eu te veja me ver sem tanta pressa.Um dia pode ser que aconteça...

Estou brotando marcas de um novo tempo.
Realista,contraditório e infinitamente
propício ao meu desejo.
Libertação.

"VIAGEM"


Eu decidi sair por aquela porta,querendo encontrar todo tempo perdido e guardar-los num espaço que coubesse minha prepotência.O que eu quero,eu quero.Não mudo,não substituo.Tem que ser assim ( ponto).Não consigo ser feliz batendo de frente comigo.Pode parecer egoísmo,mas só depois de tanta "sede",daquela que te senta no meio da noite,mas te limita um passo que seja,pra que se levante, já sentindo uma certa fraqueza,do que não sei o que,sufocada como um trago de cigarro após um jogo perdido,já totalmente vulnerável,foi que me fez entender que minha saciedade não era do nada .A vontade de sair por aí inventando assunto com a primeira pessoa que surgisse,sem olhar pro lado,nem ficar imaginando aquele "vulto" o tempo todo comigo, já eram sinais vitais de que seria: um certo amor (in) próprio.Uma incompatibilidade,digamos,casual.(Acontece!).Foi ficando estranho.Comecei a crescer numa ânsia,como se ela fosse me secar por inteira.O sangue já era água,fria,que vazava do fundo dos olhos e escorria um tracejado de um caminho,sinuoso e salgado,terminando na haste de um dedo,interrompendo.Tudo diminuindo por dentro,ficando apertado e transparente.Visivelmente compreendido e insuportável.Não ia caber mais ninguém,logo se via.E eu tinha que sair também.Mas o que fazer com o medo?Deixar de abrir mão dos meu valores, é como se eu adquirisse mais centímetros nas pernas,descobrindo que posso alçancar um pouco mais alto e tocar o distante.Como criança, quando coloca o salto da mãe e fica imaginando o dia de caber nele,sabe?Mas ter que readquirir forças,abrindo não só mão,mas mente,coração,uma vida já costumada aquela situação,foi o mais difícil.É assim que estou saindo para uma viagem,daquelas que se passa um bom tempo só planejando.Me despedindo de um comodismo pra finalmente ter esse encontro comigo,numa estação,num banco,num vasinho de violeta no canto,numa conversa sem hora marcada,num domingo sem obrigações,ou num dia sem nada.Só eu e eu mesma,num abraço de quem a muito tempo não se vê.E vou ficar falando comigo,num belo chá ,relembrando sonhos, projetando o futuro.Idéias frenéticamentes soltas,como os passos que quero ter,em torno daquilo que mereço,mesmo que inseguro,como se amarrados numa linha de pipa.Nem que eu me arrebente toda,preciso saber como é voar.Ser absoluta,e me casar com meu lado mais interessante.Quem dera?Já é hora!Meus filhos nascerão dessa viagem: Felicidade,Liberdade e Realização.Quer carona?

Não é só rosa,
meu mundo cor-de-rosa.
Tinta carmim, sobre mim.
Azul estrelado, ao teu lado:
cor da sua pele...
Vermelho sangue, paixão
Alaranjado ao seu fogo.
Negro que me esconde,
e depois me descobre.
Em delicada claridade me revela:
amarela a luz da vela...
Em fusão de cores me faço em tela,
pra que me sinta tom sobre tom.

Pequenas coisas...

Detalhes mínimos,

Gestos inquietos que fazem a diferença.

Nos perdemos nos grandes fatos,

E pouco encontramos naquilo que não percebemos:

No pouco visto...no pouco ouvido...no pouco sentido.

Cada passo dado.....é um "rastro" que de nós fica.

E cada rastro que deixamos ,

É um mundo nosso que construímos...

Somos um "mapa":

E só quem tem os olhos da alma,

Consegue desvendá-lo....

Sei lá...
Me deu vontade de escrever uma carta.
Pegar papel,caneta,colocar sobre a mesa.
Fazer letra bonita,bem desenhada.
Pra que quando seus olhos corressem sobres as linhas,
Visse que dentro de mim ainda havia beleza.
Pra que quando você abrisse aquela carta
descobrisse que sou além de
letras criadas.
eu existo.
Escrevia com calma.
Dizendo sobre tudo que sentia.
Contei sobre aquilo que
frente a frente jamais conseguiria.
Na metade,parei.
Debrucei sobre a folha,que já se borrava.
Fiquei me perguntado:até quando?
Respirei por uns minutos,
entre goles engasgados de raiva.
Ao terminá-la,dobrei com cuidado.
Processo demorado de decisão.
Ia,ou não ia?
Decidi ir.
No verso do envelope,escrevi
PARA: um criminoso.
Pois quando lesse aquela carta,
talvez eu não estivesse ali.
Mas só aí então,entenderia
que além do meu coração,
havia roubado minha paz,
meus sonhos,
minha vida!
E eu não te dei esse direito.

Ah! se eu pudesse voltar atrás no tempo.

Meu maior medo,
vem do barulho do tempo,
do seu coração.

Quis fugir.
Esgotei maneiras.
Tentei formas,
fórmulas de mudar.
Aquilo me ronda
procura a saída
que distraída,
deixei trancar.
Queria acordar
num outro lugar.
Aliviada,
de alguma coisa
que não me
lembraria mais.

Sonho meu

Só me acorde quando seu amor dispertar.
Do contrário,me deixe sonhar.
Por enquanto, guarde suas verdades...
Deixa como está.
Gosto do seu jeito,
mesmo desajeitado de me gostar.
Prefiro assim...
Dói menos.

Se meu carinho eu pudesse descrever:
-Embrulharia o mundo de presente pra você.

Se sobre seu valor eu pudesse contar:
-Não haveria mais pérolas nesse mar.

Se o bem que me faz eu pudesse explicar:
-Tiraria meu coração,só pra você ver,
como eu seria sem ter você para amar.

Não que eu estivesse triste.
Era um amontoado de situações
maior do que o espaço que eu tinha.
Pra não ver cair,
foi que tive que me estancar.
Com calma sarei o que me arranhava,
teci o que faltava,pra voltar.
Literalmente não sei lidar com excessos.
Meu coração é tamanho padrão.

Permito,que nessas horas vagas,
onde os desejos tem mais tempo,
que eu seja seu pensamento a te roubar vida afora.
E quando a falta for insuportável e vier em minha busca,
será a minha vez de ver,se sua forma ainda preenche
aquela mesma lacuna,(talvez),vazia.

Feito o mar...
Que num azul delicado,
me enche os olhos de agrado.
Achei que tinha visto o mais bonito.
Até você chegar.

Hei,você?

Me sopre seu maior desejo?
Hoje quero me fazer de um outro jeito:
Vou ser papel em branco,
esperando que seu encanto,
me pingue alguma estrela.
Me toque com seu coração?
E me torno borboleta,
a tomar em sonhos uma imensidão.
Me empresta seu sorriso?
Decidi ser hoje algo assim,
bem bonito....

(Patty Vicensotti)

Estou diante da única solução pacífica
e urgente comigo mesma:
recolhendo,em pedaços,o que fui inteira.
Incompleta,fragmentada,
mas decididamente disposta a
me montar em outra cena.
Reconstruindo...

“…Porque quando Deus me mostrou você, sabia a porção exata do que faltava em mim.”

Quanto tempo tem teu amor?
Até o ultimo gole do café, que desce amargo,nas madrugadas que não passam,e que eu te escrevo.Penso:é a última vez!Na cabeceira da cama,no livro,na mesma música deprimente que choro toda vez que ouço?Duraria mais um pouco?É reticências,sempre. Nada se conclui,nada se resolve. Você não volta e eu não vou.Me retorço nas horas,na vontade de desistir.Cada dia seus vestígios são mais fortes,e tão piores.Disfarça, fala,e eu entendo mais.E compreender o que não se quer é como uma lança que rasga mesmo. Não queria ,eu juro que não queria (muito).Se eu fosse menos egocêntrica,ah! Quando você ligasse,diria:"eu estou bem".(Ps:histérica).E desligaria sem querer de me atirar de algum lugar. Quanto tempo ainda tem teu amor?Caso você não compreenda,(porque seus planos são diferentes dos meus),eu fugi mesmo. Não se espante,se ás três da manhã eu chegar insônia,e despertar o mesmo amargo do café de todas as noites,e causar quem sabe,alguma atitude. E eu pergunto:quanto tempo terá o meu? Reticências...?Mas caso compreenda,(porque ninguém sabe mais dos meus planos do que você),eu cansei mesmo. Não se espante se meu email não chegar,se não te atender,se eu mudar de endereço.Ainda assim,por caridade,talvez,se eu quiser, te deixo algum sinal,só pra não pensar que isso não foi importante. É ,foi,e ainda é. Tão abstrata,essa forma de ficar.Me confunde.Nunca gostei de esconde-esconde,gato e rato,de coisas desencontradas.Então,até o sonho me trazer o real,e me tirar essas dúvidas da cabeça,vou dar um tempo.E você?Vai ficar ou vai correr?Vai salvar ou esquecer?Você ainda tem tempo?Por obséquio,te imploro,suplico:se ainda tem,caro amor,preencha essas reticências(...),por favor.

IN(FÂNCIA)

Quero,é a inocência adormecida no tempo.
Saber ser grande,sem crescer por dentro.

Morte

Onde o corpo findou a história,
fez a alma viva na memória.
Laços em nó na saudade,
ao consolo divino.
Lembrança de um amor ainda vivo.

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