Palavra Sábia
Sabe-se que enquanto vivemos estamos mais ou menos expostos à inveja, mas depois da nossa morte os nossos inimigos deixam de nos odiar.
Para sabermos bem as coisas, é preciso sabermos os pormenores, e como estes são quase infinitos, os nossos conhecimentos são sempre superficiais e imperfeitos.
Invejar a felicidade alheia é loucura: não nos saberíamos servir dela. A felicidade não se quer de confecção, mas sob medida.
É, realmente, um grande aborrecimento o fato da sabedoria só poder ser adquirida através de trabalho árduo.
Para ter sabedoria, é preciso primeiro pagar o seu preço. Use tudo o que você tem para adquirir o entendimento.
Às vezes, sem o sabermos, o futuro está em nós, e as nossas palavras supostamente mentirosas descrevem uma realidade que está próxima.
Quando tiramos a vida aos homens, não sabemos, nem o que lhes tiramos, nem o que lhes damos.
As particularidades, como todos sabem, são favoráveis à virtude e à felicidade; as generalidades é que são, inteletualmente, males necessários. A espinha dorsal da sociedade não é composta de filósofos, mas de serradores de enfeites e de colecionadores de selos.
O artista que troca uma hora de trabalho por uma hora de conversa com um amigo sabe que está a sacrificar uma realidade a algo que não existe.