Palavra Sábia

Às opiniões dos... inimigos deve-se ter sempre a devida observância.

É raro encontrar-se a sabedoria aliada à beleza.

Devia-se nascer velho, começar pela sabedoria, para decidir o seu destino.

Quanto à beleza, pelo menos sabemos que acaba por morrer, e por isso, sabemos que existe.

As doenças são para os homens escolas de virtude e de sabedoria; se nunca se curassem delas, não veríamos tantos doidos e tantos viciosos.

O saber é riqueza, mas de qualidade tal que a podemos dissipar e desbaratar sem nunca empobrecermos.

Todas as beatas se desforram dos pecados que não cometeram pelo prazer de saberem os pecados das outras: sempre é alguma coisa.

As virtudes e as raparigas possuem a máxima beleza até saberem que são belas.

O hábito da sabedoria dispensa quase sempre a virtude.

Os homens não sabem avaliar-se exatamente: cada um é melhor ou pior do que os outros o consideram.

Aqueles que apanham indigestões ou se embriagam, não sabem nem comer, nem beber.

Muitas vezes, todos nós... acreditamos mais nas opiniões alheias do que nas nossas.

Os povos, como as pessoas, variam de opiniões e gostos, e na sua inconstância passam frequentes vezes de um a outro extremo.

Há muita gente que procura apadrinhar com a opinião pública as suas opiniões e disparates pessoais.

A sabedoria indigente é menos invejada que a ignorância opulenta.

Desde o século XVIII que aquilo que sabemos já não está de acordo com aquilo em que acreditamos.

A opinião que domina é sempre intolerante, ainda quando se recomenda por muito liberal.

Nenhum vício se pode combater pelos malefícios que traz, mas sim, por não ser aceitável para a opinião que dele têm os outros. Se queres combater o tabaco, não digas que faz mal. Diz apenas que parece mal.

O homem verdadeiramente sábio é aquele que não sabe e não sabe que não sabe e acha-se mais esperto do que qualquer outro.

Opinião pública é o que as pessoas acreditam que as outras pessoas pensam.