Pais e Educacao Rubem Alves
Ser escritor num país que ocupa o último lugar
no ranking de Interpretação de Textos
é uma tarefa bastante espinhosa...
Bons pais dão presentes, pais brilhantes dão seu próprio ser
Este hábito dos pais brilhantes contribui para desenvolver em seus filhos: auto-estima, proteção da emoção, capacidade de trabalhar perdas e frustrações, de filtrar estímulos estressantes, de dialogar, de ouvir.
Bons pais atendem, dentro das suas condições, os desejos dos seus filhos. Fazem festas de aniversário, compram tênis, roupas, produtos eletrônicos, proporcionam viagens. Pais brilhantes dão algo incomparavelmente mais valioso aos filhos. Algo que todo o dinheiro do mundo não pode comprar: o seu ser, a sua história, as suas experiências, as suas lágrimas, o seu tempo.
Pais brilhantes, quando têm condições, dão presentes materiais para seus filhos, mas não os estimulam a ser consumistas, pois sabem que o consumismo pode esmagar a estabilidade emocional, gerar tensão e prazeres superficiais. Os pais que vivem em função de dar presentes para seus filhos são lembrados por um momento. Os pais que se preocupam em dar a sua história aos filhos se tornam inesquecíveis.
Você quer ser um pai ou uma mãe brilhante? Tenha coragem de falar sobre os dias mais tristes da sua vida com seus filhos.
Tenha ousadia de contar sobre suas dificuldades do passado. Fale das suas aventuras, dos seus sonhos e dos momentos mais alegres de sua existência. Humanize-se. Transforme a relação com seus filhos numa aventura. Tenha consciência de que educar é penetrar um no mundo do outro.
Muitos pais trabalham para dar o mundo aos filhos, mas se esquecem de abrir o livro da sua vida para eles.
Infelizmente, seus filhos só vão admirá-los no dia em que eles morrerem. Por que é fundamental para a formação da personalidade dos filhos que os pais se deixem conhecer?
Porque esta é a única maneira de educar a emoção e criar vínculos sólidos e profundos. Quanto mais inferior é a vida de um animal, menos dependente ele é dos seus progenitores. Nos mamíferos há uma dependência grande dos filhos em relação aos pais, pois eles necessitam não apenas do instinto, mas de aprender experiências com seus pais para poderem sobreviver.
Na nossa espécie essa dependência é intensa. Por quê? Porque as experiências aprendidas são mais importantes do que as instintivas. Uma criança de sete anos é muito imatura e dependente dos seus pais, enquanto muitos animais com a mesma idade já são idosos.
Como ocorre esse aprendizado? Eu poderia escrever centenas de páginas sobre o assunto, mas neste livro comentarei apenas alguns fenômenos envolvidos no processo. O aprendizado depende do registro diário de milhares de estímulos externos (visuais, auditivos, táteis) e internos (pensamentos e reações emocionais) nas matrizes da memória. Anualmente arquivamos milhões de experiências. Diferentemente dos computadores, o registro em nossa memória é involuntário, produzido pelo fenômeno RAM (registro automático da memória).
Nos computadores, decidimos o que registrar; na memória humana, o registro não depende da vontade humana. Todas as imagens que captamos são registradas automaticamente. Todos os pensamentos e emoções - negativos ou saudáveis - são registrados involuntariamente pelo fenômeno RAM.
Quando o presidente de um país que promove duas guerras ao mesmo tempo recebe o Prêmio Nobel da Paz, tremei: isto só pode ser sinal de que o mundo está mesmo muito doente. Num estado crônico.
Meu país, doce terra de liberdade, eu te canto.
Terra onde meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos,
De qualquer lado da montanha, ouço o sino da liberdade!"
E se a América é uma grande nação, isto tem que se tornar verdadeiro.
E assim ouvirei o sino da liberdade no extraordinário topo da montanha de New Hampshire.
Ouvirei o sino da liberdade nas poderosas montanhas poderosas de Nova York.
Ouvirei o sino da liberdade nos engrandecidos Alleghenies da Pennsylvania.
Ouvirei o sino da liberdade nas montanhas cobertas de neve Rockies do Colorado.
Ouvirei o sino da liberdade nas ladeiras curvas da Califórnia.
Mas não é só isso. Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Pedra da Geórgia.
Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Vigilância do Tennessee.
Ouvirei o sino da liberdade em todas as colinas do Mississipi.
Em todas as montanhas, ouviu o sino da liberdade.
E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras do velho spiritual negro:
"Livre afinal, livre afinal.
Agradeço ao Deus todo-poderoso, nós somos livres afinal."
Quando o Meu Amor Vem Ter Comigo
quando o meu amor vem ter comigo é
um pouco como música,um
pouco mais como uma cor curvando-se(por exemplo
laranja)
contra o silêncio,ou a escuridão....
a vinda do meu amor emite
um maravilhoso odor no meu pensamento,
devias ver quando a encontro
como a minha menor pulsação se torna menos.
E então toda a beleza dela é um torno
cujos quietos lábios me assassinam subitamente,
mas do meu cadáver a ferramenta o sorriso dela faz algo
subitamente luminoso e preciso
—e então somos Eu e Ela....
o que é isso que o realejo toca
agora ar é ar e coisa é coisa: traço
nenhum da terra celestial seduz
nossos olhos sem ênfase onde luz
a verdade magnífica do espaço.
montanhas são montanhas; céus são céus -
e uma tal liberdade nos aquece
que é como se o universo uno, sem véus,
total, de nós(somente nós) viesse
- sim; como se, despertas do torpor
do verão, nossas almas mergulhassem
no branco sono onde se irá depor
toda a curiosidade deste mundo
(com júbilo de amor) imortal e a coragem
de receber do tempo o sonho mais profundo
Um Simples olhar teu facilmente me desabrocha
Embora me feche como os dedos da mão.
Tu sempre abres pétala por pétala meu ser
Como a primavera quando toca cuidadosa e misteriosamente
sua primeira rosa.
Eu não sei o que existe em ti
que me libera e prende.
Somente uma coisa em mim compreende,
que a linguagem dos teus olhos é mais
profunda que todas as rosas.
Ninguém, nem mesmo a chuva.
Tem mãos tão pequeninas.
Quando acreditamos em nós mesmos, podemos arriscar a curiosidade, a admiração, o prazer espontâneo ou qualquer experiência que revele o espírito humano.
somewhere i have never travelled,gladly beyond
any experience,your eyes have their silence:
in your most frail gesture are things which enclose me,
or which i cannot touch because they are too near
your slightest look easily will unclose me
though i have closed myself as fingers,
you open always petal by petal myself as Spring opens
(touching skilfully,mysteriously)her first rose
or if your wish be to close me, i and
my life will shut very beautifully ,suddenly,
as when the heart of this flower imagines
the snow carefully everywhere descending;
nothing which we are to perceive in this world equals
the power of your intense fragility:whose texture
compels me with the color of its countries,
rendering death and forever with each breathing
(i do not know what it is about you that closes
and opens;only something in me understands
the voice of your eyes is deeper than all roses)
nobody,not even the rain,has such small hands
Um dos meus prazeres é cozinhar. Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha fazer aquilo que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal, sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto! Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de catedral gótica. De repente, a cebola, de objeto a ser comido, se transformou em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões... Agora, tudo o que vejo me causa espanto. Então me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as "Odes Elementales", de Pablo Neruda.
Procurei a "Ode à Cebola" e lhe disse: "Essa perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas. Veja o que Neruda disse de uma cebola igual àquela que lhe causou assombro: 'Rosa de água com escamas de cristal'. Não, você não está louca. Você ganhou olhos de poeta... Os poetas ensinam a ver".
Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física óptica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à física.
William Blake sabia disso e afirmou: "A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê".
Sei disso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ipê que florescia à frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo.
(...) Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem. "Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. Não basta abrir a janela para ver os campos e os rios", escreveu Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa. O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido. Nietzsche sabia disso e afirmou que a primeira tarefa da educação é ensinar a ver.
Uma sociedade verdadeiramente transformada surge quando cada indivíduo valoriza a ética e a educação cívica como pilares fundamentais. Ao promovermos a consciência ética e o respeito mútuo, estamos construindo uma comunidade mais justa, inclusiva e harmoniosa, onde prevalecem a empatia, a cooperação e a responsabilidade coletiva. A mudança começa com cada um de nós, e é por meio da educação ética e cívica que podemos moldar um futuro mais promissor para todos, onde a solidariedade e o bem comum prevaleçam sobre interesses individuais.
21/03/2024
Amor è um carpinteiro
Que ri com ar de metreiro,
Cerrando forte e ligeiro
Na tenda do coracão...
Põe pregos de resistência,
Ferrolhos na consiência,
Tranca as portas da razão
Tenho amigos anjos e tenho os demônios. Os anjos me falam o que é errado, os demônios me levam pra conhecer!
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