Pais e Educacao Rubem Alves
O CAFÉ SABOROSO DO ZITO
De uns tempos pra cá adquiri o prazer de um bom cafezinho. E não foi depois de ter ouvido que café faz bem para o coração. Para preservar a saúde tenho outros meios melhores.
Estou tomando o meu cafezinho diário. E não é aquele do trabalho, politicamente correto, mas sem poesia.
Meu café é um café transcendental, razão pela qual, quando posso, vou até os “cafés” tradicionais da cidade para saborear um bom expresso.
Ao contrário do cafezinho do trabalho, sempre funcional, este outro tem uma evocação especial: as lembranças de meu pai.
Como o pai gostava de um saboroso café!!! Ele mesmo comprava a sua marca predileta. Ele mesmo o preparava do seu jeito e o saboreava na sua caneca favorita.
Tenho bebido um bom cafezinho todos os dias. E com o café, as memórias de meu bom pai e suas histórias saborosas.
Carlos Alberto Rodrigues Alves
SUELY DO ZITO
“Morrer, que me importa? (…) O diabo é deixar de viver.” M. Quintana
Meu pai:
Como o Senhor sabe, a Suely foi embora também. Pouco depois do pai. Ela não agüentou a “maldita”.
Tentamos de todas as maneiras deixá-la em pé. Valeu a presença dos médicos, dos pastores, das famílias…Mas não deu! O pai tinha razão, ela estava com os dias contados.
Uma vez eu disse pra Suely: “ O pai vai partir antes da mãe”. Acertei! Mas errei ao ignorar que ela iria, de imediato, acompanhar o pai.
Há um ano dei-lhe de presente um belo chapéu francês. A idéia era encobrir as marcas anti-estéticas do seu tratamento. Quando mais jovem ela era tão vaidosa!
Deixo gravadas as imagens de nós três: o apelido carinhoso de “Chó” que o pai lhe deu quando criança, as músicas que a gente tocava para ela e a “visita saideira” em sua casa, quando, sabiamente o senhor lhe disse “ Adeus”.
A exemplo do que fiz em relação ao pai, agradeço a Deus sua partida. Difícil estava sendo vê-la sofrer. A Suely em seu estágio final era o retrato da tristeza.
Agora, livre da dor, ela mora em nossa saudade, com as imagens mais bonitas da vida.
Nadir, Felipe, Taís e Aline, vamos inventar juntos, esperanças pra viver!…
Carlos Alberto Rodrigues Alves
JONAS DE ARAGUARI
Poetas, seresteiros, namorados...
Todos vós que assentais junto ao rio Jordão...
Vós todos que salmodiai na embaixada dos papagaios...
Peço-vos licença para algumas coisas:
Primeiramente, para pontear na viola um canto de paz pela vida. Acontece senhores, que nesse primeiro-de-ano que se aproxima, como ocorre há 75 janeiros, um homem-de- bem e que traz em seu nome o sentido da paz, verá mais uma vez seu povo congregado para celebrindar a vida-que-lhe-renasce-todos-os-dias. Por isso peço-vos que anuncieis nos sinos das catedrais que vai rolar a festa na casa da dona Waldete.
“O povo do gueto mandou avisar
Pode vir, pode chegar
Misturando o mundo inteiro
Vamos ver no que é que dá
Tem gente de toda cor
Tem raça de toda fé”
Peço-vos licença também , para registrar no cyberespaço que ele é meu amigo. E isto não por causa da cor da pele, não por causa do tempo que passamos jogando conversa fora e nem tampouco pelas nossas afinidades futebolísticas. Nossa amizade é coisa gratuita, coisa além do tempo e do espaço... A ele lhe cai bem o poema de Oscar Wilde:
“Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice.
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto
e velhos, para que nunca tenham pressa”.
Finalmente, peço-vos licença para agradecer a esse devoto-do-divino, os belos retratos de sua sagrada família, fotografados pelas suas lentes-do-amor na página do Orkut e sintetizadas na auto apresentação desse poeta-profeta:
“Jonas Alves da Silva, brasileiro, casado, advogado.
Tenho dois filhos casados, dois netos, uma neta e um bisneto.
Minha esposa há 50 anos e para sempre,
Waldete Tilmann Ribeiro da Silva
(Bodas de Ouro - 2 de maio)”
Isso é uma declaração de amor! E como diz seu conterrâneo Drumond, nas suas maravilhosas sem-razões do amor:
“Amor é dado de graça
com amor não se paga
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse...”
Por isso mesmo Marcão!... No descortinar da próxima quinta-feira, deixe um pouco de lado seu Vademecum! Marcinha!... Manda preparar os pãezinhos de queijo! Pedroca!... Aperte o agogô e afrouxe o afoxé! Você Guilherme!... Libere seus colares coloridos! Enfim... Poetas, seresteiros, namorados de Araguari:
“Esquentai vossos pandeiros
Iluminai os terreiros
que nós queremos sambar”
É chegada a hora de escrever e celebrar o ano novo que “cochila e espera sempre” no coração menino-e-valente do mestre Jonas.
Parabéns mano velho! Para você a benção dos celtas:
"Que a sorte das colinas te abrace.
Que teus bolsos estejam pesados e teu coração leve.
Que a boa sorte te persiga,
e a cada dia e cada noite tenhas muros contra o vento,
um teto para a chuva, bebidas junto ao fogo,
risadas que consolem aqueles a quem amas,
e que teu coração se preencha com tudo o que desejas".
(Homenagem da família ao amigo nascido no mesmo ano em que nasceram Rubem Alves, Eva Wilma, Lourenço Diaféria e Garrincha)
SOBRE O ANO NOVO
Ano velho vai, ano novo vem... O eterno ciclo da natureza, fiel ao seu moto contínuo, mais uma vez deixa nos calendários a marca dos dias que já não existem mais.
E mais uma vez estamos a rodopiar, como um Bolero de Ravel, fazendo variações sobre o mesmo tema que nos é dado todo dia, a toda hora, a todo instante...
Por um instante sou tentado a pensar no tempo como uma cravejante navalha que sulcra e espalha, impiedosamente, marcas desalmadas pelo meu corpo. Mas depois, sou consolado de modo benfazejo, por um dos meus poetas favoritos:
“ Nossos dias são preciosos,
e com alegria os vemos passando
se no seu lugar encontramos
uma coisa mais preciosa crescendo:
uma planta rara e exótica,
deleite de um coração jardineiro,
uma criança que estamos ensinando
um livrinho que estamos escrevendo... ”
Depois me convenço que um ano novo só é novo se o dia que se chama HOJE for novo também. Arrisco, então, umas notas no meu pinho e peço ao Senhor do Tempo que todos possamos ter um feliz ano novo para veranear os invernos dos nossos outonos.
BOM PRINCÍPIO
Passei o “ bom princípio” no meio do mato, com o cheiro do capim-limão, nas barrancas do Paranapanema. Sem foguetórios, sem TV, sem comilança!
Era-me necessário fazer, sem nenhuma bravata, um poético e silencioso protesto contra o inferno-nosso-de-cada-dia;
Passei o “ bom princípio”, no meio dos sapos, dos martins-pescadores e dos pirilampos. Sem músicas breganejas, sem novelas e sem arruaças!
Era-me necessário fazer, sem nenhuma piequice, uma saudação à família, à natureza e à minha viola;
Passei o “ bom princípio” no meio do vale, com o sussurro das águas, envolto aos devaneios dos sacis-pererês. Sem relatórios piedosos, sem sacerdotes por perto, sem salamaleques!
Era-me necessário fazer, sem nenhuma igrejice, uma confissão-de-fé-diferente para o ano novo.
Por isso cantarolei, sob os acordes da viola caipira e com a alegria luxuosa dos compadres que conheci, meu salmo-caboclo, em altíssimo astral:
SARMO VINTE E TREIS
O sinhô é meu pastô e nada há de me fartá
Ele me faiz caminhá pelos verde capinzá
Ele tamém me leva pros córgos de águas carmas
Inda que eu tenha que andá
nos buraco assombrado
lá pelas encruzinhadas do capeta
não careço tê medo de nada
a-modo-de-quê Ele é mais forte que o “coisa-ruim”
Ele sempre nos aprepara uma boa bóia
na frente de tudo quanto é maracutaia
E é assim que um dia
quando a gente tivé mais-prá-lá-do-que-prá-cá
nóis vai morá no rancho do sinhô
pra inté nunca mais se acabá...
Êêêêêêtttttta sarmo bão sô!!!
Vi então que o sertão compreendeu e o ano novo amanheceu em paz...
Em segundo pense e lembre de quem um dia fez você sofrer,agora pense em quem ama você...
Agora não faça nada deixa que eu te amo de verdade....
SOBRE O ANJO DA MORTE QUE ME RONDOU
O filósofo-educador Edgar Morin, autor de "O homem e a morte", lembra que a ciência que pesou o sol, continuou como que intimidada e trêmula diante do outro sol, a morte.
Não é o meu caso! Tenho uma hiper-consciência de minha finitude. Por isso não tenho medo da morte! Aprendi isso com meu pai que, antes de morrer me pediu , enfaticamente: “ Meu filho, coloque no meu túmulo esta frase ‘ aqui jaz alguém muito a contra gosto’”.
Digo isso como prelúdio a uma informação a meus amigos. Fui visitado esta semana pelo anjo da morte. Não morri como prova esta página que estou escrevendo!
Mas estive quatro dias nos porões do Hades, na UTI. Suspeita de enfarto, angina, veia entupida, seja lá o que for, problema cardíaco enfim!
Que cenário dantesco vivenciei! De um lado um irmão canceroso, de outro lado um irmão aidético. Ambos terminais! Eu no meio, como Jesus na cruz.
Com uma diferença: O da minha esquerda e o da minha direita já estão no paraíso!
Depois de minha infernal-purgação no hospital, com aparelhos-de-alta-técnica-e-alta-violação-a-este-vil-pecador, com mapeamentos-invasores-de-todas-minhas-intimidades, com exercícios-hercúleos-a-moda-do-Sísifo, o referido anjo resolveu me poupar. E me passou algumas lições:
Primeira delas:
- Amor e humor acima de tudo!
Obrigado meu alegre anjo, mas você sabe que isso faço com sucesso. Que o digam minha família, meus amigos de fé, meus camaradas!
Até aí estou aprovado! Conforme orientação de meus médicos este foi um dos segredos deste brasileiro-estatura-mediana-rubro-negro-de-coração, ainda estar vivo e ativo no planeta terra!
Segunda lição:
- Já que a vida é curta, curta cada momento da vida!
Sabedoria de Hipócrates: “Breve é a vida, longa a arte! Fugidio é o momento, difícil a decisão, sábia a escolha”!
Também sei disso meu sábio anjo! Vivo isso como filosofia de vida. Até aqui tenho nota dez!
Terceira lição:
- Trabalhe menos! Você não vai ficar rico! Faça só o que você gosta!
Esta lição ainda não aprendi meu prudente anjo! Estou reprovado!
Há muito tempo que não quero ficar rico, mas preciso pagar o de ontem! Que fazer?
Devo evocar Vinícius de Moraes?
“Depois faço a loteca com a patroa
Quem sabe o nosso dia vai chegar
E rio porque rico ri à toa
Também não custa nada imaginar”
Ou devo procurar ajuda de meus irmãos-de-fé-camaradas-de-vida-boa-sem-stress-sem-conta-pra-pagar???
Oh! Meus-gnomos-meus-elfos-meus-emos-meus-alquimistas-devotos-de-Onã-o-bárbaro:
Marcão, Reginaldo, Edmar, Alessandro, Jaime, Dr. Luiz Antonio, Mânfio, queiram me dar a fórmula...
Acho que nem vocês vão me ajudar!
O jeito é continuar driblando a morte!
Por enquanto, estou tendo sucesso!
Enquanto ela não me encontra, vou zombando dela.
Quando ela chegar, com suas carrancas, lembrarei do Tagore:
"No dia em que a morte bater a tua porta que lhe oferecerás?
Porei diante de minha hóspede
o vaso cheio de minha vida.
Não a deixarei ir de mãos vazias...'”
Anjo da morte!
Fique tranquilo, ainda não é chegada a minha hora!
Quero viver mais 200 anos...
(Aos amigos que torceram para que eu ficasse por aqui mesmo)
o coração é um orgão futel que não serve pra nada além de atrapalhar nossas vidas, como nem uma vida é perfeita, nós amamos .. dizem que amar é a melhor coisa da vida, mais nem sempre é, porque nem todos podem amar, como eu, que na minha opinião, amar não é nada alem de ilusões ..
Eu não tinha este rosto de hoje, assim calmo, assim triste, nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo. Eu não tinha estas mãos sem força, tão paradas e frias e mortas; eu não tinha este coração que nem se mostra. Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa, tão fácil .. eu não vou me arrepender de ser tão amarga, mais seria agradavel de não ser assim. ainda me pergunto o que me deixou assim, se alguem me maguou, se eu vi alguma coisa que me traumatizou, ou se era do meu futuro mesmo, quase sempre, eu sinto medo de mim mesma, e adoraria saber os outros também sentem medo de mim as vezes, eu imagino como eu seria, se eu fosse como as outras pessoas e me sinto horrivel, por que ser normal é a coisa mais ridicula do mundo ! É, não adianta, essa sou eu ..
Sinto umas enormes SAUDADES ki anseia a minha alma. DO a tranqüilidade só vento me faz relaxa..Porque Quanto d eu existe amarei..
SOBRE TEOLOGIA
“Teologia é o caminho mais longo para se chegar a Deus”. Mario Quintana
Sou visionário de um tempo em que as palavras sobre o indizível deixarão de se transformar em mortalhas para embalsamar Aquele cujo nome é impronunciável.
Até lá procuro tecer com outros irmãos, também exilados, uma rede de balanço onde as palavras se espalhem musicalmente pelo vento e anunciem aos quatro cantos da terra que o mundo ainda tem jeito apesar do que os donos da religião têm feito.
Sonho com um novo tempo em que a beleza, em suas multiculturais cores, substituirá as doutrinas-fossilizadas, os musicultos bregas e as pregações-burocráticas cada vez mais caducas de nossas comunidades.
Irei cantar e fazer parte do cordão do irmão-poeta-profeta Rubem Alves:
"Hoje faria tudo diferente.
Começaria por informar meus leitores de que teologia é uma brincadeira,
parecida com o jogo encantado das contas de vidro que Hermann Hesse descreveu,
algo que se faz por puro prazer,
sabendo que Deus está muito além de nossas tramas verbais.
Teologia não é rede que se teça para apanhar Deus em suas malhas,
porque Deus não é peixe, mas Vento que não se pode segurar...
Teologia é rede que tecemos para nós mesmos,
para nela deitar nosso corpo.
Ela não vale pela verdade que possa dizer sobre Deus
(seria necessário que fôssemos deuses para verificar tal verdade);
ela vale pelo bem que faz à nossa carne".
Quando estiver próximo este tempo se cumprirá a profecia do Apocalipse:
"E não vi ali templo, porque o seu templo é o Senhor Deus Todo-Poderoso".
si RE MI RE si RE MI RE (meu coração sem direção)
RE DO# DO# DO# RE MI RE (voando só por voar)
RE MI RE la RE MI RE (sem saber aonde chegar)
RE DO# DO# DO# RE MI RE (sonhando em te encontrar)
RE MI RE la ( e as estrelas)
RE DO# si DO# RE DO# si DO# RE (que hoje eu descobri no teu olhar)
RE MI RE la FA# MI RE MI (as estrelas vão me guiar)
la DO# RE MI RE MI FA# RE (se eu não te amasse tanto assim)
la DO# RE MI RE MI LA (talvez perdesse os sonhos)
LA SOL FA# RE (dentro de mim)
la LA SOL FA# MI RE RE si RE (e vivesse na escuridão)
la DO# RE MI RE MI FA# RE (se eu não te amasse tanto assim)
la DO# RE MI RE MI LA (talvez não visse flores)
LA SOL FA# RE (por onde eu vim)
LA SOL FA# MI RE si RE (dentro do meu coração)
apagar 18/07/08 geovana
[violeroupa-nova
Introdução: FA sib / DO RE MIb la / sib DO RE sol / la sib DO
RE RE RE MIb RE DO sib DO RE RE / Há tanto tempo que eu deixei você
RE RE MIb RE DO sib DO sol / Fui chorando de saudade
MIb MIb FA MIb RE MIb FA sib DO sib
...ρяα тєитαя тє cσиvєиcєя
Quє sσu α ρєssσα cєятα ρяα vσcê.
мє dϊgα αρєиαs duαs ραlαvяαs
ραяα єu мє яєαρяσχϊмαя
sєϊ quє иãσ тєиhσ cєятєzα quє sєяá ƒєlϊz cσмϊgσ
мαs sє vσcê тєитαя иãσ ϊяá sє αяяєρєиdєя
иα vϊdα тudσ sє єитєиdє, só dєρєиdє dє vσcê.
Quαитαs cσϊsαs ρlαиєjєϊ
Quαитσs sσиhσs dєlєтєϊ
αgσяα já єsтσu cαиsαdσ єsтá иα hσяα dє αgϊя
Vєиhα cσяяєиdσ ραяα σs мєus вяαçσs иãσ тєитє ƒugϊя dє мϊм.
Será que vale apena lutar por amor?
Se não for verdadeiro talvez naum adianta lutar pq alguém vai sair machucado nesta historia...Pq O amor de verdade não escapa facilmente de suas mãos. Ao contrário, ele gruda em seu coração e não foge.
-> *Agora é hora de dizer q hoje eu txi AMO naum vou negar q outra pessoa ñ servirá.. tem q ser vC !
TALVEZ um dia vc vai se perguntar
Onde esta aquela garota que gostava de chora?
Talvez ela ñ gostasse de chorar + gostasse
De vc!♥
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