Ouvi e Observar
Eu observo muitas pessoas reclamando das oportunidades que não tem, particularmente vejo a oportunidade como uma forma de atenção diferenciada, muitas vezes uma coisa insignificante pode ser uma grande oportunidade. Já escutei muito isso “nossas escolhas tem metade de chances para darem certo, é assim para todo mundo”. Então acredito que precisamos administrar o nosso medo, ansiedade, emoção e pressa. Conseguindo administrar bem isso acredito que vai sair de onde está e observar um mundo de possibilidades que tem. Quando digo administrar é administrar mesmo (planejamento, organização, direção e controle) imagina o medo sendo planejado, organizado, dirigido e controlado. Nem preciso dizer muito, com isso já terá uma visão diferente do que está acostumado a ver.
"Encosto na beirada da proa e respiro fundo. Sinto uma paz por estar em contato com a natureza. Olho pro céu e vejo a “Estrela Manuela” me observar. Até que um barulho me fez voltar a atenção pra terra, ops, pro navio. Fico olhando pra ver de onde veio o barulho. Alguém me observava. Quando ando em direção à esquina do navio, escuto um novo barulho e um vulto sai correndo." Trecho de Amor nos Tempos de Quarentena
Foi somente após completar 50 anos que aprendi a usar mais meus olhos do que minha cervical durante as caminhadas. Assim, descobri que observar com os olhos enriquece minhas caminhadas mais do que sobrecarregar a cervical. A cervical é projetada para sustentar nossos olhos, destacando a importância de cuidarmos da saúde de nossas costas e pescoço para manter uma visão saudável ao longo da vida.
Ser capaz de perceber o mundo a minha volta e desvendar o que os outros ocultam nas entrelinhas, já me fez trilhar caminhos de muita angústia. Pois capto os olhares, as palavras e os gestos mais sutis. Entretanto, essa dádiva também me resgatou de infortúnios incontáveis.
Hoje, desvendo as máscaras que escondem e sei quem é quem. Não revelo tudo o que percebo, e afasto-me do que é falso.
São nas atitudes que percebemos o verdadeiro intuito das pessoas. A maturidade nos coloca no ápice do observatório.
Pacientemente você caminha incansavelmente em busca do seu melhor, mas acho tolice não parar e olhar em volta e observar se todo esse tempo não tem sido várias voltas em círculos.
“Ele [o ego] é um traço sutil entre o corpo e a pura consciência. Ele é irreal. Se você observá-lo com muito cuidado, ele deixará de causar aborrecimentos, mas desde que você queira prendê-lo, a ilusão de sua existência estará sendo fortalecida.”
"Na vida há momentos que são decisivos, onde é preciso estar sempre atento para enxergar além do tempo e registrar o momento."
O verdadeiro mal não está em não acreditar, mas desacreditar os que acreditam independente do lado, ainda que apenas a observar. É certo que entre a religião e a verdade está o conhecimento, como também ‘estar em cima do muro’ não passa de ‘status quo’ daqueles que não ousam experimentar milagres, a fadar-se apenas pelo mero fato de existir sem fazer parte, ainda que assim também façam.
Às vezes a melhor coisa a se fazer é fingir que não vê, que não ouve. Você pode estar diante do acontecimento, escutando as palavras mais onerosas, ainda assim, finja-se de cego e surdo, apenas observe. A observação é o melhor aprendizado.
Flávia Abib
Me surpreenda!
Me surpreenda! Não me toque com o carinho de uma criança, não gosto da pureza, ela me entorpece, o faça para revelar minhas falhas entalhadas há tanto tempo, rasgue nas frestas do meu velho corpo de madeira entalhado com um formão sem fio e empunhado por um artesão louco e inexperiente, exponha ás minhas mais profundas cicatrizes.
Me surpreenda! limpe minhas feridas com o olhar de uma enfermeira que, não sente a minha dor, cheira minha carne fétida com a indiferença de um Leão à uma maçã.
Me surpreenda! Jogue-me às feras, observe meus ossos sendo quebrados com prazer, me remonte, faça de mim um boneco, não um fantoche, um Pinóquio, boneco mentiroso.
Me surpreenda! Não seja fêmea, seja mulher decidida, estampada na primeira medalha, conte cantando como venceu.
Me surpreenda, leve com você meu crânio, grande vazio, não mais habitado, frio, sem crenças ou esperanças de viver novamente, morto por um mundo doente.
De boa vontade, te deixo meu espírito, com todos os bons sentimentos, com o perdão para o artesão, com o amor por uma enfermeira, com a bravura do Leão, de Pinóquio, deixo a dúvida, daqui não levo nenhuma frustração.
Me surpreendra, me abrace!
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