Orfaos do Amor

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As cartas de amor proibido eu escrevi no silêncio do meu olhar, enquanto meu coração gritava.

O amor e o respeito são dois irmãos siameses. Se tentarmos separá-los, um morrerá de devassidão e o outro, de tirania.

Sem o amor o homem é apenas um cadáver em férias.

O amor é vida quando não é morte; é berço e também sepultura.

A fome e o amor são os dois sexos do mundo. A humanidade gira toda sobre o amor e a fome.

Sem a alegria, a humanidade não compreende a simpatia nem o amor.

Antes que amor, que dinheiro, que fama, conceda-me a verdade.

Nada é mais potente contra o amor do que a impotência.

O homem dá a vida pelo amor, e julga não ter dado nada.

As loucuras provêm da natureza íntima do verdadeiro amor.

No amor, a autoridade é por direito daquele que ama menos.

O amor e a amizade são como o eco: dão tanto quanto recebem.

O amor do poeta é maior que o de nenhum homem; porque é imenso, como o ideal, que ele compreende, eterno, como o seu nome, que nunca perece.

É próprio do amor (...) ser obrigado a aumentar, sob pena de enfraquecer.

O amor é um egoísmo a dois.

Como a nossa fragilidade o concebe e o pratica, o amor é um sentimento essencialmente incômodo. Mal dois olhares se trocam e duas mãos se enlaçam, vem logo a tragédia das suspeitas, dos ciúmes, das zangas, das recriminações, estragar momentos que deviam ser os mais belos, os mais alegres, os mais despreocupados da vida.

Amor sem tréguas

É necessário amar,
qualquer coisa, ou alguém;
o que interessa é gostar
não importa de quem.

Não importa de quem,
nem importa de quê;
o que interessa é amar
mesmo o que não de vê.

Pode ser uma mulher,
uma pedra, uma flor,
uma coisa qualquer,
seja lá do que for.

Pode até nem ser nada
que em ser se concretize,
coisa apenas pensada,
qua a sonhar se precise.

Amar por claridade,
sem dever a cumprir;
uma oportunidade
para olhar e sorrir.

O tempo, tudo o consome e apenas o amor o aproveita.

Até mesmo o Olimpo é um deserto se não existir amor.

O amor nascente é tão melindroso, pueril e tímido, que receia desagradar até com o pensamento ao ídolo da sua concentrada adoração.

Camilo Castelo Branco
BRANCO, C., Cenas da Foz, 1857