Olho
OLHOS AO MAR
Demétrio Sena, Magé - RJ.
A discreta e profunda paixão daquele homem eram os olhos daquela mulher. Não era o corpo, já proibido mesmo pra ele, nem mesmo a alma, igualmente proibida, e sim, as janelas. Ele adorava ser olhado por aqueles olhos. Pelo menos ter a impressão de que o era. Embora devotasse grande amizade pela proprietária dos olhos e não tivesse qualquer intenção de pular os muros daquele afeto, aquele homem queria ser cada vez mais olhado. Ser a passarela, o pasto, a passagem obrigatória dos olhos daquela mulher.
Em nome dassa impressão - possibilidade mais próxima -, o escravo daqueles olhos passou a fazer empenhos para conquistar mais olhares. Passeios mais intensos. Incursões mais profundas e curiosas. Começou a disponibilizar imagens outrora escondidas entre os panos descuidados. Doravante, cuidadosamente mais descuidados. Abriu caminhos para visões bem secretas, paisagens bem escondidas e atalhos que apontavam para destinos que permaneceriam lá, em nome da probidade; ou do bom senso restante; ou do seu temor de perder até mesmo aqueles olhares do início, tão discretos e velados. Queria ser um roteiro turístico levemente mais radical, para se oferecer aos olhos que nunca saíam de seus olhos nem de seu pensamento.
Aquilo não era uma perversão. Não havia mesmo intenções ocultas ou escusas. Aquele homem não desejava tocar, possuir, ter prazeres palpáveis com aquela mulher, até porque isso quebraria o encanto, além de ferir a probidade ou a lei dos laços que já formalizaram outros contextos. A troca dos mesmos obrigaria um processo doloroso por algo inviável, previamente quebrado, e por isso mesmo vencido. Validade vencida já no começo. Sua culpa não tinha dolo. Era culpa sincera. Culpa inocente. Não seria capaz de qualquer ato que gerasse uma exposição além daquela, entre a dona dos olhos e seus empenhos. Nem à consumação do crime ou pecado, por mais seguro que parecesse. Sabia conter qualquer arroubo.
Com o tempo, a dona daqueles olhos pareceu decidir que já era tempo de retirá-los de cena. De cenário. De pasto. De passarela e roteiro. Delicada e sensível, teve o zelo de fazer isso lentamente. Não queria causar de uma só vez todos os ferimentos emocionais que sabia inevitáveis. Ela só não sabia que os olhos daquele homem não sabiam viver sem ver seus olhos. Eram dependentes dos passeios, das curiosidades, incursões discretas e delicadas daqueles olhos. Com a retirada, o pobre homem sofreu profundamente, chorou fontes, rios, mares, e quando a dor de não ver os olhos daquela mulher sobre ele não era mais suportável, resolveu não ter olhos.
Foi assim que os mares, criação final do choro dos olhos daquele homem tiveram a companhia de nada menos que aqueles olhos. Agoniados e deprimidos olhos, que se uniram na dor eterna e profunda - mais profunda que os próprios mares - de saberem que nunca mais o seu dono seria mapa; roteiro turístico... nem o simples pasto e a passarela dos olhos daquela mulher.
Preciso do teu Desejo
Por esse meu jeito de atiçar
Que eu vivo nesta ansiedade.
Que todos olhos são meus,
Que é toda minha a saudade.
Por esse meu jeito de atiçar
Que adoro essa estranha forma de vida minha
Tenho livre este meu coração;
Que Vive de forma perdida
Dentro de vários outros no mesmo dia ;
Por este meu jeito de atiçar
Quem mais daria o condão?
Que estranha forma de vida.
De Coração independente,
E ao mesmo tempo dependente,
Coração que não comando:
Coração sempre desalmado,
Insatisfeito mesmo quando feito...
Vive perdido entre a gente,
Por este meu jeito de atiçar
Quanta gente mais vou
Teimosamente sangrar ?
De Coração independente.
Eu não os acompanho mais
Por este meu jeito de atiçar,
Estou a perder meu próprio limiar do controle
Pára, penso sozinha, deixa de bater um pouco as asas
Se não sabes onde vais !
Porque teimas em correr, voar e fugir depois de Atiçar?
Por este meu jeito involuntário de atiçar...
Gira, gira cabeça confusa, mas ainda resta minha mente difusa que me diz baixinho :
"Não, percebes que a teu próprio coração feres"?
Ate quando vais chegar e partir deixando a ti e a gente saudade?
Por este teu jeito involuntário de atiçar...
Desvendar-te
Não vou mentir que as vezes não passo o olho para ver se está tudo bem, se não tem nada por debaixo dos panos, ou que queira que eu adivinhe.
Nós adoramos as incógnitas não é verdade?!
O tempo todo sofro a emoção do teu inesperado, e anuncio o meu escancaradamente para que você talvez perceba!
Para saciar minha loucura prazerosa ando, vago e até espio por detrás das páginas, dos seus olhos, dos olhos dos outros, dos links, dos perfis e até das poucas palavras te incluindo nos meus minutos, nos meus devaneios, no meu pensamento.
Para que se renove e se inove essa minha imensa curiosidade morna.
Tudo é lentamente processado para se formar a minha opinião, na realidade a minha vaidade de saber sobre você, de você e fora de você, de achar que te tenho, que te entendo.
Ego meu!, somente meu!, até porque não tenho mesmo que te entender para te suprir, isso é tarefa sua !
Mas deixa eu te criar só para a minha excitação, para alimentar o meu vício de saber, de achar que sei.
Dos olhos para fora não passamos mesmo de projeções de outras pessoas que acham que nos entendem.
Então que mal há nisso?
Logo,Imaginando,deixa eu concluir que te entendo.
E você ?
Você como eu, se contente em achar que sabe quem eu sou , assim como acredita que se conhece!.
MEU SOCORRO
Não consigo te tirar do pensamento
Em cada canto que olho te vejo
A cada momento sinto que meu mundo vai afundar
Num abismo escuro, sujo, sem ninguém pra amar
Mas você me puxa e me tira da escuridão
Você é minha luz, minha paixão
Vem cá, seja minha, preciso de você
Não há mais ninguém que possa me socorrer.
nos caminhos da morte sonho com a vida
tudo está num passado de sangue e dor,
olho profundamente em seus olhos me lembro
do amor que consumiu minha alma.
nao sou seta sou uma estrela possuo brilho sai daqui agora meu olho ta sofrendo nao sou seta mais te mostro a direçao da porta
Presenciei tudo isso dentro da minha família
Mulher com olho roxo, espancada todo dia
Eu tinha uns cinco anos, mas já entendia
Que mulher apanha se não fizer comida
Mulher oprimida, sem voz, obediente
Quando eu crescer, eu vou ser diferente
Ao mesmo tempo que olho em seus olhos e aprecio seu sorriso.
Quero ser abraçada por trás sentindo que aguenta me segurar.
Ao mesmo tempo que tiro os olhos de você já corada.
Descarrego uma automática.
Tiros de desejos, mistura de abraços e beijos.
Mas no fundo escondo algum suposto medo, que me encontre desarmada.
Eu não costumo andar de guarda baixa.
Vamos aprender com Shakespeare a segurar as mãos sem acorrenta-las.
E quem sabe no encontro dos corpos, beijamos nossas almas.
Ao mesmo tempo que olho em seus olhos e aprecio seu sorriso.
Quero ser abraçada por trás sentindo que aguenta me segurar.
Ao mesmo tempo que tiro os olhos de você já corada.
Descarrego uma automática.
Tiros de desejos, mistura de abraços e beijos.
Mas no fundo escondo algum suposto medo, que me encontre desarmada.
Eu não costumo andar de guarda baixa.
Vamos aprender com Shakespeare a segurar as mãos sem acorrenta-las.
E quem sabe no encontro dos corpos, beijamos nossas almas.
Olho para trás, nem sempre com orgulho mas, satisfeito com as experiências que vivi. Umas me trouxeram inestimáveis lembranças e outras me ensinaram quem eu não devia seguir e quem eu não devo me tornar. Olho para o passado não porque tenho medo do futuro e sim porque lá (no ontem) estão os fragmentos lapidados de mim. E são essas partes que se tornaram minha grande riqueza, compondo todo o tesouro do meu ser.
Dizem por aí que se o olho não vê o coração não irá sentir e eu não acredito nisso. Se essa fosse mesmo uma verdade por que será que as musicas me fazem chorar e cheiros aguçam meus desejos? Sempre vai existir gente que tentará nos cegar, mas lembrem-se que o amor que podemos tocar é superficial. Quando esse sentimento amadurece e se torna mais verdadeiro ele fica mais difícil de ver e de sentir por estar além da epiderme. A intangibilidade do amor o dignifica e o ressignifica deixando obvio que ele já não faz mais parte do mundo e sim parte de nós.
Quando eu olho nos seus olhos, parece que estou em casa. É a pessoa mais gentil que eu conheço. E quero viver todas as aventuras só com você.
Distante, eu olho para mim.
Um passado de guerras e batalhas sem fim.
Vencida pela guerra que habita em mim.
Luto para encontrar a paz que perdi.
As cicatrizes do passado ainda dolentes,
As memórias de dor, ainda presentes.
Mas em meio à tempestade, busco a calma,
E encontro a força para seguir em frente.
Presente, eu olho para o futuro.
Cheio de termos que exigem coragem e pureza.
Minha espada, símbolo de luta e glória.
Reportará digna das minhas histórias vencidas.
As lutas do passado me ensinaram a ser forte,
As glórias alcançadas me deram a confiança para seguir.
Agora, eu olho para o futuro com determinação,
E sei que minha espada continuará a brilhar.
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