Obrigada pela noite
Poetiza da noite
Com tinta do coração
Esprime palavras
vindas da alma.
E assim como a música
Suave aos ouvidos de cada um,
Com delicadeza invade
E atrai a calmaria.
Na balança das emoções,
É o desequilibrio constante,
O abraço entre a tristeza e a alegria.
De versos que choram,
Poemas que acalentam,
Mil facetas de um único rosto.
O baú que revela os tesouros
Escritos a mão em sua mesa,
Ou talvez diante de uma tela,
E do mesmo modo,
Mensageiro das reliquias,
Viajante do tempo, evangelista do amor sublime,
A rosa vermelha e a mais negra também,
A valsa e a marcha funebre,
O dia e a noite,
O corpo, a alma e o coração.
Traz os telegramas aos remetentes inesperados
E encanta-os em sua escrita.
Verdadeiro porta-voz da compreensão do incompreendido.
Cada verso é como um filho
Que dá a luz
Pra você,
Compositora da casa das sentimentalidades
Desenhadas em letras
E através despertar aquele feixe de luz no peito desacelerado, secar os olhos que refletem o peso da magoa, ou fazer transbordar por essas janelas do intimo que não aguenta mais.o peso.
Poetiza,
Põe palavras que eterniza.
Rezando Às Estrelas
Estrelas cadentes que iluminam ao céu
E nos encantam a cada noite,
Acendei a esperança na vida da gente,
Assim nos olhos como no peito.
Seja feita uma boa mudança,
Tanto por dentro como ao redor.
O sorriso nos lábios surjam hoje,
Tanto na minha casa como ao redor de nós.
A paz na alma nos dai hoje
E que nossas dividas sejam apenas
Mais amor a oferecer.
E não nos conduza para longe do perdão.
Ensina-nos a ser magnificos sem invejar quem brilha do lado,
Assim como o brilho, a beleza e o infinito é teu, para sempre.
E as estrelas dizem: amem.
(uns aos outros)
O momento ruim é como uma noite escura: pode parecer longa, mas o amanhecer sempre chega. Deus não nos abandona no meio da dor; Ele nos sustenta para atravessá-la.
Suicídio
Em um pesadelo, basta acordar para nos livrarmos do suplício, já no suicídio, a noite tormentosa pode ser tornar bastante longa, em vãs tentativas de despertar.
EGO-METAFÍSICO
Durante o caos da noite
quando nos fogem os sentidos
todo homem é igual
em suas incertezas
dúvidas e desconfianças.
É durante a noite
em nossas insônias
entre culpas e remorsos
que nos tornamos crédulos
a ponto de acreditar no impossível
temos a clara convicção
de que amanhã seremos melhores.
Todo o homem, durante a noite
faz as pazes com seus deuses
mas ao amanhecer,
depois de tomar seu café
é então que, diante do espelho
quando lava seu rosto de barro
ao contemplar a beleza da mortalidade
o homem enxerga outro deus
a quem deve ser leal e obedecer!
"As grandes mentes despertam para criatividade e para o trabalho produtivo depois da meia noite, contudo esta clarividência pode se estender até amanhã seguinte..."
Meu pai
Cresci admirando um homem
Que saía de manhã e voltava à noite
Ao sair, beijava minha mãe e eu
Ao regressar, beijava a mim e a aminha mãe.
Cresci observando um homem
Que tinha mais virtudes que defeitos
Um trabalhador incansável
Um modelo quase perfeito
Aprendi com este homem
Uma lição que jamais esqueci.
Este homem ainda está comigo,
Habita dentro de mim.
Cresci.... Agora sou eu quem sai
De manhã e volta à noite
Ao sair, beijo minha mulher
Ao regressar, à noite, beijo meu filho.
Me acostumei com a imagem de um homem
Entrando e saindo da minha casa
Mas que nunca saiu da minha vida.
Evan do Carmo, do livro, o Cadafalso, 2009
Em desespero noturno
busquei a minha alma
que um dia perdi
sem perceber
numa noite fria
quando ouvia Wagner
as notas valquirianas
embriagavam-me
depois de duas taças de Merlot
soube que esta é a sua cota diária
então, quando a poesia não mais me queria
soube que a musa de apolo me olhava
pelas frestas dos buracos de Einstein
de outra dimensão, surgiu o fio de ariadne
assim a poesia se fez verbo em mim
eu, que outrora mudo não sabia
que no amor platônico de amigo
a mante de fato existia.
Eu amo a noite, quando tudo cala
E eu posso ouvir seu coração e a sua alma,
Suavemente dizerem que o barulhinho da chuva
Tem a melodia eterna da verdade.
Abraçados, como conchinhas do mar
Sabemos o segredo do amor, a paz nos domina.
É quando tudo se completa e nós somos um
Apenas um repleto, saciado de ternura e afeto.
DELÍRIO NOTURNO
Dorme, dorme o meu amor,
no silencioso abrigo do meu coração.
Nesta noite de afago eterno,
queria tanto estar nos sonhos dela.
Mas quem pode imaginar
O que ela sonha?
Se com um príncipe ou com um plebeu.
Enquanto ela dorme eu penso no que seria de mim
Longe dessa imensidão do mar que nos separa.
Se pudesse toca-la e afagar seu cabelo
Se mesmo em sonho
Eu pudesse revelar todo meu amor,
e o meu desvelo.
Mas há a noite e o meu delirar noturno.
Um mar e uma eternidade entre nós.
Inspirado na obra Noturnos de Chopin
A Escolha de Não Escolher
No limiar da noite, onde o eco se cala,
deixo cair as mãos, entrego-me ao nada.
Escolher é um peso, um fardo sem fim,
um labirinto onde o começo é o fim.
Não sigo o vento, nem luto com o tempo,
meu passo vacila, desiste, se aquieta.
A escolha é um grito que não mais sustento,
prefiro o silêncio à promessa incompleta.
Desistir não é fuga, é um pacto com o vazio,
um abrigo na sombra, um descanso tardio.
As estrelas me olham, mas nada revelam,
sou mais uma pedra que as ondas encobrem.
Não há vitória, nem derrota, nem glória,
apenas o cansaço de um peso invisível.
No limiar da vida, onde o verbo tropeça,
abandono o querer, e o silêncio me leva.
A Mariposa e a Luz
A mariposa dança no abismo da noite,
cativa de um sol que não nasce.
Seus olhos são fome de lume,
seu corpo, um verso prestes a queimar.
Ela não pergunta ao fogo quem é seu dono
nem teme o abraço da lâmina ardente.
É desejo sem fronteira,
um grão de poeira sonhando ser tudo.
O tempo não pesa em suas asas,
pois tudo o que vive já nasce em ruína.
A vida é uma ânsia de brilho,
um voo cego rumo ao cerne do nada.
E, quando, por fim, toca o imponderável,
não há grito, nem sombra, nem fuga.
A luz a devora num sopro sem nome,
a sede de eternidade, em silêncio, a consome.
VEJO A VIDA PASSAR PELA JANELA
Todo dia, sobretudo à noite, tenho a impressão de que a vida escorre pela janela. Não como um acontecimento brusco, mas como um escoamento sutil — uma espécie de adeus cotidiano que ninguém percebe, exceto quem aprendeu a olhar.
É pela janela do meu quarto que observo a lua — testemunha antiga dos meus poemas, cúmplice dos versos que escrevi para minha amada, esposa, musa. Foi ali que derramei palavras como quem tenta deter o tempo. Foi ali também que vi meu gato desafiar o espaço, se equilibrando entre o vidro e a rede de proteção, como se pressentisse que a vida, afinal, é esse jogo instável entre o risco e o repouso.
Às vezes me pego contando os dias. Não com a ansiedade de quem espera, mas com a lucidez de quem sabe que tudo se esvai. Como quem vira páginas em um calendário invisível, um calendário metafísico onde cada dia é uma página escrita com o que não vivi plenamente.
E então me pergunto: será que me resignei diante da finitude? Ou apenas me acostumei a contemplar, a escrever, a esperar? Me tornei íntimo da lua, confidente das madrugadas, contador de silêncios. Talvez tenha aceitado que a vida não se segura — apenas se observa. Como quem sabe que o tempo não espera por ninguém, mas pode ser tocado, por um instante, no gesto de olhar com atenção.
A cada noite, sinto que estou escrevendo — com meu corpo, com minha espera, com meus olhos voltados à lua — uma lenta despedida.
na sombra da vida
onde tudo se faz,
a noite, um açoite,
engano voraz.
o homem se perde
em plano desfeito,
sem fé, sem direito
de tentar outra vez.
a vida é só uma,
sem chance de volta.
só há revolta
e um lutar no vão.
no palco do medo,
só culpa e segredo —
sussurro de morte
e retorno ao chão.
É durante o caos da noite que tudo se ajeita, que tudo se encaixa, às vezes até tudo termina, pode ser que seja em calmaria ou em esquecimento necessário.
MUSA NOTURNA
Mulher, estrela nua
Silhueta crua de um pintor veraz
Brilha na noite purpura
De alma tenaz.
Vem ao meu encontro
Com passos firmes
Com um olhar vítreo
Focado em mim.
Fugir não posso
Nunca antes ela veio assim
Tão resolvida a me absorver
A me sugar para o seu mundo.
Acabo cedendo, caindo das nuvens
Onde habitei por anos frios
Ela me segura com suas mãos quentes
Estanca de repente os meus calafrios
EVAN DO CARMO
SOMOS IRMÃOS NA DOR
É no escuro da noite
quando a dor se faz constante
e mais assustadora
que desejamos que um anjo bom esteja ao nosso lado,
para enxugar as nossas lágrimas e o suor da febre persistente.
É nesse instante que a nossa humanidade floresce.
Num mundo desigual, no amor e nas virtudes
quando todos estão no mesmo lugar comum
pobres e ricos, pretos e brancos
sofrendo no âmago da alma a mais cruel desilusão
que a nossa presunção egoísta desaparece.
Todos carecem de cuidado e afeto
somos iguais na dor
buscamos até de estranho um afago
o sorriso de empatia
somos irmãos, querendo ou não
na dor somos conscientes
de que contra a razão não há utopia.
Para os profissionais da saúde em 2020 durante a pandemia
Folia da vida
A vida é uma folia
uma alegria tão passageira
eu vou cantar a noite inteira
o sol não vai aparecer.
Não vou deixar você partir
pois com você quero curtir
a liberdade de um novo dia
Vem, vamos brincar
aproveitar o bom da vida
o que passou deixar pra lá
não pense mais em despedida.
O pianista no Rio de janeiro
Em uma noite de verão, o casal decidiu fazer um passeio pela cidade do Rio de Janeiro. Eles caminharam pela orla de Copacabana, observando a imensidão do mar e se maravilhando com a vista deslumbrante da praia.
"Como essa cidade é linda!", comentou o pianista. "Não é à toa que atrai tantos turistas do mundo inteiro".
"Realmente", concordou sua esposa, admirando a beleza da paisagem.
Eles seguiram caminhando até chegar ao Pão de Açúcar, onde pegaram o bondinho para apreciar a vista ainda mais de perto. Do topo, podiam ver a cidade do Rio de Janeiro em toda sua grandiosidade: a Baía de Guanabara, a enseada de Botafogo e a vista deslumbrante da praia de Ipanema.
"Olha só como a cidade brilha durante a noite!", disse a esposa, fascinada com a beleza da cidade iluminada.
"Eu amo essa cidade. Ela é vibrante, pulsante e tem uma vida própria que nos envolve", complementou o pianista, que sorria feliz.
E assim, eles continuaram curtindo sua noite no Rio de Janeiro, apreciando a beleza da cidade e a conexão que compartilhavam. A cidade ganhava ainda mais beleza aos olhos do casal, que sabiam que havia encontrado um lugar especial para viver e amar.
Oh, divina mulher de olhos negros!
Imponente como a noite escura,
Tua beleza é um mistério que encerra
A força de um amor que é tão puro.
Teus olhos, sedutores e profundos,
São como o céu noturno sem igual,
Só quem te contempla se inebria,
E não consegue evitar o mergulho total.
Talvez nem mesmo a poesia que exalta,
Consegue traduzir com fidelidade,
A beleza e o encanto que em ti habita,
Tu és a musa da nossa inspiração,
Uma verdadeira divindade,
Que enche nossa alma e nosso coração
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