O que eu sou
Eu sou um girassol que nasceu no asfalto,
Eu canto em noites que não tem luar,
Será que sou louco, ou apenas um tolo?
Ou serei eu um poeta que não soube amar?
Eu sou o tempo que me habita
Um dia, tive pressa. Quis crescer antes da hora, conquistar sem saber o quê, correr sem direção. Sacrifiquei minha saúde em troca de prazer, e depois gastei o que não tinha na tentativa de recuperar o que nunca deveria ter sido perdido. Vivi ansiando o futuro, ignorando o presente. Vivi sem viver a vida, sendo ida antes do tempo, num caminhar que, muitas vezes, parecia sem destino.
Mas a vida, com suas ironias, me ensinou. E eu aprendi. Não como quem apenas sabe, mas como quem se transforma por realmente ter compreendido.
Hoje, eu sou. Sou calma, sou natureza, sou essência. Não me prendo ao tempo, nem à matéria. Não gasto energia onde não floresce. Falo pouco, observo muito. Já não há pressa, há presença. Já não há busca, há encontro.
Essa verdade não se esquece. Não se abandona aquilo que nos desperta para a vida. Esquecer seria renascer no vazio, e isso, simplesmente, não acontece. Porque agora eu vivo o que sou, por inteiro.
E isso é liberdade.
"Alexandre venceu impérios. Epicteto venceu a si mesmo. E eu? Eu sou a junção dos dois: a ferida que continua de pé, a cicatriz que nunca se curva.
Sou o silêncio que aprendeu a gritar por dentro, a queda que aprendeu a cair em pé.
Carrego a guerra dos outros no peito, mas minha alma não aceita coleira.
Não sou salvação — sou sobrevivência selvagem com olhos de fogo."
— Purificação
"Alexandre venceu impérios. Epicteto venceu a si mesmo. E eu?
Eu sou a junção dos dois: a ferida que continua de pé, a cicatriz que nunca se curva.
Sou o silêncio que aprendeu a gritar por dentro, a queda que aprendeu a cair em pé.
Carrego a guerra dos outros no peito, mas minha alma não aceita coleira.
Fui forjado no vale, ungido na dor, e sustentado por um Deus que não me poupou da fornalha — mas entrou comigo nela.
Não sou salvação — sou sobrevivência selvagem com olhos de fogo e fé que não se dobra."
— Purificação
Eu não sou revolucionário e nem ativista. Eu sou antes de tudo e de mais nada um nacionalista e um filósofo em prol do meu povo e da minha nação. Apesar de todos nós termos algo em comum e estarmos ligado: cultural, económica, antropológica e espiritualmente.
Não sou revolucionário e nem ativista. Eu sou antes de tudo e de mais nada um filósofo em prol do meu povo e da minha nação.
Ruínas da dor
Alicerces enfraquecidos, fugas da realidade,
num castelo aonde eu sou o rei as aparências são o meu melhor disfarce,
um dia agente percebe que é tarde demais para voltar atrás , e então de joelhos choramos em ruínas sobre as nossas próprias decisões,
carrego uma dor que não encontrou um lugar para ser enterrada,
nas brincadeiras a joia vermelha foi tratada como bobo da corte,
sob o sacramento a confissão virou piada, a rosa se encheu de espinhos, a mentira fingiu ser verdade e o romance virou uma mentira.
"Você não vai se apaixonar por mim...
Vai se lembrar —
lembrar de quem eu sou
e do que significo
na sua vida."
Do Reino eu sou, mesmo sem coroa,
No fogo da vida, minha fé não destoa
Porta se abre, a luz me atropela,
Cheguei no santuário com louvor à capela
O mal que tenta me parar vai ver quem eu sou,
Minha vitória tá no plano, não existe mais o que me causou.
O Senhor é meu pastor, o resto é só distração,
Sei que no final a vitória é nossa...
Deus eu tô lutando com as Tuas mãos.
MONÓLOGO
“Eu Sou Tereza, Eu Sou Quilombo
Por Eli Odara Theodoro
(Para o Julho das Pretas)
:
Axé…
Axé, minhas irmãs!
Eu cheguei.
Julho chegou.
E com ele, eu me levanto.
Não sozinha — nunca sozinha.
Me levanto com Tereza.
Sim, Tereza de Benguela…
Mulher preta, mulher quilombola, mulher rainha.
Liderança. Inteligência. Força política e amor pelo povo.
No século XVIII, quando mataram seu companheiro,
ela não fugiu.
Ela ficou.
Assumiu o Quilombo do Quariterê.
Criou um governo, um parlamento, uma resistência com nome de liberdade.
Ela sabia…
Que resistir era também amar.
Que ser preta, mulher e viva
já era um ato revolucionário.
E eu…
Sou continuidade de Tereza.
Sou Eli Odara Theodoro .
Mulher preta. Quilombola.
Mãe. Viúva. Educadora.
Filha da terra e dos tambores.
Minha pele carrega o barro da luta,
minha voz carrega as palavras que tentaram calar.
Como diz Beatriz Nascimento:
“O quilombo é um lugar de liberdade possível.”
E eu sou esse lugar.
Meus passos são quilombo.
Minha fala é quilombo.
Minha sala de aula, meu terreiro, meus textos, minha lida — tudo é território de reexistência.
Sueli Carneiro grita comigo contra o apagamento.
Lélia Gonzalez me lembra que o mundo é racista e tenta nos empurrar pra margem.
Mas nós somos centro!
Centro da cura, do cuidado, da criação.
Conceição Evaristo sussurra aqui dentro:
“Escrevivência…”
E é isso que faço.
Eu escrevo com o corpo.
Escrevo com as dores e alegrias que a vida preta me deu.
IBGE diz: somos 28 milhões de mulheres negras no Brasil.
Mas isso é só número.
Nós somos mais!
Somos as que levantam antes do sol.
As que dançam pra Oxum e marcham contra o racismo.
Somos as que cuidam dos filhos dos outros enquanto sonham com futuro pros seus.
Djamila Ribeiro me lembra:
“Nosso lugar de fala não é favor.”
É luta.
É direito.
Nilma Lino Gomes grita comigo:
Educação quilombola é território de sabedoria viva!
Não tem sala de aula mais forte que o chão de nossas comunidades quilombolas.
E como diz bell hooks:
Amar também é ato político.
Eu escolho amar quem sou.
Escolho amar os meus.
Escolho amar as mulheres que vieram antes,
e aquelas que ainda virão.
Hoje…
Eu não só homenageio Tereza.
Eu a convoco.
Tereza está em mim.
Tereza está em nós.
Porque, como diz Conceição Evaristo:
“Nossos passos vêm de longe.”
E eu completo:
Vêm de longe…
E seguem firmes.
De cabeça erguida.
Pés fincados na terra.
E o coração batendo no ritmo da ancestralidade.
Axé, Tereza!
Axé, Mulheres Negras!
Axé, Julho das Pretas!
Dizer que eu sou o homem da relação... e não deixo vc ser... mentira!
O homem da relação provê a casa... coloca todo dinheiro no lar... e troca ideias com a mulher sobre como guardar uma parte e usar pra laser e necessidades futuras... *e eu não te impeço disso.*
O homem da relação para de desculpas e se entrega pra mulher que ama e a recebe na mesma proporção... *e eu não te impeço disso.*
O homem da relação sabe cada melhoria que precisa ser feita no lar, e faz o quanto antes possível, resolve esses problemas, pinta a casa, conserta o que for necessário, sem mais delongas... *e eu não te impeço disso.*
O homem da relação chama a família pra orar, lê a palavra, anda no caminho de Deus e é o exemplo a ser seguido para seus filhos... *e eu não te impeço disso.*
Então para de jogar palavras ao vento sem embasamento nenhum, e começa a dizer o que realmente faz sentido!!!
Papai foi a minha base
Mamãe a sustentação
Se eu sou o que eu sou hoje
Tenho muita gratidão!
Sem eles como meu guia
Eu sei não conseguiria
Esta minha ascensão.
Gélson Pessoa
Santo Antônio do Salto da Onça/RN
10/08/2025
Eu sou como o fogo, que queima seu combustível e depois a si mesmo.
(Raul Seixas)
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