O que as Pessoas Querem que a Gente Seja
No início a gente se encanta por um sorriso torto mas fofo, um jeito de olhar que esconde uma malícia coberta de inocência, uma maneira de andar atrapalhada e por vezes charmosa... no primeiro contato agente se envolve com as maneiras de falar, com o cuidado em não nos deixar sozinha no meio de uma festa, com a forma preocupada de nos olhar quando dizemos que toda aquela gente está nos sufocando, com o modo carinhoso de ouvir nossas estórias sem nenhuma interrupção... Nosso primeiro pensamento quando chegamos em casa é o quanto ele é bonito e suas mãos pareciam firmes e frias mesmo num ambiente deveras quente, o quanto ele sabia o que dizer mesmo quando agente não falava coisa com coisa, o quanto ele era doce e selvagem ao mesmo tempo...
Mas nada disso nos revela se é amor, o amor se revela quando ele não liga e você passa a noite esperando em vão mas ainda assim ele continua pulsando em você, o amor se revela quando ele se mostra rude, quando o trabalho toma lugar dos passeios de domingo, quando ele já não pergunta sobre você com o mesmo entusiasmo mas ainda assim ele continua encantador, o amor se revela quando ele já não é tão bonito quanto antes, nem tão corajoso, nem tão meigo e ainda assim tudo que ele faz lhe encanta, o amor se revela quando ele já não está tão bem nos negócios, quando ele já não se faz presente e quando esquece o aniversário de namoro mas mesmo assim o modo como você o vê não muda, o amor se revela quando no final do expediente de trabalho no dia em que aquela promoção chega o happy hour não faz mais tanto sentido tudo que você quer é estar nos braços dele, o amor se revela quando tudo na sua vida se encaminha, você está no emprego dos sonhos, seu cabelo não está precisando de nenhum retoque especial, você e sua mãe finalmente andam se entendendo e você está querendo explodir de alegria mas tem que se conter porque ele está passando por problemas no trabalho e brigou com o pai.
O amor se revela quando a crise chega, quando a dor não permite mais passeios, nem viagens, quando o dinheiro se torna escasso e quando a morte leva as esperanças pra debaixo do tapete mas ainda assim você não se ver com ninguém mais além dele. O amor se revela quando agente não encontra justificativas plausíveis para ele existir, ele simplesmente existe!
Queria entender o que pretende o coração, quando apronta destas que deixa a gente sem palavras, com as mãos tremulas e um aperto tremendo nele próprio. Ah, coração ingrato de tanto sofre pelo próprio desengano chega a parar, para mostra que existe, e que mesmo sabendo que não se pode controlar, volta a bater mesmo descompassado pela dor da perda. Queria entender esse órgão miserável, enganador que faz confundir amizade, com amor. Amor! Este adjetivo impróprio, incerto, ignóbil, que machuca mais do que constrói e que nos prende em um caleidoscópio eterno, numa metamorfose de sentidos que às vezes não nos leva a nada.
Mais se amar é sofre, e ter um coração, e viver na incerteza. Vivo, vivo pela ilusão de saber que amei mais do que podia, e que irei sofre mais do que eu queria.
Tentei descrever o que passava pelo teu coração mais parei em um obstáculo maior, a incerteza de um futuro, que te coloca distante do meu...
Oh, órgão ingrato, sem amor próprio não sabes que não podes profetizar e nem muito mesmo ver o futuro, como se atreve a adivinhar o sentimento alheio... Perdoa, perdoa, por favor, por querer tentar predizer o que tu sentes, mas aceita o meu sentimento que dele eu tenho certeza é verdadeiro e esta lá, não sei dizer o que é com exatidão, mas tem me deixado sem palavras, com as mãos tremulas e um tremendo aperto no coração quando estou longe de você.
O amor é um anzol que, quando se engole, agadanha-se logo no coração da gente, donde, se não é com jeito, o maldito rasga, esburaca e se aprofunda.
O primeiro amor a gente nunca esquece, acho meio sem lógica esta coisa de classificá- lo por ordem de chegada, sendo assim poderíamos dizer que o segundo, o terceiro também não, e seria uma classificação meio louca termos que contar quantas pessoas passaram em nossas vidas, apesar que muitos realmente tiveram o primeiro que se tornou único. Amor é amor e ponto, cada momento que o vivenciamos surgem sensações novas, que nos fazem sentir mais e mais que estamos prestes a nos apegar a alguém e cometer alguma insanidades, ou melhor anormalidades . Olhares se cruzam, coração acelera, pernas tremem, desejos surgem , sempre será assim quando nos apaixonamos por alguém, os sentimentos sempre vão se aflorar, o beijo será sempre inesquecível, os toques serão incontroláveis . O amor não se classifica, apenas damos margem aos sentimentos e confiamos num alguém que resolveu se permitir. o amor em si nunca é esquecido, prefiro dizer que as primeiras sensações nunca esquecemos, o primeiro beijo, o primeiro toque, ai sim são primeiros e deles surgem o segundo, terceiro e quantos você quiser além das saudosas lembranças daquela primeira pessoa que te despertou tais sensações. O amor tem o poder de renovação, sempre sera único em todos os momentos que abrirmos nossos coração e deixa- lo se manifestar.
Ninguém é tão feio como em seu RG, tão belo como em seu Facebook, tão gente fina como em seu Twitter, nem tão bom como em seu Curriculum Vitae
A gente anda tão dependente de relacionamentos que muitas vezes confunde estar apaixonado com querer estar apaixonado - por um medo irracional da solidão ou do preconceito subliminar que determina ser socialmente inaceitável estar só e ser feliz assim.
"Então, ela se despediu, e...
de repente a gente se sente só.
Não...não é solidão.
Como é mesmo o nome daquilo?
Incompleto..."
É perdendo o apoio que a gente descobre que o resto do mundo não para só porque nosso mundo parou. A gente vai aprendendo a viver assim, na marra, no grito, no sufoco, no impulso, e tenho repetido que no que depender de mim, me recuso a ser infeliz.
Você nunca se pergunta por que a gente tem uma capacidade finita de sentir prazer, mas infinita de sofrer? Nosso limite para o prazer é pequeno, mas o teto para a dor é interminável.
A gente só se torna realmente feliz e completo quando passa a aceitar as tristezas e decepções como parte do jogo, não como derrota.
É o sorriso dele que me derruba.
Porque eu dou tanto valor a um sorriso bonito...
Tem gente que sorri tão sem vontade. Sorriso forçado. Sorriso tímido, assim meio de lado.
Mas ele? Ele sorri com toda força. E parece que carrega naquele sorriso uma felicidade que contagia.
E me faz sorrir.
Ele tem esse dom. Ele me rouba sorrisos.
"Quantas e quantas vezes a gente não finge uma certeza que nunca nem teve só porque queria viver uma história bonita?"
"Porque a gente sempre acredita que são as grandes decisões que transformam tudo, mas descobre bem depois são as pequenas."
"... cada um é o que é e como é. E de idiota nessa vida só continuam nos fazendo se a gente permitir."
"Acho que as vezes a gente dá murro em ponta de faca. A vida não é tão complicada quanto parece na maioria das vezes..."
"E que a gente pode andar de montanha russa de olhos fechados... quando a gente tem alguém em quem confia pra apertar a nossa mão."
