O Poema eu sei que Vou te Amar Inteiro
Vou te falar um lugar-comum desprezível, agora, lá vai: você não vai encontrar caminho nenhum fora de você. E você sabe disso. O caminho é in, não off.
Às vezes tenho impressão que não vou poder mais aguentar nem mais 5 minutos sem te ver. E ainda faltam tantos 5 minutos, meu bem.
Quer um conselho? Vou te dar: Você precisa encontrar uma saída, uma nova direção pra sua vida! Viva sua vida e esqueça a minha, porque dela cuido eu!
Tenho meus princípios e não vou mudá-los por causa de opiniões e conceitos das pessoas. Podem julgar da maneira que quiserem, afinal tem muita gente olhando, mas sou eu quem está vivendo.
Dá-me a tua mão:
Vou agora te contar como entrei no inexpressivo que sempre foi a minha busca cega e secreta.
Nada mais tenho a ver com a validez das coisas. Estou liberta ou perdida. Vou-lhes contar um segredo: a vida é mortal.
Vou te procurar entre as estrelas e os satélites distraídos, que confusos me ditaram caminhos errados e esparsos.
Há muito aceitei o destino espaventado que é o meu. Obrigada. Muito obrigada, meu senhor. Vou embora: vou ao que é meu. Meu coração está gélido que nem barulhinho de gelo em copo de uísque.
O resultado disso tudo é que vou ter que criar um personagem – mais ou menos como fazem os novelistas, e através da criação dele para conhecer. Porque eu sozinho não consigo: a solidão, a mesma que existe em cada um, me faz inventar. E haverá outro modo de salvar-se? senão o de criar as próprias realidades? Tenho força para isso como todo o mundo – é ou não é verdade que nós terminamos por criar uma frágil e doida realidade que é a civilização? essa civilização apenas guiada pelo sonho. Cada invenção minha soa-me como uma prece leiga – tal é a intensidade de sentir, escrevo para aprender.
Quero acolher com generosidade o que em mim se manifesta de forma incorreta. Não vou pedir permissão aos outros para desenvolver a mim mesma, mando no meu corpo e em tudo o que ele confina, coração incluído, consciência incluída.
Talvez eu esteja com receio de ter ido longe demais desta vez e esteja preparando a minha defesa, caso alguma coisa não saia como esperado. O que eu espero? Não espero nada, espero tudo, estou à deriva nessa aventura. Eu queria cristalizar esse momento da minha vida, mas estou em alta velocidade, e não sei se quero ir adiante, só que eu não tenho opção. Acho que é isso. Eu tinha opções, agora não tenho. Não consigo parar esse trem."
Enquanto tiver saúde vou rolando até encontrar qualquer coisa (ou pessoa) tão fantástica que me dê vontade de ficar ali para sempre.
Enquanto escrever e falar vou ter que fingir que alguém está segurando a minha mão.
Oh, pelo menos no começo, só no começo. Logo que puder dispensá-la, irei sozinha. Por enquanto preciso segurar esta tua mão – mesmo que não consiga inventar teu rosto e teus olhos e tua boca.
E se for difícil? Estou nem aí... é a minha chance, minha vida, meu sonho, minha vontade, não vou desistir tão cedo, não mesmo. Viver é arriscar e ser feliz!
Bom...acho que vou pra rua...
Mas não beberei
Nem vou entregar-me aos encantos de nenhuma mulher.
Caminharei apenas, até onde meus passos forem,
mas não irão longe, eu sei. Estou triste.
Logo me entrego ao consolo de uma calçada solitária,
e me esforçarei para colocar um sorriso no lugar dos olhos rasos d’água,
na esperança de que o orvalho venha anunciar
o alvorecer de uma nova manhã...
Pela parte de meu pai, sangro por inteiro, pois somos homens e nunca devemos cometer nenhum mísero erro, pois somos homens e devemos ser perfeitos.
Mas tudo muda com minha mãe, ela me diz que somos humanos e que erramos, diz que não é feio errar, pois permanecer no erro é burrice. E diz “filho levanta a cabeça, lava o rosto e enxugue essas lágrimas, pois amanhã é outro dia, temos sempre um recomeço” com o passar do tempo percebi que ela sempre esteve certa.
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