O meu Erro e Tentar te Agradar

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Agora, livro meu, vai, vai para onde o acaso te leve.

O grito do faisão -
Que saudade imensa
De meu pai e minha mãe.

Janela fechada:
borboleta na vidraça
dá cor ao meu dia.

O meu leitor não é o que me lê. É o que me relê (caso exista). Um autor lido unicamente uma vez não tem leitores, por mais retumbante que seja o seu sucesso.

Mulher total
Direito à permanência
do meu êxtase

Boneca se aquece
com o meu chapéu de lã.
Eu visto saudades.

Meu amigo dinossauro

Um pequeno dinossauro
Apareceu no jardim
Educado, inteligente,
O seu nome era Joaquim.

Nunca consegui saber
De onde foi que ele saiu
Quando a gente perguntou
Disfarçou e até sorriu...

Ficou muito nosso amigo
Fez tudo que é brincadeira.
Levou o Miguel pra escola
Levou a mamãe pra feira.

As pessoas espiavam
Estranhavam um pouquinho
Onde será que arranjaram
Este dinossaurosinho?

Nessa tarde o papai trouxe
Um amigo bem distinto
Que se espantou e exclamou:
- Mas este bicho está extinto!

Há muitos milhões de anos
Ele já virou petróleo!
Ou já virou gasolina,
Ou algum tipo de óleo.

Meu dinossauro sorriu
- Estou vivo, "podes crer"!
Eu não virei querosene
Como o senhor pode ver!

Antigamente diziam
Que o petróleo era formado
Por montes de dinossauros
Um sobre o outro empilhados.

Mas isso não é verdade!
Foram plantas e outros bichos
Que ficaram bem fechados
Entre buracos e nichos.

Sofreram muita pressão
Por muitos milhões de anos
Sofreram muito calor
No fundo dos oceanos.

- Mas então por que o petróleo
Até parece cigano?
Ora aparece na Terra,
Ora debaixo do oceano!

É porque o planeta Terra
Esteve sempre a mudar
Depois de milhões de anos
Tudo mudou de lugar.

Todos ficaram espantados
De tanta sabedoria
E perguntavam: - Que mais
Sabe Vossa Senhoria?

- Sei ainda muitas coisas
Disse o amigo Joaquim
Para que serve o petróleo
E outras coisas assim.

Petróleo move automóvel,
Navio, trem, avião,
Ônibus e motocicleta,
Helicóptero e caminhão.

Com petróleo se faz pano,
Brinquedo, bolsas e mala,
Pele pra fazer salsicha,
Copos, pratos, nem se fala.

Se faz tinta, faz garrafa,
Material de construção,
Se fazem peças de automóvel
E se faz tubulação.

- Tenho mais uma coisinha
Pra dizer. - Pois então diga!
E o dinossauro puxou
O fecho em sua barriga.

E saíram lá de dentro
O Pedro mais o Raimundo
- Nós não somos dinossauro,
Enganamos todo mundo!

Solidão de outubro:
folhas varridas no vento
levam meu recado.

Quero dizer que meu olhar não é para o PIB e para os juros, é para as pessoas.

olhando para trás
meu traseiro cobria-se
de cerejeiras em flor

Neste bosque urbano
árvore feita em concreto
- meu corpo estremece.

Os grilos cantam
Apenas do meu lado esquerdo -
Estou ficando velho.

Eu escrevo para libertar o meu cérebro, não para atravancar o dos outros.

Ruídos nas ramas.
Trêmulo, meu coração detem-se
e chora na noite...

(Perguntado qual o seu estado emocional antes de cada luta) - O meu estado é a Paraíba.

Dei instruções a meu advogado para que, quando morrer, meus órgão ainda úteis sejam usados em transplantes. E, o que não servir, seja despachado como alimento para o Terceiro Mundo.

O meu é um país perfeito, porque ninguém o pode melhorar.

Eu sabia que o meu filho era mortal.

Ó meu amigo, não te limites a aspirar à vida do possível, esgota antes o campo do possível.

O eu é odioso, dizeis. Não o meu.