O meu Erro e Tentar te Agradar
Antes de tudo e de mais nada, gostaria de dizer eu me apaixonei. Me apaixonei pelo garoto mais errado que poderia me apaixonar, mas ele se tornou tão certo que nem posso acreditar. Só que aconteceu um problema, eu poderia destruir minha família se continuasse o que eu e ele tínhamos, então terminei tudo antes que fosse tarde.
Motivos para não ficar com Victor:
1. Ele já beijou mais meninas do que posso contar com todos os meus dedos.
2. Ele bebe e usa drogas.
3. Posso não passar em medicina, já que estou focando no que não importa.
4. Eu posso voltar a cantar, pois ele faz com que eu deseje cantar e ser injusta com o meu eu do passado que prometeu que nunca mais iria cantar.
5. Posso arrumar várias confusões com meus pais, já que sei que meu pai não me aprova.
6. Ele me faz desejar ser mais feliz e eu já sou o suficientemente feliz
7. Posso me apaixonar ainda mais
8. E eu prometi com meu pai que entre eu e Victor nunca aconteceria nada
9. Posso sofrer
10. Tenho medo de ser errado
—E quais são os motivos para ficarmos perto um do outro? —Perguntou. Eu sorri.
—Não preciso de uma lista para isso. —Expliquei o olhando nos olhos. Ele me encarava. —Por que? —Perguntou.
Queria responder algo adequado, mas sem admitir que eu estava completamente apaixonada por ele.
Victor não estava bebendo, nem ficando com nenhuma garota, não acredito que alguém possa mudar alguém, mas se ele mudasse por mim, largaria o mundo para ele.
— Eu era como a lua. —Falei. — Eu iluminava a escuridão, mas não merecia ser a lua então escolhi ser uma estrela. —Expliquei. —Eu gosto ser uma estrela e na verdade acho que a humanidade deveria se espelhar nelas, para entender que todos são essenciais, mas nenhuma especial. —Falei e olhei para ele. Respirei fundo. —Se uma estrela se apaga, um pedaço do céu vai ficar escuro, por isso todas são essenciais para ter um céu lindo como esse. —Falei.
Alguém consegue me ouvir? Existe um eco enorme quando meu coração pulsa, pulsa forte, aos poucos se acalenta, quer parar e não existe dor maior do que um coração tão vivo buscando repouso no frio.
O meu momento é complicado, tento procurar uma saída e o que me aparece são problemas, mas não desisto a minha força vem em acreditar que amanhã será melhor.
Meus filhos são o meu legado.
E a principal herança que quero deixar para eles e seus vindouros, é o que precisam para serem pessoas que tenham caráter, honestidade, bondade e gentileza.
É a lembrança de tê-los ensinados a serem pessoas boas, para habitar esse mundo.
Mas quase sem esperança vive esse mundo...
Mas sei que o que deixo para eles.
Que se cada um fizer a sua parte, poderemos ter um mundo melhor.
E se eles também ensinarem a seus vindouros, filhos e netos.
A se tornarem pessoas boas nesse mundo, os mesmos tornarão ele cada vez melhor para si e para seu próximo.
Também passe a cada um deles que vale a pena ser e viver o bem.
E no final de tudo fica a duvida?
Como eu sei que será, passado os meus ensinamentos de caráter, honestidade, bondade e gentileza?
_simples, eu estou passando a frente os ensinamento que meu falecido pai me ensinou.
Percebo muitas vezes que a dor que eu sinto nada mais é do que um breve sinal de que o meu corpo e a minha mente não estão satisfeitos com os resultados obtidos dos últimos acontecimentos. Tento me distanciar da realidade para que desta forma eu consiga refletir melhor sobre minha vida e sobre a minha pessoa, e desta maneira, invado a minha essência e tomo ciência de que ali não é meu lugar, tomo ciência de que eu não estou mais cabendo ali e é isso que me atormenta. Me atormenta não caber em um lugar mesmo após diversas adaptações e tentativas. Mas tudo bem, vamos recomeçar.
Ainda não acertei
Mudei o meu jeito, fugi dos meus apelos recônditos tentando encontrar a melhor maneira de não sucumbir.
Procurei do meu jeito, errei nos meus apelos furtivos, mais uma vez tentando encontrar a melhor maneira de resistir.
Errei novamente quando procurei mudar o meu jeito, falhei ao fugir dos apelos da minha alma, que constantemente retruca para mim: - É quimérico, é quimérico...
Continuarei a busca por inúmeras maneiras de considerar ainda me surpreender e não perder o meu sorriso.
Até que gostei de intentar mudar, mas eu ainda não acertei...
Ou seja, vou tentar outra vez.
É que ele ouviu as dores que assolavam meu coração, ouviu os medos que me paralisavam e me olhou de um jeito que me fez sentir como se toda dor não passasse de uma velha lembrança, meu medo de tentar virou vontade de fazer dar certo...
Lutaria por você, se você se arriscasse por mim.
Tem gente que vive tentando puxar meu tapete e me deixar pra baixo. Pode continuar tentando à vontade, nada disso vai me abalar.
Sempre achei-me estar preso ao meu corpo, como se ele fosse o meu limitador final. Ainda encontro-me assim, mas tento me felicitar nas conjecturas que a mente me proporciona, e talvez só porque eu tenho esse corpo.
Vem cá meu bem, que é bom lhe ver o mundo anda tão complicado por isso eu quero fazer tudo com você.
O ANDAIME
O tempo que eu hei sonhado
Quantos anos foi de vida!
Ah, quanto do meu passado
Foi só a vida mentida
De um futuro imaginado!
Aqui à beira do rio
Sossego sem ter razão.
Este seu correr vazio
Figura, anônimo e frio,
A vida vivida em vão.
A 'sp'rança que pouco alcança!
Que desejo vale o ensejo?
E uma bola de criança
Sobre mais que minha 's'prança,
Rola mais que o meu desejo.
Ondas do rio, tão leves
Que não sois ondas sequer,
Horas, dias, anos, breves
Passam - verduras ou neves
Que o mesmo sol faz morrer.
Gastei tudo que não tinha.
Sou mais velho do que sou.
A ilusão, que me mantinha,
Só no palco era rainha:
Despiu-se, e o reino acabou.
Leve som das águas lentas,
Gulosas da margem ida,
Que lembranças sonolentas
De esperanças nevoentas!
Que sonhos o sonho e a vida!
Que fiz de mim? Encontrei-me
Quando estava já perdido.
Impaciente deixei-me
Como a um louco que teime
No que lhe foi desmentido.
Som morto das águas mansas
Que correm por ter que ser,
Leva não só lembranças -
Mortas, porque hão de morrer.
Sou já o morto futuro.
Só um sonho me liga a mim -
O sonho atrasado e obscuro
Do que eu devera ser - muro
Do meu deserto jardim.
Ondas passadas, levai-me
Para o alvido do mar!
Ao que não serei legai-me,
Que cerquei com um andaime
A casa por fabricar.
Fernando Pessoa
Que suave é o ar!
Como parece
Que tudo é bom na vida que há!
Assim meu coração pudesse
Sentir essa certeza já.
Mas não; ou seja a selva escura
Ou seja um Dante mais diverso,
A alma é literatura
E tudo acaba em nada e verso.
Tão abstrata é a idéia do teu ser...
Dobre - Peguei no meu coração...
Quem te disse ao ouvido esse segredo...
Abdicação: Toma-me, ó noite eterna...
Dorme enquanto eu velo... deixa-me sonhar...
Põe as mãos nos ombros... beija-me na fronte...
Ao longe, ao luar, no rio uma vela...
Sonho. Não sei quem sou neste momento...
Contemplo o lago mudo que uma brisa estremece...
Gato que brincas na rua como se fose na cama...
Não: não digas nada!
Vaga, no azul amplo solta, vai uma nuvem errando...
O Andaime: O tempo que eu hei sonhado...
Sorriso audível das folhas...
Autopsicografia: O poeta é um fingidor...
O que me dói não é o que há no coração...
Entre o sono e o sonho...
Tudo o que faço ou medito fica sempre na metade.
Tenho tanto sentimento que...
Viajar! Perder países!
Grandes mistérios habitam o limiar do meu ser...
Fresta: Em meus momentos escuros...
Eros e Psique: Conta a lenda que dormia uma princesa...
Teus olhos entristecem. Nem ouves o que digo...
Liberdade: Ai que prazer não cumprir um dever...
Hora Absurda - O teu silêncio é uma nau...