O Impossivel So Existe no Vocabulario dos Fracos
"Bom dia", disse a raposa.
- "Bom dia", o Pequeno Príncipe respondeu educadamente. "Quem é você? Você é tão bonita de se olhar."
- "Eu sou uma raposa", disse a raposa.
- "Venha brincar comigo", propôs o Pequeno Príncipe. "Eu estou tão triste."
- "Eu não posso brincar com você", a raposa disse. "Eu não estou cativada."
- "O que significa isso - cativar?"
- "É uma coisa que as pessoas freqüentemente negligenciam", disse a raposa. "Significa estabelecer laços." "Sim", disse a raposa. "Para mim você é apenas um menininho e eu não tenho necessidade de você. E você por sua vez, não tem nenhuma necessidade de mim. Para você eu não sou nada mais do que uma raposa, mas se você me cativar então nós precisaremos um do outro".
A raposa olhou fixamente para o Pequeno Príncipe durante muito tempo e disse:
- "Por favor cativa-me."
- "O que eu devo fazer para cativar você?", perguntou o Pequeno Príncipe.
- "Você deve ser muito paciente", disse a raposa. "Primeiro você vai sentar a uma pequena distância de mim e não vai dizer nada. Palavras são as fontes de desentendimento. Mas você se sentará um pouco mais perto de mim todo dia."
No dia seguinte o principezinho voltou.
- "Teria sido melhor voltares à mesma hora", disse a raposa. "Se tu vens por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens por exemplo a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos".
Então o Pequeno Príncipe cativou a raposa e depois chegou a hora da partida dele.
- "Oh!", disse a raposa. "Eu vou chorar".
- "A culpa é sua", disse o Pequeno Príncipe, "mas você mesma quis que eu a cativasse".
- "Adeus", disse o Pequeno Príncipe.
- "Adeus", disse a raposa. "E agora eu vou contar a você um segredo: nós só podemos ver perfeitamente com o coração; o que é essencial é invisível aos olhos. Os homens têm esquecido esta verdade. Mas você não deve esquecê-la. Você se torna eternamente responsável por aquilo que cativa."
Nota: Trecho do livro "O pequeno príncipe"
– Que é preciso fazer? Perguntou o pequeno príncipe.
– É preciso ser paciente – respondeu a raposa. – Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada, te sentarás mais perto...
Transforma-se o amador na coisa amada, por virtude do muito imaginar, não tem o algo mais que desejar, pois já tenho em mim a parte desejada.
Quem sabe o que é correto age corretamente (...)
O verdadeiro conhecimento leva a agir corretamente.
“Eu” – pensou o pequeno príncipe, – “se tivesse cinqüenta e três minutos para gastar, iria caminhando calmamente em direção a uma fonte...”
Só um gênio conseguiria inventar um vidro de aspirinas impossível de ser aberto por uma criança que consegue fazer funcionar um gravador de vídeo.
Meu Deus! Como é engraçado.
Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço.
Uma fita dando voltas. Enrosca-se, mas não embola.
Vira, revira, circula e pronto, está dado o laço.
É assim que é o abraço (...)
Ah, então é assim o amor, a amizade, tudo que é sentimento.
Como um pedaço de fita.
Enrosca, segura um pouquinho, mas não pode se desfazer a qualquer hora, deixando livre as duas bandas do laço.
Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade.
E quando alguém briga então se diz: romperam-se os laços.
Então o amor, a amizade são isso.
Não prendem, não escravizam, não apertam, não sufocam.
Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço.
Nota: Adaptação do poema de Maria Beatriz Marinho dos Anjos.
A Idade de Ser Feliz
Existe somente uma idade para a gente ser feliz
somente uma época na vida de cada pessoa
em que é possível sonhar e fazer planos
e ter energia bastante para realizá-los
a despeito de todas as dificuldades e obstáculos
Uma só idade para a gente se encantar com a vida
e viver apaixonadamente
e desfrutar tudo com toda intensidade
sem medo nem culpa de sentir prazer
Fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida
à nossa própria imagem e semelhança
e sorrir e cantar e brincar e dançar
e vestir-se com todas as cores
e entregar-se a todos os amores
experimentando a vida em todos os seus sabores
sem preconceito ou pudor
Tempo de entusiasmo e de coragem
em que todo desafio é mais um convite à luta
que a gente enfrenta com toda a disposição de tentar algo novo,
de novo e de novo, e quantas vezes for preciso
Essa idade, tão fugaz na vida da gente,
chama-se presente,
e tem apenas a duração do instante que passa ...
... doce pássaro do aqui e agora
que quando se dá por ele já partiu para nunca mais!
Uns sapatos que ficam bem numa pessoa são pequenos para uma outra; não existe uma receita para a vida que sirva para todos.