O Homem Errado Luis Fermando Verissimo
Velhice no ponto final
Virgulas, já as perdi no caminho
Onde atalhos vão dar a pontos finais;
Reticências, rezo-as sempre sozinho
Pra escapar a parágrafos canibais!
Aos poucos vislumbro o último vinho
Que beberei não sei de que punhais!
Ter menos tempo é ter mais a perder,
Quase nu e tanto pra escrever!
São horas lentas, frias e demoradas,
Que a velhice aceitou e por onde há
Pouca agitação e muitos nadas;
Estou onde a televisão está
E vejo-a com pálpebras desmaiadas;
Do que lá vejo e oiço, bastará
A minha ruidosa cama
E a visita de quem me ama...
Sou as cruzes e rasgos do desfiladeiro,
Cheio de marcas que contam histórias;
Tenho no bolso um andar batoteiro,
Relógios calcinados, que não dão horas,
Um olhar obsoleto, um falar trapaceiro,
Que pergunta quantas mais memórias
Terei com o meu melhor fato?
Oh, destino ingrato...
O forte cai e corre
A vida assim encarar:
Ser coruja errante
Ou papagaio ignorante,
É diferença entre caminhar
Ou cair num instante!
Ao cair, que se aprenda
Com o descuido passado,
Ou serás enterrado
Pela vida, pela fenda
Onde caístes à bocado!
O fraco a morte planta,
O forte cai e corre
Mas se agiganta!
Um, hoje se levanta,
O outro, amanhã morre!
A flor de lótus almejada
Sou flor por nascer, por germinar,
Como ela procuro a esperança remota
Do sol, vida e paz um dia abraçar!
Vagueando por onde a flor brota,
Eis que em mim o caule sinto rasgar
Da flor nascida, à luz devota!
Da minha alma antes alagada
Nasce a bela flor de lótus almejada.
Morte por entre dedos
É ver areia fina escoar entre dedos
E o relógio que não pára de andar!
Apontam os ponteiros cruéis torpedos
A horas que não páram de contar
As areias finas dos meus medos
Que a mão da esperança quer fechar!
Será que mão fechada o tempo segura
E a esperançosa vida nela perdura?
O meu jardim
Borboleta,
que em tão negro jardim queres entrar,
que me queres trazer flores ou espinhos,
não tragas
e não entres...
Fica à porta, espreita o que está à tua frente.
Consegues ver, porque lá dentro estão velas.
As acesas, rezam por amores acabados,
as apagadas, por calvários que nunca foram amores.
Diante dos teus olhos
estão mármores frios e negros.
Se reparares com atenção,
em cima desses mármores, estão fotografias.
São fotografias de pessoas,
a quem aos meus filhos direi, que eram amigos,
porque foi com eles
que passei os melhores anos da minha vida.
À tua direita, a terra é estéril.
As flores que vês, vestidas de negro, não são flores!
São de pedra.
Ali jazem fracassos
em forma de mágoas, mentiras, traições e abandonos.
À esquerda, ervas daninhas.
Coroas de flores, por tudo o que foi em vão,
por sorrisos e lágrimas, alegrias e tristezas,
noites inesquecíveis, noites de espera agoniante,
cartas e fotografias que se queimaram,
ouro que se vendeu, bens que se perderam,
recomeços extasiantes, tropeços estúpidos
e sonhos que não se tornaram realidade.
Ao fundo, está um pedaço de terra.
Só tem uma linda flor.
Só tenho essa.
É para a trocar pelo resto da minha vida,
por companheirismo, amor e amizade,
tudo junto!
Por tudo isto, borboleta,
se vieres só de passagem,
não abras a porta do meu jardim!
Mas se vieres para ficar,
se estrelas e constelações quiseres enfrentar,
se tratares o meu jardim como eu tratarei o teu,
entra, porque estive a vida inteira à tua espera!
Será preciso muitos livros para decifrar...o enigma maior que fica? - A beleza maior se refere a alma que a concebe ou ao todo que a reverencia...?
Olhos fechados, para disfarçar a vermelhidão dos traumas, baseados em uma vida de luta.
Não me falta esperança!
Sem ver, é possível sonhar. Por isso, fecho os olhos e exercito minha imaginação, que me permite criar, e encontrar soluções criativas para os problemas da vida.
Disfarço tão mal meus sentimentos, que só quem não quer enxergar não consegue ver.
O que deixa meus olhos vermelhos nunca me fez mal.
Quem dita as crenças e as teorias que eu devo acreditar, sim, só me faz mal.
Continuaremos a acreditar nas crenças de quem? Até quando?
Você disfarça sua dor? Esconde o que te fere?
Se a sua resposta for sim, tá se sabotando. Tá dando força pro sequestrador, pro agressor e quem seja lá a pessoa que esteja roubando-lhe a paz.
Não permita que ninguém seja capaz de quebrar seu coração.
Busque, antes de qualquer relação pessoal, o auto conhecimento. Sem se conhecer, como será capaz de conhecer alguém verdadeiramente?
Ninguém merece uma versão fajuta sua, ninguém merece amigos superficiais.
Tolos!
A minha subjetividade ninguém rouba.
Não deixa que roubem a sua, pelo seu bem!
Qual a graça de uma vida imprevisível?
Imprevisível é o futuro que eu não faço a menor ideia de como será.
E a magia está aí, em conhecer o desconhecido.
Os nossos pais, costuma sempre dizer com ar de conselho passivo agressivo - deixa ele, a vida ensina. Tem que apanhar pra aprender. A cabeça não pensa e o corpo padece.
Ouvi muito isso, quem dera tivesse ao menos escutado.
Faria das minhas decisões mais simples.
Não pensaria, se por consequência padecer, padeceria!
Os melhores aprendizados estão nos sentimentos, e eles vão de alguma forma te causar dor, é que te afeta então não tem saída.
Sentimentos, sentimos, vivemos e erremos. Aprenderemos e renasceremos!
No reino do desconhecido nos assustamos com a falta de familiaridade, porém no não familiar podemos criar novas e antigas versões de nós mesmo.
Encontramos esperança no que não conhecemos e no que ainda não nos conhece.
Como se a reserva conseguisse encher o tanque.
Sejamos possíveis de qualquer possibilidade que não cause dor de punir!
Por favor não
Não me olhe nos olhos.
Não me toque com a alma.
Não quebre o meu coração novamente.
Eu imploro!
Não me faça querer despertar.
Não queira me colocar em uma jaula.
Não diga que me ama, e me deixe ir.
Não brinque comigo.
Não mude minha maneira.
Não me faça querer mudar.
Não mude, deixe estar!
To cansado de me refazer em desfeita.
To cansado de acabar com o pra sempre.
De estar disposto e se indispor.
De aprender o que é dor.
Só me deixa no meu canto!
Não finja que me ama.
Não publique seus sentimentos por mim.
Não judia de alguém que você destruiu.
Me esquece por favor!
Que o medo que me anseia não seja maior que a coragem que tenho de vencer, e que os abalos dos meus pensamentos me conduzam sempre aos inalcançáveis dos meus sonhos, e que a solidão seja sempre o abalo de minha alma procurando um encontro comigo mesmo.
O silêncio da noite a escuridão que anseia a ansiedade que elevar, e o som dos latidos dos cães na madrugada, essa é a mais primitiva solidão do homem moderno que se mumifica-se na carniça que é o ser.
- (com um cigarro na boca) Você tem fogo?
- Já parou pra pensar que esse cigarro pode te matar?
- Já parou pra pensar que você vive pra morrer?
- E por que você está acelerando a sua morte?
- Não estou acelerando,só estou escolhendo como vou morrer!
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