O Amor Esquece de Comecar Fabricio Carpinejar
Ah! Minha menina do coração perfumado! Tão bom te acariciar com os olhos...te embalar nos meus abraços e ninar mseus sonhos...
AH...abençoado anjinho disfarçado...desses que nos agarram a alma pra brincar de mãos dadas nas nuvens! Anjinho que rabisca arco-íris nos corações e faz a gente rir colorido, fazendo cócegas na vida da gente. Meu coração hoje é que te festeja e sela milhões de beijinhos batizados, assim...como faço quando você me abraça. me enlaça, afaga...arrancando alegrias lá do fundo de mim...e quando desliza seus dedinhos de condão perfumados e macios em meu rosto, acordando com um sopro, todos os meus segundos. PARABÉNS, ALÍCIA, anjinho de colorir gente, dos carinhos tecidos com perfume de flores pra nunca mais exalar do meu ser...
"Te odeio"
Te odeio profundamente
E sabes bem o porquê!
Quero pular de um avião
Do que falar com você.
Ao invês de apertar tua mão,
Prefiro apertar um espinho,
Se um dia me ver na rua,
Por favor, mude o caminho.
Só em ouvir tua voz,
Faz ferver meu coração.
Você não merece nem
Um pouco de minha atenção.
Se te vejo de longe,
De raiva a alma transpira!
Não quero nem respirar
O mesmo ar que respira.
Te odeio intensamente
E muito mais te maldigo,
Prefiro ir à sepultura,
Do que falar um dia contigo.
Pentecoste/CE
A vida é sempre,a vida não muda e se você chora seu pranto ela enxuga, pra mais uma vez ela te ver chorar
Posso ser pobre de dinheiro, e nao ter beleza mais pode te certeza que do meu lado ja mais você saberá oque é tristeza
O menino corre, pula,
O menino, ele tem a pele escura,
Ele corre e pula, mas sozinho,
Pois ninguém quer brincar com o escurinho.
O menino vai pra casa, chora,
Chora e se pergunta, porque comigo?
Porque ninguém quer ser meu amigo?
Mas que vida injusta!
A vida é injusta? Eis a pergunta,
Porque ninguém quer ser amigo do escurinho?
Só por ter a pele escura, isso lá é motivo de tal tortura?
Ele também é gente, ele também sente.
Solidão, triste solidão,
Ela cria um enorme buraco no peito,
O qual só se preenche, no leito
No leito de morte, mas veja que sorte,
Você não passa por essa tortura, então pense duas vezes antes de desprezar quem tem a pele escura.
“As vezes levamos umas porradinhas da vida, balançamos e cairmos de pé, outras; caímos “em si”. E assim o ringue da vida segue intimando... “
Pastora Meracilina (ATAB)
.Quando nós conseguimos introjetar o Cristo em nosso coração, a vida muda de significado, nós mudamos de trajetória e surge, em nosso mundo interior, uma emoção completamente nova em que a criatura humana agora se identifica com o Criador e pode manter o intercâmbio de Pai a filho e filho a Pai.
Não lamenteis as dificuldades que ora assolam na Terra. A crise de qualquer natureza é uma experiência evolutiva para o desenvolvimento intelecto-moral da criatura humana.
Examinai a vida do Mundo espiritual para a Terra e não dos efeitos para a causa.
Somente nos acontece aquilo de que temos necessidade para evoluir.
Enriqueçamos, filhos amados, a nossa alma, com a dúlcida paz que vem de Jesus e deixemos que Ele norteie os nossos passos que nos levem pelas estradas difíceis que devemos vencer até alcançar o calvário sublime da nossa cruz de redenção.
Não sofreis sem um motivo justo.
A dor é um divino buril que lapida as imperfeições da alma.
É claro que a benção da saúde, o equilíbrio orgânico, emocional, psíquico, fazem parte também do esquema da vida espiritual, mas é necessário compreender que saímos do instinto para a razão e ainda não conseguimos imprimir a razão no bom tom, no ádito dos corações nem das atividades.
E como consequência, erramos, enganamo-nos, equivocamo-nos a cada passo,com o direito sublime da reparação.
Arrependamo-nos do mal que nos fizemos, expiemos como recomenda o egrégio codificador e reparemos através do amor e da misericórdia.
Jesus, meus filhos, espera por nós.
Que cada um de nós cumpra com o seu dever.
Que cada um de nós realize o mínimo ao seu alcance, esse mínimo que seja, possivelmente, uma grande parte para quem recebe, nada tendo.
A nossa jornada na Terra é uma experiência de libertação.
Não mais tergiversemos, não nos permitamos mais tombar nos desfiladeiros da agonia pela presunção, pelo egotismo.
É ampla a estrada do amor embora a porta redentora seja estreita.
Entremos por ela, atentando para encontrarmos na casa do Pai o lugar de misericórdia que nos está reservado.
Servir é a honra que nos cabe.
Amai, é a oportunidade de autorredenção e confiai infinitamente no amor do Amado em nome do Pai Celestial para que as Suas bênçãos penetrem-nos a alma e libertem-nos das aflições.
Que o Senhor de bênçãos vos abençoe, são os votos do humilde servidor paternal em nome dos amigos espirituais deste templo para todos vós.
Muita paz...
Bezerra(*)
Preciosos segundos de paz...
sonhava que estava a sonhar,
onde todos seus desejos poderia realizar,
chegava ao fim de todas suas dores
que alimentavam uma dor profunda,
ao menos uma única vez,
encontrar o dia de não olhar pra trás,
cronologia das marcas de amarras e âncoras,
dos medos que sempre o impediram de ir
a todos lugares com gentes de todos os cantos do mundo,
em que as lágrimas de sofrimentos se transformariam
em rios d'água cristalina a desembocar no mar,
aonde tudo se transmuta, numa espécie de magia,
os vestígios permaneceriam, não mais para lembrar e sofrer,
mas para lá buscar a energia sem fim,
sutil, delicada, a do amor que cresce seguro,
fechando feridas que não param de sangrar,
aquietando mente e coração ansiosos,
apropriando-se de preciosos segundos de paz...
Tempo...
...tive uma conversa amistosa com o Tempo e acordamos,
aceito a deleteriedade do corpo,
os cabelos brancos, não importa quantos,
as limitações no andar,
todas as rugas no rosto,
a audição, visão, tato, olfato e paladar precários,
mas, preserva-me a lucidez,
um mínimo de independência e autonomia,
a imprescindível sensibilidade para não ferir ninguém,
que possa perdoar e pedir perdão,
sentir alegrias, tristezas e amor,
derramando assim, espontaneamente,
as lágrimas que aliviam,
o completo desapego de tudo que não me fará falta
na vida que se seguirá,
aceitar e sofrer a indiferença sem o ser,
reconhecer os velhos amigos e,
por fim,
que tenha a humildade,
que me permita uma serena desconstrução e reconstrução a cada novo
saber, até o último suspiro, ainda com todo o amor...
Silêncio...
O silêncio suscita,
uma mera expressão de desprezo,
se passa indiferença, com certeza doída, deixa ferida,
não duvides, quiçá um grito de socorro,
talvez um medo que paralisa,
muitas interrogações,
acusações, cumplicidade
ou um carinho,
uma das mais puras expressões de amor,
quem sabe um apelo,
mas, por certo,
acredite,
não será jamais
apenas silêncio...
Um dia qualquer à sombra do cajueiro..
Vivia o mesmo sonho misturado a despertares onde a tristeza, angústia e solidão se faziam companheiras, afastando-o mais e mais de um dia distante onde conhecia o seu lugar e sua gente.
Onde estavam seu canto, suas coisas, seu quarto, sua cama, a cômoda onde ficavam alguns porta-retratos?
Essa vaga lembrança o deixava confuso.
Porque seu olhar se fixava no chão quando, vez ou outra, alguém passava?
Quanto tempo mais daquela rotina, como se vivesse horas e horas, dias e dias, numa insossa repetição de nadas, sem sentido, aturdido em seu permanente estado de confusão e melancolia?
Alguns instantâneos faziam-no acordar inquieto e perdido, num outro lugar, ambiente simples, de conversas, da varanda, da sombra do cajueiro onde pessoas animadas conversavam e riam tanto, quanto tempo?
- O senhor não comeu nada hoje, vai ficar doente, pode ser que hoje alguém venha vê-lo...
- Precisa parecer melhor, vamos fazer a barba, cortar esses cabelos, trocar esse pijama, tomar um banho, cheirar melhor, o que vão pensar...
- O senhor não está me ouvindo...
- Não tenho mais tempo...
A água fria, por instantes, o desperta desse torpor, sente às costas a parede úmida onde se escora.
- Quem é você?
- Maria, já me esqueceu de novo...
- Onde estou?
- Na sua casa nova...
- Carla?
- Tá vendo, sua filha não pode vir, mas telefona sempre para saber do senhor...
- Chama a Nê...
- Sua esposa foi fazer uma viagem pra bem longe, vai demorar...
- Tome seu remédio, mais tarde volto com seu chá....
- Que dia é hoje?
- Tá mais esquecido, é sábado, dia de visita, por isso tem que ficar bonito...
- Carla..., Nê..., que dia é hoje...
Apenas um dia qualquer na vida de alguém esquecido que se lembra de uma vida distante e que ainda quer seu canto, sua gente, sua memória, seus amores...
Algo ainda a fazer...
sinto ainda o cansaço e o desânimo,
forças invisíveis ameaçam alguns poucos sonhos,
sussurram insistentemente,
chega, não dá mais,
o tempo de hoje e de amanhã,
totalmente incerto,
se ainda está em aberto,
é porque há algo ainda a fazer nessa vida,
está comigo desde sempre,
a percebo viva,
em muitas das vezes, de tão perto,
inspira o quê, quando, aonde e o porquê,
outros sons trazidos pelo silêncio,
estão a dizer,
continue a olhar, sentir e
escutar...
Reflexões para velhos de amanhã...
Quem serei velho?
Quem estarei velho?
Quando serei velho?
Quando estarei velho?
Como serei velho?
Como estarei velho?
Onde serei velho?
Onde estarei velho?
Quem serei nesse lugar?
Quem estarei nesse lugar?
Quando serei nesse lugar?
Quando estarei nesse lugar?
Onde serei nesse lugar?
Onde estarei nesse lugar?
Terei lugar nesse lugar?
Terei nome nesse lugar?
Nenhum tipo de onde, como, quando, quem e ter deveria preocupar ninguém,
Nem o recém-nascido,
Nem a criança,
Nem o adolescente,
Nem o jovem adulto,
Nem para o adulto velho?
Será sofrido para os velhos enquanto os escondermos e deles nos esquecermos...
Esquecidos nas metrópoles...
Ao acordar pela manhã sentiu algo diferente, os raios de sol invadiam o quarto que lhe parecia o mesmo, a cama não lhe era estranha, bastava um leve mexer para se ouvir o ranger conhecido das molas do colchão, continuava só, como já há muito tempo, desde quando, não se lembra bem, ainda jovem, perdera quem amava para uma doença agressiva e intratável.
Ela havia sido a única pessoa que amara de verdade, sua amiga, companheira, confidente, se conheciam intimamente, detalhe por detalhe, todos os medos, os defeitos, as dores do corpo, da mente e do espírito.
As virtudes diferiam um pouco, ela sorria mais, delicadamente vaidosa destinava bom tempo no cuidar dos longos cabelos que chamavam a atenção naquela face quase juvenil.
Ele, totalmente descuidado, cabelos e barba por fazer, achava perder tempo nesses cuidados, só os fazendo vez ou outra para lhe agradar.
Ah, como gostavam de relembrar como se encontraram.
Havia sido num retiro, desses onde muitos vão à busca de silêncio e paz quase que sempre para acalmar algumas das muitas inquietações que lhes incomodavam e, o mais incrível, ambos, de forma tão semelhante, não deveriam estar ali, fora uma decisão de última hora, deixando amigos que partiriam para mais uma festa qualquer.
Diversão igual àquela já não lhes chamava a atenção, até iam, mais para satisfazerem aos outros do que a si mesmos, mas, daquela vez, algo maior os fez mudar de ideia, uma certa intuição, como se fosse uma clamor.
Ao saírem daquele lugar de calma e tranquilidade nunca mais se separaram, continuaram trabalhando, mantendo os laços familiares, frequentavam um lar de velhinhos sem ninguém e um orfanato repleto de crianças de várias idades.
Tinham a vida social que aquele lugarejo permitia, deixaram a vida seguir seu curso, não fizeram planos, só a promessa de que viveriam um para o outro, e assim foi até quando aquele mal interrompeu suas jornadas de felicidade plena.
Porque então acordara e se sentia deslocado nessa manhã e que razões o fizeram percorrer mais uma vez esse percurso que em sua lembrança estava cristalizada?
Algo diferente ocorria, as mãos que trouxera ao rosto eram sensíveis, pele fina e com feridas, as unhas compridas, tentou levantar-se rapidamente, dores sentia pelo corpo que não lhe obedecia.
Erguendo-se com dificuldades sentou-se e, defronte a um pequeno espelho na parede, com atenção nunca tida, olhou e percebeu um rosto com os sulcos próprios de uma idade avançada, por instantes, confuso, se perguntava,
Quem era aquele refletido no espelho, alguém tão diferente e estranho, com poucos cabelos e olhar distante?
Com mais atenção percebera não estar sozinho como imaginava, parecia um grande salão, levantou-se vagarosamente e, andando não mais que dois passos, esbarrou numa cama com alguém encolhido, desviando-se, com mais um passo outra cama e outra pessoa, este sentado à cama, com o rosto do espelho se parecia e, com mais atenção, ainda sem entender direito, viu outras camas mais, chegando mais próximo de alguém com fala inaudível e o braço estendido lhe apontava uma jarra de água.
Perguntava-se, como chegara ali e quanto tempo poderia ter se passado?
Preso à memória de um tempo tão feliz, apenas envelhecera, e como os que ali estavam apenas haviam sido esquecidos.
Em memória aos que viveram num "depósito de velhos" escondido no centro de São José dos Campos, metrópole do Vale Paraíba Paulista, com 600 mil habitantes.
Uma reflexão para um país onde os que envelhecem aos milhões estão perdidos e sem memória.
Apenas humano...
Sem que ela percebesse, eu chegaria de mansinho, delicadamente e com todo o carinho me achegaria no mais fundo do seu coração, dele retirando tudo o que a machucou, curando todas e quaisquer feridas que ainda existam, a começar pelas mais antigas, por mínimas que sejam.
À memória ruim eu daria um jeito de apagar, deixando apenas o seu ensinamento, ainda aprendemos mais com a dor.
Pediria que ela sorrisse sem receio abrindo espaço para um novo registro de paz, carinho e amor.
Longe do preceito de que todos somos obrigados a ser "felizes", como se fosse um produto disponível nas vitrines dos megashoppings, eu lhe diria para ser feliz naturalmente, sabendo que por certo surgirão momentos acompanhados de sofrer.
Quando se pensa que hoje não há mais segredos, talvez possamos entender que a maior utopia é sermos apenas humanos, com muitas contradições, melhor que assim seja e sem culpa.
Segredos que não nos pertencem...
O outro é um universo a ser explorado, conhecido, para tanto há que se ter paciência, carinho, acolhimento, e só será possível se ele assim o permitir.
Nenhuma pessoa tem o direito de devassar o interior da outra, ainda que se pense que será para ajudá-la.
Mal sabemos de nós mesmos porque, em geral, ficamos na superfície do que e do porque somos e o que fizemos.
As muitas construções que nos moldaram ao longo do tempo, em uma jornada de incertezas, descobertas e medos, nos pertencem.
O que há em nossas entranhas só descobriremos se o quisermos, daí a partilhar, só se for com alguém especial, que nos queira bem e nos inspire absoluta confiança, com uma dose dupla de amor e sinceridade.
Se formos escolhidos por alguém que queira e precise dividir seus segredos que tenhamos muito cuidado com o que soubermos pois, ainda assim, não nos pertence.
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