O Amor Esquece de Comecar Fabricio Carpinejar
estive buscando o horizonte de seus pensamentos
pois a luz que vi em seus olhos nunca se apagou
depois de muitas tempestades continuo escrevendo
pois escrevo que o que perdura sempre é o amor
como um eco no fundo do mar
para alguém disposto a escutar
ouvi seu coração no horizonte de tudo
eu busquei sua mão no fim do mundo
Riz de Ferelas
oceano de lágrimas
onde vai terminar?
uma lágrima para cada sonho
cada batida de coração querendo te encontrar
Riz de Ferelas
ORAÇÃO DA MADRUGADA
Senhor, nesta madrugada silenciosa, em que a maioria dos seres repousa, venho lhe pedir que derrame graças sobre mim, minha família e meus amigos; nos proteja de toda maldade; nos cubra com seu manto de proteção; ao amanhecer, renove nossas forças para que possamos prosseguir nossa caminhada, com saúde, paz, amor e alegria. Amém.
PRECE DA NOITE
Senhor, nesta noite em que as estrelas reluzem como sempre no universo infinito, venho lhe pedir graças, proteção, saúde e paz para mim, minha família e meus amigos; que tenhamos uma noite com lindos sonhos, amor, bondade e repleta de felicidade; que a maldade não nos atinja de forma alguma. Rogo-lhe que, ao amanhecer, renove nossas forças e continue a guiar nossos passos e a nos cobrir com seu manto de proteção para, assim, continuarmos evoluindo no belo ciclo da vida. Amém.
PRECE DE FIM DE SEMANA
Senhor, depois de realizarmos intenso trabalho e/ou estudo desde o início desta semana, venho lhe pedir graças, proteção, saúde e paz para mim, minha família e meus amigos; que nossas horas de lazer e descanso sejam repletas de amor, bondade e felicidade; que nenhum acidente ocorra conosco. Rogo-lhe que esteja sempre do nosso lado, renovando nossas forças e guiando nossos passos para que nenhum mal nos atinja e, assim, prosseguirmos e continuarmos evoluindo no belo ciclo da vida. Amém.
Amar é ...
Amar é querer ver sempre feliz a pessoa amada.
Amar é viver todos os dias como um dia especial dedicado à pessoa amada.
Amar é olhar sempre para a pessoa amada da mesma forma que a olhou quando o amor por ela floresceu.
Amar é proporcionar uma linda noite para a pessoa amada.
Amar é tratar com muito carinho a pessoa amada.
Amar é proporcionar momentos de felicidade para alguém.
Amar é procurar que a sua alma irradie luz para a alma da pessoa que ama.
Amar é olhar com ternura para a pessoa amada a cada amanhecer.
Pode ser fácil suportar as cicatrizes do corpo.
Difícil será suportar as cicatrizes da alma.
Estas podem ser aliviadas com amor e ajuda de Deus.
Gostoso
Eu quero
desabrochar
nossos corações
na cama
escutando a chuva
tamborilar
no telhado...!
E o coral das cigarras anunciando
a Primavera da Luz!
“Ó Milagre da Luz
Venha sem demora
Ó Milagre da Luz
Venha agora
Que eu não tenho mais medo!
Tu não te pareces nada com as mulheres vulgares que tenho conhecido. Espírito e coração como o teu são prendas raras, alma tão boa e tão elevada, sensibilidade tão melindrosa, razão tão reta não são bens que a natureza espalhasse às mãos cheias pelo teu sexo. Tu pertences ao pequeno número de mulheres que ainda sabem amar, sentir, e pensar. Como te não amaria eu? (...) A responsabilidade de fazer-te feliz é decerto melindrosa; mas eu aceito-a com alegria, e estou certo que saberei desempenhar este agradável encargo.
Não é sem freqüência que, à tarde, chegando à janela, eu vejo um casalzinho de brotos que vem namorar sobre a pequenina ponte de balaustrada branca que há no parque. Ela é uma menina de uns 13 anos, o corpo elástico metido nuns blue jeans e num suéter folgadão, os cabelos puxados para trás num rabinho-de-cavalo que está sempre a balançar para todos os lados; ele, um garoto de, no máximo, 16, esguio, com pastas de cabelo a lhe tombar sobre a testa e um ar de quem descobriu a fórmula da vida. Uma coisa eu lhes asseguro: eles são lindos, e ficam montados, um em frente ao outro, no corrimão da colunata, os joelhos a se tocarem, os rostos a se buscarem a todo momento para pequenos segredos, pequenos carinhos, pequenos beijos. São, na sua extrema juventude, a coisa mais antiga que há no parque, incluindo velhas árvores que por ali espapaçam sua verde sombra; e as momices e brincadeiras que se fazem dariam para escrever todo um tratado sobre a arqueologia do amor, pois têm uma tal ancestralidade que nunca se há de saber a quantos milênios remontam.
Eu os observo por um minuto apenas para não perturbar-lhes os jogos de mão e misteriosos brinquedos mímicos com que se entretêm, pois suspeito de que sabem de tudo o que se passa à sua volta. Às vezes, para descansar da posição, encaixam-se os pescoços e repousam os rostos um sobre o ombro do outro, como dois cavalinhos carinhosos, e eu vejo então os olhos da menina percorrerem vagarosamente as coisas em torno, numa aceitação dos homens, das coisas e da natureza, enquanto os do rapaz mantêm-se fixos, como a perscrutar desígnios. Depois voltam à posição inicial e se olham nos olhos, e ela afasta com a mão os cabelos de sobre a fronte do namorado, para vê-lo melhor e sente-se que eles se amam e dão suspiros de cortar o coração. De repente o menino parte para uma brutalidade qualquer, torce-lhe o pulso até ela dizer-lhe o que ele quer ouvir, e ela agarra-o pelos cabelos, e termina tudo, quando não há passantes, num longo e meticuloso beijo.
Que será, pergunto-me eu em vão, dessas duas crianças que tão cedo começam a praticar os ritos do amor? Prosseguirão se amando, ou de súbito, na sua jovem incontinência, procurarão o contato de outras bocas, de outras mãos, de outros ombros? Quem sabe se amanhã quando eu chegar à janela, não verei um rapazinho moreno em lugar do louro ou uma menina com a cabeleira solta em lugar dessa com os cabelos presos?
E se prosseguirem se amando, pergunto-me novamente em vão, será que um dia se casarão e serão felizes? Quando, satisfeita a sua jovem sexualidade, se olharem nos olhos, será que correrão um para o outro e se darão um grande abraço de ternura? Ou será que se desviarão o olhar, para pensar cada um consigo mesmo que ele não era exatamente aquilo que ela pensava e ela era menos bonita ou inteligente do que ele a tinha imaginado?
É um tal milagre encontrar, nesse infinito labirinto de desenganos amorosos, o ser verdadeiramente amado... Esqueço o casalzinho no parque para perder-me por um momento na observação triste, mas fria, desse estranho baile de desencontros, em que freqüentemente aquela que devia ser daquele acaba por bailar com outro porque o esperado nunca chega; e este, no entanto, passou por ela sem que ela o soubesse, suas mãos sem querer se tocaram, eles olharam-se nos olhos por um instante e não se reconheceram.
E é então que esqueço de tudo e vou olhar nos olhos de minha bem-amada como se nunca a tivesse visto antes. É ela, Deus do céu, é ela! Como a encontrei, não sei. Como chegou até aqui, não vi. Mas é ela, eu sei que é ela porque há um rastro de luz quando ela passa; e quando ela me abre os braços eu me crucifico neles banhado em lágrimas de ternura; e sei que mataria friamente quem quer que lhe causasse dano; e gostaria que morrêssemos juntos e fôssemos enterrados de mãos dadas, e nossos olhos indecomponíveis ficassem para sempre abertos mirando muito além das estrelas.
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