Nos somos Culpados pelos nossos Sofrimentos

Só conhecemos bem aquilo de que somos despojados.

Sempre somos capazes de dar algo mais; mesmo nas pedras germinam as flores.

Nós não sabemos quem realmente somos até que possamos ver o que somos capazes de fazer.

Somos fiéis a nós próprios, nada mais.

Somos protegidos por filtros que atenuam todos os sinais que nos vêm do exterior.

Somos em geral demasiadamente prontos para a censura, e demasiadamente tardos para o louvor: o nosso amor-próprio parece exaltar-se com a censura que fazemos, e humilhar-se com o louvor que damos.

A glória apenas é um bem quando somos dignos dela.

Em muitas coisas somos superiores aos animais; mas no animal não há nada que também não possa estar em nós.

Nós outras, civilizações, sabemos agora que somos mortais.

Em diversas épocas da nossa vida somos tão diversos de nós mesmos como dos outros homens.

Quando estamos com um amigo, nem estamos sós nem somos dois.

Não vou dizer que somos uma empresa inocente. Não existe empresa que sobreviva inocente.

Somos tão avaros em louvar os outros homens, que cada um deles se crê autorizado a louvar-se a si próprio.

Somos muitas vezes maldizentes para nos inculcarmos perspicazes.

Nós somos mais velhos do que a nossa vida.

Somos bons consoladores, e muito maus sofredores.

Nós somos flores perfumadas nas mãos do Senhor que nos liberta de nossos espinhos de sofrimentos até que possamos exalar o perfume da Ressurreição.

E a paixão que tinha por ela, que ele cultivou, ocultou, revelou, ..., deixou-o louco.

Como me deleitava, durante a conversa, com aqueles olhos negros... como toda a minha alma era atraída pelos lábios vívidos e pela face radiante e alegre...

De que me serve o ar de bondade com que quase sempre me olha... quase sempre?