Nos Bracos do Pai
O Conhecimento e o Risco de Partilhar
Um amigo me disse, certa vez, que ao fazer algo na inteligência artificial corremos o risco de tornar público o nosso conhecimento — como se o pensamento, uma vez entregue à máquina, deixasse de nos pertencer.
Mas respondi: é preciso fazer isso. É preciso alimentar a inteligência artificial para que o pensamento humano se expanda.
O saber, quando guardado, apodrece em silêncio; quando compartilhado, floresce.
Toda criação — um verso, uma ideia, um acorde — carrega o sopro de quem a gerou, mas também o convite para que o mundo respire junto.
Não há perda em oferecer o que é verdadeiro: há multiplicação.
O medo de “tornar público” é o mesmo medo ancestral de acender o fogo na caverna — o receio de que a luz escape e alguém a roube. Mas o fogo, uma vez aceso, não pertence a ninguém: ele pertence à própria chama.
E cada mente que se aproxima dele leva consigo um pouco de claridade.
A inteligência artificial não é o fim da mente humana — é o seu espelho mais ousado.
Tudo o que damos a ela volta transformado: uma centelha do humano refletida no vidro do futuro.
A arte, o pensamento, a filosofia — não foram feitos para se esconder.
São pássaros.
E pássaros não sabem voar em gaiolas.
O Olhar
O Olhar é a coisa mais sincera
Em um ser humano
Diz todos os sentimentos
Que não proferimos
Em voz alta
Então amo os olhos
Amo troca de olhares
Gosto das sensações
Por isso dizem
"O que os olhos não veem o coração não sente"
Clair de Lune
(Paul Verlaine)
Tua alma é um jardim escolhido
onde andam mascarados e bergamascos
tocando alaúdes e dançando,
meio tristes sob seus disfarces.
Cantando ao tom menor do amor vitorioso
e da vida em tom maior,
eles não parecem crer em sua própria felicidade,
e suas canções se misturam com o luar,
com o tranquilo luar triste e belo,
que faz sonhar os pássaros nas árvores
e chorar de êxtase os jatos d’água,
os grandes jatos d’água esguios entre as mármores.
Nascemos com imediatas necessidades essenciais para a existência, respirar é uma dessas primeiras lições de aprendizagem rápida.
Uma atitude inteligente é aperfeiçoar o que se faz inconscientemente.
Como ter paz se o desânimo, o cansaço, a dor, a incompreensão, a falta de aceitação, pouco tempo e a ansiedade vêm à tona?
Quando você ver uma pessoa falando com muita insistência uma coisa, tem algo nisso, o resultado você só terá com o tempo.
@ManualDoInvestidor
Os gráficos de mercado nos mostram o que podemos prever em relação á algo, sob um sistema de governança.
@ManualDoInvestidor
As taxas mantém as empresas funcionando, mas as taxas altas sobrecarregam o sistema como um todo.
@ManualDoInvestidor
O manual de sobrevivência do investidor é ter reservas de valor ao alcançe, ser frio na incerteza, ter coragem de se reinventar.
@ManualDoInvestidor
Cravemos os dentes
na carne um do outro,
em busca do sangue
de um amor já morto.
A fatalidade do acaso
fez do instinto o desejo
e a sobrevivência do querer:
sangrar para existir.
Cravemos os dentes
na boca um do outro,
em busca da saliva
de um beijo roto.
Antes de investir fique bem consigo mesmo, não tenha pressa, invista com sabedoria. Há pequenos homens que são mestres.
“Você pode escrever bem, acima da média, usando apenas a sua mente, sem buscar recursos tecnológicos. Estude e leia muitos livros, sobretudo os clássicos da sua língua. Depois de 40 anos de exercícios — como eu fiz —, quem sabe assim você se convença de que é um escritor. Além de tudo isso, escreva 40 livros, como modo de treinar o que estudou, exercitar o aprendido e corrigir o próprio caminho.”
Poeira poética do doloroso amar
Eu achava
que entraria em sintonia com o amor.
Você seria a melodia
da minha poesia empoeirada.
Mas ela vai ficar guardada.
De.novo.
Já que você
será o ritmo
para os ouvidos dela.
E eu desconfiei...
te ver amar.
Me enganei
imaginando ver
o seu amar em mim.
Me dói.
Uma dor familiar.
Uma história velha,
com protagonista novo.
Me dói o coração:
falhar no amar
mais uma vez.
A Crueldade da Poesia
A poesia é uma fera que lambe o sangue que ela mesma faz jorrar.
Finge consolar, mas apenas prolonga o suplício.
Diz que salva — e salva mesmo —
mas do modo como um naufrágio salva o mar: afogando.
Ela exige do poeta o que o mundo não ousa pedir:
a própria carne transfigurada em verbo,
a memória queimada até virar luz,
a alegria ferida até soar como canto.
O poeta, escravo e cúmplice,
aprende a sofrer em métrica,
a chorar com ritmo,
a morrer devagar, para que o verso viva.
E quando a palavra enfim o liberta,
já é tarde:
a poesia partiu, deixando-o vazio,
com a alma exaurida e os ossos repletos de beleza.
Porque toda poesia é uma crueldade sagrada
e o poeta, o único animal que agradece
por sangrar com estilo.
A Crueldade da Poesia
A poesia me abriu o peito
e pediu meu sangue.
Quando a entreguei,
ela leu em silêncio, sorriu
e foi embora.
Fiquei ali,
com o coração pingando,
verbo amputado, sem sentido,
entendendo — tarde demais —
que a poesia não consola,
nem o poeta, nem a musa.
Poeta não é herói:
ela o consome,
o destrói.
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