Nem sempre

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Quando a alma, ao termo de mil hesitações e desenganos, cravou as raízes para sempre num ideal de amor e de verdade, podem calcá-la e torturá-la, podem-na ferir e ensanguentar, que quanto mais a calcam, mais ela penetra no seio ardente que deseja.

O que eu procuro, antes de tudo, é a grandeza: o que é grande é sempre belo.

Um bom mestre tem sempre esta preocupação: ensinar o aluno a desenvencilhar-se sozinho.

O ciúme nasce sempre com o amor, mas nem sempre morre com ele.

O trabalho é a coisa mais importante do mundo. Por isso, devemos sempre deixar um pouco para o dia seguinte.

Desperdiçamos o tempo, queixando-nos sempre de que a vida é breve.

Que é a maioria? A maioria é tolice.
O bom senso sempre tem sido de poucos.
Convém pesar os votos e não contá-los.

O escritor original, enquanto não morre é sempre escandaloso.

Simone de Beauvoir
BEAUVOIR, S. O Segundo Sexo Vol 2: A Experiência Vivida, Difusão Européia do Livro, 1967

Como nenhum político acredita no que diz, fica sempre surpreso ao ver que os outros acreditam nele.

Você é o único problema que você sempre terá e você é a única solução.

Pobre daquele que está cansado de tudo, porque tudo e todos estão sempre certamente cansados dele.

Qualquer caminho que você decida tomar, existe sempre alguém para te dizer que você está errado. Existem sempre dificuldades surgindo que te tentam a acreditar que as críticas estão corretas. Mapear um caminho de ação e segui-lo até o fim requer... coragem.

A fama dos grandes homens devia ser sempre julgada pelos meios que usaram para obtê-la.

Os mais verdadeiros e os mais vivos amores são sempre os mais inesperados.

Estar focado em resultados antigos e em cicatrizes, vingar-se e ficar por cima, sempre fazem de você menos do que você é.

Os grandes erram sempre ao brincar com os seus inferiores. A brincadeira é um jogo, e um jogo pressupõe igualdade.

Tecendo a manhã

Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito de um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.

E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.

João Cabral de Melo Neto
Poesia completa. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2020.

Sertão, argúem te cantô,
Eu sempre tenho cantado
E ainda cantando tô,
Pruquê, meu torrão amado,
Munto te prezo, te quero
E vejo qui os teus mistéro
Ninguém sabe decifrá.
A tua beleza é tanta,
Qui o poeta canta, canta,
E inda fica o qui cantá.

(De EU E O SERTÃO - Cante lá que eu canto Cá - Filosofia de um trovador nordestino - Ed.Vozes, Petrópolis, 1982)

A violência faz-se passar sempre por uma contra-violência, quer dizer, por uma resposta à violência alheia.

Crê em ti mesmo; o coração vibra sempre ao som desta corda.