Nascimento de uma Criança

Cristo não veio para voltar na nossa história e dar um novo começo, mas sim um novo final.

Se as frustrações do nosso PASSADO nos incomoda tanto HOJE, é porque as trazemos para nosso PRESENTE.

Deixa-as lá no passado e viva o PRESENTE!

é cada pomba avoando
nesse céu pequeno de chumbo,
que nem deus banguela
nem delegado de vidro,
come mortadela com pão duro.

A vida é errática, até o ponto, em que acerta; fundindo-se com o ponto.

Doce azul do céu,

Ah...

Se as pessoas fossem azuis.

Beber: é curar a vida da morte triste.

Amar e embriagar-se: é viver a altura do ser.

O ciúme é uma brisa morna que murmura na fronte, e a faz transpirar na face; sua expressão decadentíssima.

Outubro mês querido,
mês do pé grande
que chuta minha idade
ao numero seguinte.
Mês da boemia abraçadora,
mês de lembranças e saudades.
Maria mais Aline,
mais Teresa e Gabriela;
mas qual era o nome dela?
Não era ontem nem hoje,
nem amanhã ou tampouco o agora;
teu nome perdeu-se noutrora!

Foi-se naquele dia cinza e frio,
foi-se rastejando-se nas trevas,
deixando teu aroma de pétalas;
esvaiu-se dos meus dedos,
tu outubro! meu querido mês carnudo.

Lembro-me de ti à tanto tempo,
como se quão logo fosse
o dia miserável d'ontem.

Teresina-PI 01/11/2013

Ser poeta é aceitar e alimentar-se da crítica. Quem às rejeita, é preso ao moralismo.

Às vezes, é mais útil guardar-se certo conhecimento para si, tornando-se isento do paradoxo universal; doque abdicar de seu tesouro para aloprados plangentes.

Murmúrio à noites plangentes;
desconhecidas,
leves, delicadas;
palpitações pungem,
dilaceram; dolências...

Fastidiosa sonolência,
abala-me cardume.
Velados ruídos
feito redemoinhos,
cujo anseio;
Ah! quem dera agora,
apalpar um seio.

O amor, não vem de cima nem d'baixo,
ou do lado ou do outro.
Nem do meio, nem da superfície,
quanto menos lá do fundo...
O amor requer tempo,
e é nesse tempo;
que o amor nos abala o mundo.

Jaz neste saco,
que uma gélida brisa
tremendo no ar trazia,
dentre água e mato,
minha pálida poesia.

És quieto e perverso, que arquiteto; todo o universo!

Não há ritornelos na vida. Faça cada compasso valer a pena!

Em demasia, até isso que tu julgas ser amor, há de findar.

Por vezes reclamamos daquilo que não precisamos.

No zelo de sua ignorância eles permanecem vivendo rascunhos, aproveitando retalhos apenas daquilo que convém, na ilusão de um dia chegar ao final que tanto buscam.

Você se fecha para o mundo, prefere assim, afinal, a vida te mostrou com o passar do tempo, que dessa forma você se mantem imune a fraquezas, sem muito sentimentalismo, sem medo, na ilusão de que essa máscara jamais cairá. Mas nem sempre as coisas acontecem como esperamos, então algumas situações te obrigam a ser verdadeiro consigo mesmo, a baixar a guarda e mostrar quem você é de fato, dando inicio a agonia, você não sabe o que fazer, insiste em manter um pouco daquilo que o protegia, mas é inútil, a essa altura do campeonato, de nada adianta tentar voltar atrás.