Nao Preciso de Amigos Falsos

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(...) porque ser uma cousa é não significar nada.
Ser uma cousa é não ser susceptível de interpretação.

Não existem limites para aquilo que você deseja alcançar. Põe-te a buscar e alcançarás, invariavelmente.

Sim, uma pessoa pode tornar-se pior do que outrora, mas não é olhando o passado dela que você observará isso, mas com os olhos fitos no presente.

O verdadeiro heroísmo do homem não é medido por louros, medalhas ou condecorações, e sim pela coragem e perseverança com as quais ele enfrenta cada dia.

Hipocondríaco

Não tem nada pior que ser hipocondríaco num país que não tem remédio. Esta maldita crise política está me deixando completamente doente. Devo estar com Mal de Jefferson. Desde que o deputado abriu a boca que eu sofro de hipertensão. Sério! Todo dia é a mesma coisa: é só pegar o jornal de manhã que já fico hipertenso. Cada denúncia que aparece vai me deixando mais tenso ainda. A tensão é tanta que já estou há mais de um mês com prisão de ventre. Não tenho vontade de fazer mais merda nenhuma. Sei lá, acho que não estou digerindo muito bem as coisas. Qual o remédio? Não sei que bicho me mordeu, mas, mesmo para lá de vacinado, acho que estou com raiva. Raiva do cachorro do Marcos Velório. Raiva do cachorro do Dilúvio Soares. Raiva do cachorro do Zé Desceu. Raiva de toda a cachorrada. O pior é que esses cachorros eram os melhores amigos do ''homi''. Fui no médico, mas o consultório estava lotado. Não é à toa: o brasileiro é, antes de mais nada, um paciente. O problema é que o país inteiro está ficando doente. O Lula, esclerosado. O governo, com paralisia. O PT, leproso, caindo aos pedaços. Os políticos, com síndrome de pânico. A oposição, inflamada. E a gente, mal das pernas, com os órgãos falidos e todos os sintomas de cólera. Só não entro em coma por absoluta falta do que comer. Mas vida que segue! Pelo menos não tenho gota. Mais nenhuma gota de esperança.

Silvio Lach

Nota: A autoria do texto é muitas vezes atribuída erroneamente a Luis Fernando Verissimo.

Ei! Sorria...

Sorria. Mas não se esconda atrás deste sorriso. Mostre aquilo que você é. Sem medo. Existem pessoas que sonham. Viva. Tente. Felicidade é o resultado desta tentativa.

Ame acima de tudo. Ame a tudo e a todos. Não faça dos defeitos uma distância e, sim uma aproximação.

Aceite. A vida, as pessoas. Faça delas a sua razão de viver. Entenda os que pensam diferentemente de você. Não os reprove.

Olhe à sua volta, quantos amigos... Você já tornou alguém feliz? Ou fez alguém sofrer com o seu egoísmo?

Não corra... Para que tanta pressa? Corra apenas para dentro de você. Sonhe, mas não transforme esse sonho em fuga. Acredite! Espere! Sempre deve haver uma esperança. Sempre brilhará uma estrela. Chore! Lute! Faça aquilo que você gosta. Sinta o que há dentro de você.

Ouça... Escute o que as pessoas têm a lhe dizer. É importante. Faça dos obstáculos degraus para aquilo que você acha supremo. Mas não esqueça daqueles que não conseguiram subir a escada da vida.

Descubra aquilo de bom dentro de você. Procure acima de tudo ser gente. Eu também vou tentar.

Hei, você... Não vá embora. Eu preciso lhe dizer que você pode e deve ser feliz... Porque você existe!

Sou o melhor exemplo para aquilo que não se deve fazer, em qualquer situação.

Mas não se pode agir assim, a amiga avisou no telefone. Uma pessoa não é um doce que você enjoa, empurra o prato, não quero mais.

Entendo perfeitamente crimes passionais. Entendo perfeitamente quando minha amiga diz que não consegue conversar mais com o ex-namorado porque ela tem vontade de bater nele. Entendo meu amigo que diz que preferia ver a namorada morta do que com outro. Sinceramente, entendo. Quando alguém te machuca, te decepciona, te magoa, a dor é tão grande que você quer agredir a pessoa de volta. Você se sente impotente. Enganado. Ferido. Frustrado. Dá vontade de matar. De morrer. De sumir. Seu mundo desaba bem na sua frente. Você sente que perdeu seu tempo, sua vida, sua auto-estima, suas forças. E qual a pena pro agressor nesse caso? Qual a pena pra alguém que entrou na sua vida, na sua casa, nos seus sonhos, nos seus planos e, num piscar de olhos, destruiu tudo como se tivesse esse direito?

Abro bem os olhos, e não adianta: apenas vejo. Mas o segredo, este não vejo nem sinto. A eletrola está quebrada e não viver com música é trair a condição humana que é cercada de música. Aliás, música é uma abstração do pensamento.

Clarice Lispector
Onde estivestes de noite. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Nota: Trecho do conto Tempestade de almas.

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Eu já nem sei mais para onde ir nem o que fazer, se ao menos você me amasse um pouco, não estaria aqui e agora, (...) longe de você e de mim.

Não queria fazer mal a você. Não queria que você chorasse. Não queria cobrar absolutamente nada.

Vivo sem explicação possível. Eu que não tenho sinônimo.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

você teria ido sem mim
mesmo que eu não me atrasasse

você teria dito tudo aquilo
mesmo que eu não te ofendesse

você teria me deixado
mesmo que eu não propusesse

você faz tudo o que quer
mas sou eu que deixo tudo preparado

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Poesia Reunida. Porto Alegre: L&PM, 1999.

ele não é meu
porque não dorme comigo
mas também não é amigo
porque me beija e me vê despida
não é meu marido
mas telefona e reparte um passado
que eu queria também ter vivido
não é meu porque não tem roupas
penduradas ao lado das minhas
não tenho dele um retrato
não passa comigo um domingo
jamais ganhei um presente
que não fosse de seda rendada
eu sou a preferida
de um homem comprometido
queria não ser um perigo
uma bomba que pode explodir
e deixar outra mulher arruinada
ele é o terrorista
eu o alvo escolhido
preferia aceitar um pedido
fazer nada escondido
mas ele não é meu marido
não é namorado, não é bom partido
não pode andar ao meu lado
não sabe a que horas acordo
não racha as contas comigo
não fica para ouvir um disco
não é exigido, não é meu parente
e anda sumido
nada é mais deprimente
quando chamo seu número ela atende
e eu desligo

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Poesia Reunida. Porto Alegre: L&PM, 1999.

Ele precisava dela com fome para não esquecer que eram feitos da mesma carne.

Clarice Lispector
Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.

Nota: Trecho do conto A mensagem.

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Talvez, no futuro, muitos não venham a entender a insensata e irresponsável atitude dos E.U.A em não aceitar o acordo mediado por Brasil e Turquia com o Irã.
Mas a resposta para esta intrigante questão é simples:
Aos E.U.A não interessa a paz.
Eles querem a guerra.
Precisam da guerra.

Enquanto tu dormes, eu vigio.
Mas não sei se eu te acordo
à hora chegada da imensa luz,
ou se eu te deixo na paz de teus sonhos
para sempre...

Humildade como técnica é o seguinte: só se aproximando com humildade da coisa é que ela não escapa totalmente. Descobri este tipo de humildade, o que não deixa de ser uma forma engraçada de orgulho. Orgulho não é pecado, pelo menos não tão grave: orgulho é coisa infantil em que se cai como se cai em gulodice. Só que orgulho tem a enorme desvantagem de ser um erro grave, e, com todo o atraso que o erro dá à vida, faz perder muito tempo.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Humildade e técnica.

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Ela simplesmente sentira, de súbito, que pensar não lhe era natural.

Clarice Lispector
Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

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