Nao Magoe uma Mulher
Um Filho de Oyá
E um de vós disse: “Fala-nos de ser filho de Oyá.”
E ela respondeu:
Não sois folha seca ao vento, arrastada sem rumo. Sois a semente que a própria tempestade escolheu para carregar em seu ventre de nuvens e relâmpagos. E assim, um filho de Oyá não é criado na quietude do pântano, mas forjado no crisol do vendaval.
Ele aprendeu a linguagem do trovão antes mesmo da palavra do homem. Sua alma não teme a dança dos raios,pois reconhece neles o cintilar da espada de sua Mãe, cortando as amarras do que já não serve. O seu caminho não é suave,pois o vento não constrói pirâmides, mas desfaz máscaras e derruba fortalezas de ilusão.
Ele marcha, e seu andar não é pesado, pois Oyá sopra em suas costas, e seu fôlego é o impulso que não cessa. Quando a paixão se levanta em seu peito,não é fogo de palha que consome e se apaga; é o fogo do raio que ilumina a verdade e transforma a terra.
Não o vereis parado ante o portal do medo. Pois ele é o guardião do mistério,aquele que conhece a dor da separação para dar valor à união. Ele é o guerreiro que não luta por possessão,mas pela libertação. Sua espada não fere o espírito,mas corta o cordão que prende a alma ao sofrimento.
E assim como a tempestade que limpa o ar, ele traz a clareza após o caos, a renovação após a perda. Em seu silêncio,ouvis o sussurro dos mercados, o rumor dos segredos trocados no meio do redemoinho. Em sua voz,há o eco do rugido que anuncia a mudança.
Pois ser filho de Oyá é aprender que o fim é sempre um novo começo. É honrar a Mãe que não o abriga sob asas estáticas,mas que o ensina a voar com asas de vento e coragem. É dançar no centro do turbilhão e encontrar,no movimento incessante, a paz de quem nada teme perder, pois tudo pertence ao movimento da vida.
E no dia em que o vento final soprar sobre vossa face, não chorareis por ele. Pois sabereis que ele simplesmente voltou para o abraço irresistível de sua Mãe, Não como um filho perdido,mas como um guerreiro completo, de volta ao seio da tempestade primordial de onde um dia partiu. Eparrei Oyá"🌀⛈️🌪️
Peito que dói na angústia
De um sentimento não correspondido,
Desejando o impossível,
Vivendo dias cinzas,
Bebendo a amargura da tristeza
Que faz a alma agonizar
Por amar... e não ser amado.
Autoridade é como luz em um farol: não compete com outras luzes, apenas guia os que estão perdidos no mar.
“Prefiro não ser lembrada em telas e notificações, mas no silêncio da sua fé, quando seus dedos tocam as contas do terço.”
Muito embora governantes sejam escolhidos pelas pessoas, não se deve confundir as pessoas com os governantes, nem tampouco com os governos. A democracia é uma grande farsa.
Ressonância
Não sei por que te amo, o seu nome. O nome é um som Tu és o silêncio que vem depois. É uma pergunta que se faz ao escuro, e o escuro, em vez de responder, acende uma lâmpada quente no peito.
Amo-te como se ama o mistério de uma porta entreaberta. Amo-te com a força de uma coisa que não precisa de nome para ser. É um amor anterior à palavra, um animal quieto e vasto que dorme no centro de mim.
É inenarrável. Como narrar o sabor da água? Como descrever o peso da luz na tarde? Tento pegar esse sentimento com as mãos, mas ele escorre por entre os dedos, líquido e vivo. É um pulsar contínuo, um sim primordial que meu corpo diz sem minha permissão.
Minha força de meu amor não é um furacão. É a gravidade: invisível, inevitável, sustentando os mundos em seus lugares. Sustentando-me em teu eixo.
Não te amo por razão. Te amo por ser. Como se respira. É um estado de graça involuntário, um acidente belo e necessário da vida que se torna maravilhosa.
Seu nome. O nome é um som.Tu és a ressonância e eu apenas o reverberar...
Recado de Deus: acalma teu coração e confia. O silêncio não é ausência, é cuidado. A demora não é descuido, é preparo. O que Ele tem para você é maior do que os teus sonhos e chega no tempo certo. Enquanto você espera, Deus já trabalha a teu favor."
Embora sejamos fortes, ainda assim não suportamos o invisível que silencia e congela a alma. Somos ouvintes em todos os momentos, E com isso somos alunos em todo o tempo. Feliz é a alma que é pura em meio ao caos, não julga, não insulta, não fere, não mede. Tudo é o todo, tudo se torna simples, a dor é transformação, a solidão é afirmação, a paz é o mínimo possível a ser alcançado. A paz é fruto do todo, definindo o todo como incondicional. Só as mentes que agem fora da caixa, de forma natural, sem as futilidades mundanas, compreendem. Sejamos a paz, e se fizermos o mínimo, teremos todas as sequências estampadas em cada csminho, cada dialogo. Boto fé nos humildes de alma.
BOM DIA
VQV
FÉ SEMPRE
Wellington Charles N. T.
O maior erro é não arriscar. Entregue-se de corpo e alma a cada oportunidade, faça valer cada instante. Se não der certo, levante-se, aprenda e tente novamente — porque a vida só recompensa quem tem coragem de viver intensamente.
O destino não é estrada nem muro, mas a sombra que projetamos ao caminhar. Cada passo que julgamos firme deixa rastros de incerteza, e cada sorriso que oferecemos é um reflexo do vazio que tentamos ocultar. No fim, tudo retorna àquele lugar silencioso onde já existíamos antes de saber que éramos.
A escuridão não é ausência, mas plenitude disfarçada; e aqueles que buscam luz nos lugares errados apenas arranham a superfície de si mesmos. Cada pensamento não vivido deixa cicatrizes invisíveis, e o silêncio que carregamos é mais denso que qualquer palavra que ousamos pronunciar.
A verdade não se anuncia: sussurra entre as fissuras do cotidiano, onde olhos apressados jamais ousam olhar. E quem tenta agarrá-la, seguro de si, descobre que tudo o que se prende escapa, deixando apenas o eco do que nunca pôde ser dito.
O mundo não se revela em grandiosidades, mas nos detalhes que ninguém ousa notar: a poeira que dança no canto da sala, o tremor de uma mão que se pretende firme, o silêncio que recusa companhia. É ali, nesse território invisível, que reside a verdadeira forma do que chamamos vida.
A dor é professora silenciosa: não ensina o que fazer, mas revela quem jamais ousou olhar para si mesmo. Cada passo em falso deixa impressões invisíveis no tecido do mundo, e cada lembrança esquecida é um grito contido que insiste em nos moldar.
O acaso não erra: apenas nos mostra, em fragmentos, que jamais fomos senhores do que acreditávamos controlar. Cada gesto carrega ecos de mundos que não vivemos, e cada silêncio é mais eloquente que todas as palavras que ousamos pronunciar.
A vida é curta
A vida não é bela porque resiste,
mas porque se despede.
A beleza nasce no fim,
na certeza de que cada instante
é um sopro único,
um lume breve
contra a eternidade.
Ela vale porque é curta,
porque nos obriga a gastar o coração
sem economias,
a sentir com excesso,
a errar sem medo,
a celebrar cada milagre miúdo
que se esconde nos dias comuns.
É um banquete de instantes,
servido com a urgência do agora,
um convite para sermos inteiros
antes que o silêncio chegue.
E quando enfim chega a hora
de deixá-la ir,
não é perda, não é falha
é apenas o desfecho natural
do espetáculo.
Pois não importa o destino,
importa a travessia.
Não é o porquê,
mas o como.
E quando tudo escorrega das mãos,
quando nada mais depende de nós,
é tempo de soltar as rédeas,
permitir que o destino conduza,
e apenas contemplar, em assombro sereno,
o milagre silencioso
que é viver.
