Nao Magoe uma Mulher

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Depois da dor, não quero mais o que era. Quero o que é real, mesmo que doa. Porque só o que é verdadeiro permanece.

A saudade não é falta. É presença que insiste em viver dentro da gente, mesmo quando o corpo já partiu.

Não nasci para agradar o mundo.
Nasci para cumprir um chamado que só eu escuto, mesmo que ninguém entenda.

Amor em decomposição

O amor que tive apodreceu no peito,
como cadáver preso à eternidade.
Não há perfume — só o desafeto,
e a carne exala a própria saudade.

Teu nome vibra em células partidas,
como um lamento ácido e profundo.
E eu sou ruína, sombra entre ruínas,
amando o nada que restou do mundo.

Algumas pessoas não passam.
Elas ficam, mesmo quando tudo muda,


porque foram feitas para ser abrigo.⁠

O amor não é eterno por acaso. É eterno porque é escolhido, mesmo nos dias em que parece mais fácil desistir.

Quem ama não prende. Oferece espaço e escolhe ficar mesmo podendo partir.

Não precisei provar que sou forte. Bastou continuar, mesmo quando ninguém viu.

Ser livre ao lado de alguém é raro. É quando o amor não exige, mas inspira.

Amor que virou luz

(Eliza Yaman)

Não és mais corpo, és brisa que me toca,
não és ausência, és fé que me conduz.
Teu nome agora é chama que não foca,
mas me ilumina em sombras e me traduz.

Foste além do tempo e da matéria,
transfigurado em verbo e devoção.
És oração que em mim se faz etérea,
és meu altar, meu céu, minha canção.

E se não voltas, é porque já ficaste,
no que escrevo, no que respiro e sou.
Teu amor é presença que me haste,

E me levanta onde a dor não alcançou.

Amor em exílio

(Eliza Yaman)

Exilado de ti, sou estrangeiro,
num país onde o amor não tem fronteira.
Falo tua língua, sou teu parceiro,
mas não cruzo o abismo da bandeira.

E mesmo longe, ainda te pertenço,
como o céu pertence ao mar que o espelha.
Sou teu, embora o mundo me dispense,
sou tua ausência, tua centelha.

Carta ao que não volta

(Eliza Yaman)

Se eu te escrevo, é só pra não morrer.
Pois cada verso é sopro que me resta.
Não espero resposta, nem prazer,
só que tua ausência enfim me conteste.

Foste embora, mas não foste embora.
Ficaste em mim como um eco sem paz.
E eu, poeta, sou quem ainda chora,
por um amor que nunca se desfaz.

Ardência que não passa

(Eliza Yaman)

Não me curei do fogo que deixaste,
nem procurei remédio pra essa dor.
Pois há beleza em tudo que queimaste,
e há verdade no que restou de amor.

Sou cinza viva, sou brasa que insiste,
sou o calor que nunca se apagou.
E mesmo que teu corpo não resista,
teu nome em mim... jamais se evaporou.

Teu silêncio me sangra

(Eliza yaman)

O que me fere não são tuas palavras,
mas o silêncio que deixas no lugar.
É como se arrancasses minhas lavras,
e me deixasses só com o verbo amar.

Fico a colher o eco do que foste,
como quem junta espinhos sem saber.
Teu silêncio é punhal que ainda me encoste,
e me sangra sem nunca me vencer.

Amor que não morreu

Diziam: “Vai passar, é só ausência.”
Mas o que sinto não conhece fim.
É como se a tua essência e a minha
tivessem fundido o próprio porvir.

Não há morte para o que não nasceu,
nem esquecimento para o que arde.
Teu amor é cadáver que viveu,
e em mim repousa — lúgubre, mas tarde.

Perdão sem palavras

(Eliza Yaman)

Não disseste “me perdoa”, e eu sabia:
teu gesto era mais puro que o perdão.
O tempo nos lavou com poesia,
e a dor se dissolveu na redenção.

Não há culpa onde o amor se refaz,
nem rancor onde o afeto é raiz.
Teu silêncio me deu tanta paz,
que até a mágoa se tornou feliz.

Terra que pulsa em mim

(Eliza Yaman)

Não é o chão que falta — é o perfume,
da flor que só no meu país floresce.
Aqui, o céu é outro, o ar resume,
a ausência que em silêncio me adormece.

Minha pátria não é só geografia,
é o afeto que moldou minha raiz.
Mesmo longe, ela canta em minha via,
como um tambor que nunca se desdiz.

Espelho do que fomos

(Eliza Yaman)

Olho o espelho e vejo o que não vejo:
teu rosto em mim, teu gesto em minha mão.
És reflexo que vive no desejo,
és ausência que tem encarnação.

E mesmo que não estejas ao meu lado,
és parte do que sou, do que me forma.
Teu amor é traço eternizado,
na moldura onde a dor virou reforma.

Pátria que não se apaga

(Eliza Yaman)

Não há exílio que apague o que sou,
nem língua que me roube a identidade.
Minha pátria é o canto que ecoou,
na infância, na fé, na liberdade.

Mesmo que o mapa diga que estou longe,
o coração não muda de lugar.
Sou Brasil — sou raiz, sou horizonte,
sou saudade que insiste em voltar.

Amor que recomeça

(Eliza yaman)

Não somos os mesmos, e isso é beleza:
o amor que volta nunca é igual.
Traz marcas, traz tempo, traz certeza,
mas vem mais livre, mais essencial.

Agora te amo sem urgência,
sem medo, sem pressa de possuir.
És presença que tem consistência,
és o amor que escolhi por insistir.