Nao Magoe uma Mulher
Mordida
A sua mordida
Me deixou uma ferida
Que por vezes sangra
Ou dá uma fisgada ardida
Sinto em dizer
Que sua mordida
Me tornou algo que eu não queria ser
Vulnerável...
Mas vulnerável a você.
Quando outras mordidas eu tomar
Nenhuma irá ficar
Já que agora tenho uma ligação
Uma obrigação
Ser submissa a você
Mas não por obrigação
E sim porque sua mordida
Atravessou meu coração.
Por favor, volta aqui
E retira essa mordida
Não quero ficar presa
Não quero que um amor platônico
Seja o amor da minha vida
Por favor volta...
As melhores idéias são aquelas que surgem de maneira inesperada, como de uma brincadeira por exemplo..
Viva uma vida pautada na verdade, pé no chão, por mais insossa que esta seja, saboreie cada momento sua verdade, a honestidade irá lhe recompensar com a paz de espírito, algo que não tem dinheiro que pague...
"A vida recompensa pessoas corajosas, que ousam enfrentar as dificuldades em busca de uma vitória, viva ouse ser feliz.
Ao final de uma noite fria e escura, o sol que aquece, sempre volta a brilhar!"
Normais acham ser o correto ser normais.
Normais acham que um louco é uma pessoa alienada, doida, maluca, insensata, furiosa, violenta, absurda, descontrolada, imprudente...
Elas tem razão. Elas são normais!
Prefiro ser a exceção, do que me perder na multidão. A normalidade é só uma máscara que a sociedade tenta nos impor. Ser único não é um erro, é uma escolha consciente de não seguir o que já foi traçado. E, se ser diferente é ser rotulado, que venham os rótulos, pois prefiro ser fiel ao que sou, do que me perder em quem esperam que eu seja
Estar cercado pela multidão traz uma sensação de pertencimento, mas nem sempre essa sensação é genuína ou satisfatória. Muitas vezes, podemos nos perder na massa, tentar ser o que não somos apenas para sermos aceitos. Isso pode gerar um desconforto silencioso, pois a conexão verdadeira não depende da quantidade, mas da qualidade.
Quando você encontra a felicidade em seu caminho é o mesmo significado de encontrar uma árvore florida.
Avistei uma porta e vi a chegada.
Ou será que é uma saída?
De fora vejo que lá dentro é escuro.
De dentro pra fora imagino ver cores e vida
Esta dualidade intrínseca se faz presente
Em tudo que se vê e em tudo que a gente sente.
A cultura elaborada é um elemento que obriga a uma ruptura com a situação cultural anterior do indivíduo, possibilitando-lhe 'ser outro'.
A solidão, por força da sua presença constante na vida da gente, acaba por tornar-se uma amiga inseparável.
Quando se quer tapar o sol com uma peneira, é bruta asneira que vai dar em tormenta, porque a peneira derrete ou rebenta.
Quase sempre os olhos são o melhor espelho da alma, sobretudo após a ressaca de uma noite de vaporizações e euforias etílicas.
A MENINA E O PATINHO
Um dia, um poeta foi pai
De uma menina pequenina
Engraçadinha e redondinha
Que era o seu ai, ai.
Dava-lhe tudo o que ela pedia
Mesmo quando a menina cresceu
Em idade e sabedoria
Pela graça que Deus lhe deu.
E a menina cresceu, cresceu
E ficou sempre pequenina
E redondinha
Mas não de fala mansinha.
E o poeta lembrou-se do antanho
Quando lhe comprou um patinho
Pequenino, amarelinho
E fez-lhe um pequeno laguinho
Onde ela e o pato tomavam banho.
Um dia, o patinho morreu.
A menina, graças, ainda é viva
Mas muito cruel e altiva.
Então esse poeta como eu
Resolveu
Não querer comprar mais patinhos
Amarelinhos
Nem fazer mais laguinhos.
(Carlos De Castro, in Outeiro de Pena, 29-06-2022)
CHORO CONVULSO
Velhinha casinha, meu ninho
E chão do meu pão,
Hoje, somente uma visão.
Ai, aquela chorosa ramada
Fresquinha
E também velhinha,
Onde à sombra minha avó catava
Os meus piolhos da miséria
Nos verões de canícula séria
E depois, adormecíamos os dois
De barriga tão vazia
Como quem cava nas hortas
O silêncio das horas mortas.
Hoje, nem telhados e paredes
Ou janelas, nem sequer portas...
A vida, é um circo de redes
E trapézios tão fatais
Onde há luzes e sons e ais,
Mas quando morrem os mortais
Morre tudo como vedes,
Levados num remoinho
Como a velhinha casinha, meu ninho.
(Carlos De Castro, In Poesia Do Meu Chorar, em 21-07-2022)
Quando vemos, ouvimos e lemos, mas ignoramos os males da sociedade, sem escrever sequer uma letra ou articular uma só palavra, ficamos a pertencer irremediavelmente ao clube dos mais covardes da história do mundo.
QUADRAS DESATADAS
Bom dia, é uma saudação
Aos amigos que escolhemos
Mas é também reflexão
Para os desafios que temos.
Pensei que o ser já o era,
Enganei-me estupidamente,
Ao ver uma terrível fera
Beijar a pomba inocente.
É um exemplo a seguir,
Nesta jornada de perigos,
E assim se fazem os amigos
E outros que estão por vir.
Na praia, uma branca rosa
Marca o nosso sítio de amar,
A nossa flor tão chorosa
Ao ser levada pelo mar.
Não longe vem o Outono,
Adeus Verão que já rodou
Como a roda da tua saia
Na saudade que ficou.
(Carlos De Castro, in Poesia Num País Sem Censura, em 28-08-2022)
