Nao Magoe um Alguem

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Suportamos tudo: a guerra, o sofrimento, o exílio, etc. A passagem de um estado para o outro é que é terrível. O tempo de nos instalarmos.

Quem busca o conhecimento e o acha, obterá dois prémios: um por procurá-lo, e outro por achá-lo. Se não o encontrar, ainda restará o primeiro prémio.

A morte é uma vitória, e quando se viveu bem o caixão é um arco de triunfo.

Se é verdade que a religião, por um lado, liberta o homem do medo, por outro lado gere-o fortemente.

Federico Fellini

Nota: Autoria não confirmada

A justiça sem religião vale mais para a ordem do universo do que a tirania de um príncipe devoto.

A verdade de um homem é em primeiro lugar aquilo que ele esconde.

Mas a bela juventude é como um sonho frágil, / que dura pouco: sobre a cabeça do homem / logo pende a funesta, a horrível velhice, / que o torna, ao mesmo tempo, disforme e desprezado, / envolve os olhos e a alma, destrói-os e ofusca-os.

Ainda é mais fácil avaliar o espírito de um homem pelas suas perguntas do que pelas suas respostas.

Duque de Lévis
Maximes et réflections sur différents sujets de morale et de politique

O mal nunca prospera melhor do que quando lhe põem um ideal à frente.

Muito poucas pessoas quiseram verdadeiramente sequer um momento só da sua vida, como tão-pouco amaram.

A sorte é um acaso, a felicidade uma vocação.

Deus disse: Eu era um tesouro que ninguém conhecia, e quis tornar-me conhecido. Então criei o homem.

Para se ser completamente Homem, indispensável se torna ser um pouco mais e um pouco menos do que homem.

A vida é um trabalho que se deve fazer de pé.

Émile-Auguste Chartier
CHARTIER, E., Palavras de um Normando

Cada alegria é um proveito, e um proveito é um proveito, por mais pequeno que seja.

O espectador, considerado individualmente, é por vezes um homem inteligente; mas os espectadores, considerados em massa, são um rebanho que o génio ou até o simples talento têm de conduzir de chicote em punho.

O Cão Sem Plumas

A cidade é passada pelo rio
como uma rua
é passada por um cachorro;
uma fruta
por uma espada.

O rio ora lembrava
a língua mansa de um cão
ora o ventre triste de um cão,
ora o outro rio
de aquoso pano sujo
dos olhos de um cão.

Aquele rio
era como um cão sem plumas.
Nada sabia da chuva azul,
da fonte cor-de-rosa,
da água do copo de água,
da água de cântaro,
dos peixes de água,
da brisa na água.

Sabia dos caranguejos
de lodo e ferrugem.

Sabia da lama
como de uma mucosa.
Devia saber dos povos.
Sabia seguramente
da mulher febril que habita as ostras.

Aquele rio
jamais se abre aos peixes,
ao brilho,
à inquietação de faca
que há nos peixes.
Jamais se abre em peixes.

O amor deve considerar-se como um grande poema, cujo primeiro canto é o casamento.

Muitas vezes a utopia de um século torna-se a ideia vulgar do século seguinte.

Cada um quer apoderar-se daquilo que só pertence a todos.