Na Boca em vez de um Beijo um Chiclete de Menta

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Agora é hora de esqueçer o passado
e retomar a contruçao da sua vida”

Se a minha mãe acha que eu vou escrever sobre as coisas que eu sinto, ela vai ficar decepcionada. Só concordei em escrever nisso porque um dia eu vou ser rico e famoso. E vão querer ler sobre os meus primeiros anos, então faço isso por eles.

Eu tô tentando entender onde eu me encaixo nisso tudo. Tenho quase certeza de que eu não tô no topo da pirâmide, mas pelo menos não tô lá embaixo.

A CAIXA DE PANDORA


Conta a mitologia grega que Pandora foi criada pelos deuses do Olimpo sob a ordens de Zeus. Pandora teria sido a primeira mulher, surgida como punição aos homens por sua ousadia em roubar aos céus o segredo do fogo.

A vingança de Zeus contra a humanidade veio em forma de uma linda donzela. Pandora, a que possui todos os dons, recebeu uma caixa onde guardou os presentes recebidos de cada um dos deuses do Olimpo.

Afrodite deu-lhe a beleza, Hermes o dom da fala, Apolo, a música. Mas além dos dons, a caixa de Pandora recebeu também uma série de malefícios.

A história é longa, mas importa saber que Pandora abriu sua caixa e a humanidade passou a conhecer não só as bondades, como os males que até hoje nos assolam: mentira, doenças, inveja, velhice, guerra e morte. Os presentes saltaram de forma tão violenta da caixa que Pandora teve medo, e a fechou antes que a última delas escapasse: a esperança.

Pandora tornou-se, assim, a provedora natural dos talentos divinos e dos males da humanidade.

Como nos conta a tradição judaico-cristã, Eva no Paraíso teria tido o mesmo papel. O que só comprova que a figura da mulher aparece sempre como a grande responsável pela desgraça do gênero humano. Eu vejo de maneira distinta. Como Eva no Paraíso, Pandora distribuiu aos homens as duas faces da realidade, tão contrárias quanto complementares. Coube a todos a escolha.

O mágico desta lenda está no papel desempenhado pela esperança. Crescemos e vivemos sob o jugo masculino. Todas as formas de poder são exercidas há séculos por homens, que com liberdade preferiram escolher os piores caminhos para atingir objetivos duvidosos.

O mundo está devastado. Na caixa de Pandora ainda resta a última bondade não destruída por nosso egoísmo e ambição. Uma maneira lúdica de nos mostrar o caminho da redenção. A esperança é um dom feminino. Ainda há tempo para aprender a lição.

(Fonte: Voz Corrente- Alexandre Pelegi em 11 de Abril de 08)

⁠Bem melhor seria viver em paz, sem ter que sofre, sem ter que chorar. (Baco Exu do Blues)

"É sobre todos que viveram sozinhos, e quando foram amados, não sabiam o que fazer". (Baco Exu do Blues).

Na minha vida sempre foi escassa uma demosntração de afeto e carinho. Fui amados pelos meus pais, mas do jeito deles que até hoje sinto falta de uma "atenção". Porém quando apareceu alguém que podia me dar tudo isso, eu a magoei, eu a feri, por não saber justamente retribuir aquele tipo de sentimento. No momento eu só peço desculpas, e desejo o melhor para a mesma em questão. E hoje em dia me vejo diferente, querendo o melhor a cada dia e entendendo e aprendendo a separar as coisas.

Mais uma noite e mais um cigarro, e mais uma vez, sob a luz do luar, e o encanto das estrelas, eu vou escrever sobre a estrela mais bonita que já conheci. Mas dessa vez é diferente, eu sinto que preciso escrever sobre esse sentimento que não vai embora, não importa o que eu faça, não importa quanto tempo passe, não importa o que aconteça, e eu já não sei mais o que fazer, já não sei mais como reagir a esse sentimento, que deveria ter sumido, se extinguido, desaparecido. Eu já tentei de tudo, tentei conhecer e me relacionar com outras pessoas, mas por algum motivo não adianta nada, meu coração sempre volta para você, e eu sinto que não consigo mais viver sem o seu brilho para iluminar minhas noites mais escuras, de alguma forma, eu sinto que não sei mais viver sem ter você, mesmo me convencendo que o tempo passou, e mesmo sabendo que eu mudei muito, e provavelmente você também, por mais estranho que pareça, me conforta saber que quem eu sou agora nunca daria certo com você naquela época, e provavelmente, com você nessa época também não, e eu já me convenci disso, eu já sei isso, então por quê? Por que você não sai da minha mente? Por que você não sai do meu coração? Por que não consigo deixar de ver você como minha cachinhos dourados? Por que parece que nada faz sentido sem você? As vezes minha vontade é de simplesmente dizer dane-se para qualquer coisa e te enviar esse texto patético, mas eu sei que não faria sentido, sei que isso só me machucaria mais, o frio da madrugada e a sensação fúnebre da fumaça dançando em meus pulmões são as únicas coisas que aliviam esse sentimento sufocante, o silêncio da noite e o vazio nas ruas refletem o meu coração. Será que um dia você vai voltar, nem que seja para perguntar como eu estou? É melhor não, isso só alimentaria mais esse sentimento, que eu sei que só o tempo pode curar, mas quanto tempo mais será que vai precisar? Quanto tempo mais será que eu vou aguentar?

Ainda sinto o beijo da primeira vez...
Ainda sinto seu cheiro...
Ainda sinto você...
Pena que tudo agora é só sentimentos
E não tenho você para dividi-los comigo...

Porque fizeste isso???

Chegou de mansinho como quem não queria nada
Mas no primeiro instante me deixou sem reação...
Fiquei sem atitude...
Sem saber pra onde ir ou o que fazer...

Como pode mexer tanto comigo assim
E depois me deixar nessa situação???

Já não suporto mais te ver
Sofro com sua presença...
Vivo em sonhos na sua ausência...
Passo noites em claro lembrando de você...
E você???

Não dá para entender como uma pessoa pode mexer tanto com outra assim
E ficar parado sem tomar nenhuma atitude
A não ser olhar...

Seus olhares me deixam sem fala...
Perco completamente o rebolado...
Mas de que adianta simplesmente olhar e não agir???

Assim já não dá mais...
Preciso encontrar uma saída pro meu coração dilacerado
Que só quer você!!!

O Homem Escrito

Ainda está vivo ou
virou peça de arquivo
sua vida é papel
a fingir de jornal?

Dele faz-se bom uso
seu texto é confuso?
Numa velha gaveta
o esquecem, a caneta?

Após tantos escapes
arredonda-se em lápis?
Essa indelével tinta
é para que não minta
mas do que o necessário
é uma sigla no armário?

Recobre-se de letras
ou são apenas tretas?
Entrará em catálogo
a custa de monólogo?

Terá número, barra
e borra de carimbo?
Afinal, ele é gente
ou registro pungente?

O vício corrói as almas, destrói-as, rebaixa-lhes a dignidade, mata o princípio das grandes obras e consagra a vileza do espírito.

Uma pessoa pode ser humilde por orgulho.

Aos quinze anos, há até certa graça em ameaçar muito e não executar nada.

Machado de Assis
Dom Casmurro (1899).

Tudo é possível debaixo do sol, – e a mesma coisa sucederá acima dele, – Deus sabe.

Machado de Assis
Memorial de Aires (1908).

Mulher, ó mulher,
Pudesse eu recomeçar este mundo,
inventaria de criar-te primeiro,
e somente depois retiraria Adão de tuas costelas.

Padre Fábio de Melo

Nota: Mulheres de Aço e de Flores

A palavra que vem do pensamento sem saudade
não ter contentamento
ser simples como o grão de poesia
e íntimo como a melancolia

De tudo ao meu amor serei atento.

É regra velha, creio eu, ou fica sendo nova, que só se faz bem o que se faz com amor. Tem ar de velha, tão justa e vulgar parece.

Machado de Assis
Memorial de Aires (1908).

As coisas têm o valor do aspecto, e o aspecto depende da retina.

Machado de Assis
Gazeta de Notícias, 22 nov. 1896.

Preso à minha classe e a algumas roupas,Vou de branco pela rua cinzenta.

Melancolias, mercadorias espreitam-me.

Devo seguir até o enjôo? Posso, sem armas, revoltar-me'?

Olhos sujos no relógio da torre:

Não, o tempo não chegou de completa justiça.

O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.

O tempo pobre, o poeta pobrefundem-se no mesmo impasse.

Em vão me tento explicar, os muros são surdos.

Sob a pele das palavras há cifras e códigos.

O sol consola os doentes e não os renova.As coisas.

Que tristes são as coisas, consideradas sem ênfase.

Vomitar esse tédio sobre a cidade.

Quarenta anos e nenhum problema resolvido, sequer colocado.

Nenhuma carta escrita nem recebida.

Todos os homens voltam para casa.

Estão menos livres mas levam jornaise soletram o mundo, sabendo que o perdem.

Crimes da terra, como perdoá-los?

Tomei parte em muitos, outros escondi.

Alguns achei belos, foram publicados.

Crimes suaves, que ajudam a viver.

Ração diária de erro, distribuída em casa.

Os ferozes padeiros do mal.Os ferozes leiteiros do mal.

Pôr fogo em tudo, inclusive em mim.

Ao menino de 1918 chamavam anarquista.

Porém meu ódio é o melhor de mim.

Com ele me salvoe dou a poucos uma esperança mínima.

Uma flor nasceu na rua!

Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.

Uma flor ainda desbotada

ilude a polícia, rompe o asfalto.

Façam completo silêncio, paralisem os negócios,

garanto que uma flor nasceu.

Sua cor não se percebe.

Suas pétalas não se abrem.

Seu nome não está nos livros.

É feia. Mas é realmente uma flor.

Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde

e lentamente passo a mão nessa forma insegura.

Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.

Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico.

É feia.

Mas é uma flor.

Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.

Você é o piloto e a voz da história. Você é aquele que cria e conta as histórias para aqueles que não puderam estar presentes. Você é incapaz de ser confortado mas deseja confortar os outros. Há algo faltando em sua vida. Não esqueça que você é muito amado. Deixe seu sofrimento ser confortado.

Amor

Humor

Oswald de Andrade
Andrade, O. Primeiro Caderno, 1927