Música e Saudade
Eu sinto você chegar
Logo, assim, não tem vazio
E nem com o que me preocupar
A saudade é só um fio
Que nunca se rompe
Nós estamos ligados
Se você puxar, eu caio aí do seu lado
Olhos de ódio reluzem saudade
Lei Áurea liberta, não traz igualdade
Casa que habitava felicidade
Hoje só resta frieza e maldade
Saudade quando a minha pergunta tinha uma resposta
De quando respondia oi meu bem na mesma hora
Hoje é só oi, tchau
Fica com Deus e de vez em quando um boa noite
Sentimento seu nenhum
Te amo e você nem tchum
Lembra a gente no começo
Da minha língua dando volta no seu beijo
Olha eu aqui
Contando a saudade de novo
E esse sentimento que não dorme
Não prega o olho
E pelo andar da carruagem
O coração já sabe
Já se envolveu, aconteceu
Foi beijo na boca
Amor à queima-roupa
Quando a gente gosta e não tem a pessoa
Faz de tudo mas não faz amor
Saudade eu tenho, mas com vontade eu tô
De conseguir deixar quem me deixou
Quando tudo terminar enfim
Meu desejo transformado em saudade
E a cidade respirar tudo isso que passou
Na verdade é pra entender
Que meu coração tem pressa
Eu tô com uma vontade danada
De te entregar todos beijos que eu não te dei
E eu to com uma saudade apertada
De ir dormir bem cansado
E de acordar do teu lado pra te dizer
Que eu te amo
Que eu te amo demais
Se é fechamento então vou brindar
Deixar saudade depois de morrer
Antes eu já fiz minha mãe chorar
Foi bem antes do meu velho morrer
Hoje eu vou sair pra dançar
E se a saudade me procurar, ninguém me viu
Hoje eu acordei virada
Tô do avesso e até minha lágrima sorriu
Paixão igual nunca senti,
Saudade igual nunca sofri
E de repente percebi,
Que a vida é nada sem você
Em prosa e verso já chorei
E a solidão eu já paguei
Ao universo implorei
Quero você
Saudade - Poema
Saudade é um sentimento que se inicia a dois,
Tem gente que sente antes quando começa a amar,
Tem gente que quando ama senti depois.
Mas quando não se ama não se pode falar
Sobre a saudade, pra quem não sentiu o beijo da cara-metade
Ou o cheiro da pele daquele amor.
Saudade do enlace afetivo que lembra o desejo
do cuscuz ao leite condensado,
Na porta da igreja aos pés de nosso Senhor.
Saudade das aulas de violão e da dificuldade
De tocar nas cordas meio desajeitado
A sua música preferida.
Saudade de uma vida,
Da forma de se ouvir e falar,
Sentir e dedilhar nas cordas do instrumento a saudade querida.
Se viu a saudade sair pela porta,
Não importa a distância que ela se foi,
Sinta que um dia a mesma retorna,
Trazendo a esperança de volta
E a saudade regressa depois.
Silêncio de amor
"Na presença do silêncio
Uma caixinha toca,
Com saudade,
Aquilo que ninguém ouviu...
Tão alto quanto as batidas do coração da caça,
E tão discreto como a respiração daquele que dorme.
Dorme e sonha,
Sente e arrepia.
Como o calafrio que o vento trouxe
Que corre na espinha,
Que tira o fôlego,
Mas que ninguém viu...
Na presença do silêncio,
Outro som.
Previsível,
Como um disco gravado na memória.
O silêncio nunca foi tão acolhedor
E a caixinha barulhenta de dor,
Para e repara
No silêncio triste, que a pouco,
Fora a melhor das músicas."
Desespero urgente,
Não conhece a dor
De vê-lo embora,
Sem deixar uma flor
Não é saudade, insanidade,
É falta de raiz.
Vivo andando no mundo
Na gaiola da saudade
Igualmente um passarinho
Voando solto nos ares
Querendo água e comida
Pra matar minha vontade
Deixo minha terra chorando
Pra morar em outra cidade
Seu perfume tá impregnado nesse quarto escuro
Que saudade desse cheiro de cigarro
E desse álcool puro
Rita, eu desculpo tudo
Somos a chance de um afeto exemplar
Muito antes da vaidade, existe cumplicidade
E saudade do que está pra chegar
Ao passar por onde vivi...
Deu saudade dos tempos de guri...
Não vi mais a tapera...
Mas lembro como ela era...
Mas pude ver a casinha da forneira...
No último pau da porteira.