Mulher Apaixonada
E aqui estou eu de novo, descontando toda minha raiva escrevendo qualquer coisa melancólica sobre amor, abstraindo dos meus sentimentos toda frustração que me fez passar outra vez. Mas tem que ser assim mesmo, devaneio meu pensar que olhando em seus olhos vou conseguir falar todas essas coisas sem fraquejar.
A arte de escrever, a mais bela expressão do mundo intelectual, espiritual, é composta por uma mente em chama ardente apaixonada por mudanças que construa uma vida melhor...
Perfeito seria se pudéssemos escolher onde habitar, mas agora estou aqui preso neste corpo limitado, gritando e me debatendo tentando fugir, sair por ai, livre como a luz do sol iluminando o caminho que me leva até ela...
Se o sorriso fosse uma das sete maravilhas do mundo, pra mim o seu seria a única maravilha do meu mundo
Cara, ela bem que poderia morar na China, ou melhor, no Japão...quanto mais impossível melhor, é essa pontinha de esperança de dar certo que me atrapalha as vezes.
Eu sei, ninguém precisa saber que derrubei feijão na minha camisa nova ou que eu chorei assistindo aquele filme...mas depois que eu a conheci, parece que tudo que eu faço precisa ser dividido com ela.
Dizem que o amor termina com o tempo, que toda a dor acaba com o tempo, e que toda a saudade passa com o tempo. Mas a verdade é que o tempo não termina, não acaba e não passa...o tempo se renova a cada segundo e entre ontem e amanhã, hoje a saudade só aumentou a dor que sinto com a ausência desse amor.
Ela havia prometido: -Nunca mais vou me apaixonar.- E assim passou de pessoa para pessoa, todas já com um prazo de validade, mal se passava um mês, e o amor de sua vida, já era substituída por outra, sem rodeios, sem meras despedidas.
Sim, ela era intensa, embarcava sem medo e sem olhar para trás até a próxima estação e um “obrigada pela carona”. Hã, se ela soubesse como o coração pode ser traiçoeiro às vezes. E foi assim, em uma noite como qualquer outra que mais uma pessoa preparava o navio, mas esse era diferente, pois desta vez não era ela que iria embarcar.
Ana se sentou, meiga, quieta, dava para contar nos dedos as palavras que, vez ou outra, deixava escapar de sua boca. Enquanto isso, Dulce, mal deixara espaço para o silêncio, e entre pequenas pausas, perguntava dentro de si, quais mistérios esse corpo escondia.
A curiosidade fisga, e foi assim que a noite lhe deu uma surpresa espetacular do quanto alguém pode despir suas máscaras quando se está em quatro paredes, porque é bem nesse momento, que qualquer pessoa se torna frágil, a boca cala, mas o corpo, o beijo e o olhar falam mais do que deveriam.
Passaram-se minutos e os detalhes, aqueles que ela havia esquecido, iniciaram a palpitação de seu coração. Era a mão tocando no rosto, os olhares fixos um no outro, atravessando a armadura que ela tinha feito com tanto cuidado.
Passaram-se horas e o toque batia com força em sua alma, não deixando sinais a olho nu, apenas as marcas da vontade, os arrepios que eram desenhados a dedo.
Passaram-se dias, e ela, que nunca tomou cuidado com as palavras, agora, as escolhia minuciosamente. Buscava a melhor pessoa em si, aquela, guardada a sete chaves em que jurara entregar apenas a quem merecia.
Passaram-se as noites, e tudo começou a mudar. A luz que entrava pelo seu quarto, não era mais a que deixava as paredes e os móveis em preto e branco, era o brilho natural que combinava com a pele daquela menina, mulher, tão delicada, tão natural.
Singelo era mesmo quando ela deitava de costas. Dulce observava o coque que ela fazia em seu cabelo, a mistura de alguns fios soltos e outros presos, parecia tão peculiar que depois de algumas horas observando, encostava seu corpo no de Ana e respirava fundo o ar que, agora, era de uma só.
E assim foram se passando, minutos, horas, dias, noites, noites, dias, horas, minutos até os segundos de suas últimas palavras, do último encostar de mãos em seu rosto, do último beijo de despedida e da última estação em que Ana parou- Adeus, obrigada pela carona- E o barquinho continuou navegando.
Quem sou eu?
Sou tantas em uma só...
Pela manhã até alegre, a tarde sou agonia
A noite sou ansiosa, pelo o que aconteceu durante o dia
A solidão me deprime, sinto-me vazia
Mas é melhor ficar só
Se não me compreendo
Quem mais me entenderia?
O pior é que ela não fez nada pra mim gostar dela tanto deste jeito, trocamos meia dúzia de palavras sem sentido, damos algumas risadas juntos, vi ela somente uma vez, mas a verdade é que com aquele jeitinho de menina, aquela maluca deixou minha cabeça tão bagunçada quanto o meu quarto naquele único dia.
Tenho vontade de contar tudo pra ela, que acordei pensando nela, que no café derramei manteiga na minha camisa, que no trabalho troquei o nome da minha colega pelo dela, que tropecei no meio fio, que esqueci de levar a toalha para o banho e molhei a casa toda, que a noite desejo a companhia dela e que sempre antes de dormir desejo a ela uma ótima noite, seja lá onde ela esteja...mas não sei se ela tem tempo para essas minhas "babaquices".
Só por favor não me peça desculpas, a culpa é toda minha, eu com certeza deveria ter perguntado à você antes de me apaixonar e sentir tudo o que estou sentindo agora.
Eu estava entediada, todavia você chegou, logo meu coração alegrou. Percebi que o melhor passatempo é ficar te observando, e a melhor forma de entretenimento é te beijando.
A vida é como nos contos de fada, o que muda é que não significa que vai dar tudo sempre certo no fim, mas sempre vai ter alguém querendo impedir a sua felicidade.
Estou começando a ter medo do mundo moderno. As pessoas estão confundindo celulares com amigos, e trocando toda hora.
Dizem que para curar um amor, somente um novo amor...eu acredito, pois depois dela, somente um amor verdadeiro para me aceitar e ter paciência para colar cada pedacinho do meu coração.
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