Mini Textos de Ana Maria Braga
A vida pode ser mais leve. Mais lúdica. Se eu não brincasse, enlouqueceria. Não posso nem sei ser essa imagem que tanta gente congelou a respeito do que é ser adulto. Passo longe desse freezer. Quero o calor da vida. Quero o sonho e a realidade melhor que ele puder gerar. Quero alguma inocência que não seja maculada. Quero descobrir coisas que não suspeito existirem [...]
A fé é um exercício pra vida inteira. Muitas e muitas vezes, eu me distancio incrivelmente dela, achando que posso resolver tudo sozinha. Não é raro nessas ocasiões, na verdade é bastante comum, eu me atrapalhar toda num turbilhão de emoções que me drenam a energia e o sorriso. Mas, toda vez que consigo acessá-la, de novo, tudo se modifica e se amplia na minha paisagem interna.
Estou desconfiada de que a gente cresce quando começa a aprender, com o sentimento, muito além da retórica, a não permitir que uma desilusão ou outra nos afaste de nós mesmos e nem dos nossos sonhos mais bonitos. Estou desconfiada de que a ...gente cresce quando é capaz de entender que estar vivo é perigoso, sim, é trabalhoso, sim, mas também é uma oportunidade rara e imperdível. Que há que se pagar o preço, se a ideia é ser feliz e inteiro
Sei de cor que viver é trabalhoso e que, de vez em quando, parece que o trabalho aumenta mais. Que nessas horas, às vezes a gente sente uma vontade enorme de correr, embora não exista lugar algum para onde possamos ir sem nos levarmos. Estamos o tempo inteiro com nós mesmos e essa é daquelas verdades que não mudam de cara, por mais que o tempo passe e tudo mude. Sei de cor que não importa as diferenças de cenário, de roteiro, de elenco, de trilha sonora, de efeitos especiais, todas as histórias têm algo em comum: o desafio e a graça do aprendizado do amor. É, sobretudo, para aprendermos a amar que estamos aqui. Às vezes, eu esqueço; você também, imagino. Mas a vida, não demora, vem nos lembrar de novo.
[...]Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. Só sei que comecei a lembrar de onde é o céu e a perceber que o inferno é onde a gente mora quando tudo é sono. Comecei a sair dos meus desertos. E a olhar, ainda que timidamente, para todas as miragens, sem tanto desprezo, entendendo que havia um motivo para que elas estivessem exatamente onde as coloquei. Nenhum livro, nenhum sábio, nada poderia me ensinar o que cada uma me trouxe e o que, com o passar do tempo, continuo aprendendo com elas. Dizem que só é possível entendermos alguns pedaços da vida olhando para eles em retrospectiva. Acho que é verdade[...]
“Tenho uma amiga que quando percebe que eu estou triste costuma me perguntar quem roubou a minha caixa de lápis de cor. Tem vez que nem pergunta, apenas comenta: “poxa, dessa vez levaram as cores que você mais gosta!” A tristeza afrouxa um pouco, por mais que eu esteja chateada. Primeiro, porque é muito bom a gente se sentir olhado com carinho. Depois, porque essa expressão tem uma inocência capaz de fazer gente grande tocar em coisas sérias sem ficar com medo de queimar a mão. De vez em quando, ao ouvir a pergunta, acontece de uma lágrima ou outra escapulir, afeitos que alguns sentimentos são a desaguar no rosto quando o coração fica apertado. Mas, algumas vezes, quando eu choro diante dessa indagação não é pelas cores que não encontro na caixa nem por lembrar de quem supostamente as roubou. Choro por perceber que ainda dou aos outros o poder de roubá-las. Por notar que, no fim das contas, quem rouba os meus lápis de cor preferidos sou eu.”
"Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa. Do brinquedo que a gente não largava. Do acalanto que o silêncio canta. De passeio no jardim. Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem de dentro e que a atração que realmente nos move não passa só pelo corpo. Corre em outras veias. Pulsa em outro lugar. Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos Deus está dançando conosco de rostinho colado. E a gente ri grande que nem menino arteiro."
Só existem os espertos porque existem os bobos. Isso é fato. E os oportunistas, os mal-agradecidos, os que se esquecem o quanto foram ajudados, continuarão a tosca trajetória em busca de facilidades. Isto porque tão logo se veem privados de vantagens rebelam-se sem qualquer motivo contra os provedores e vestidos como manto fétido da ingratidão estampam na face sorrisos vazios como se fossem eternos. Já escreveram... A semeadura é livre, porém a colheita obrigatória. Reflexões ao cair da tarde, enquanto muitos com este perfil frequentam ardorosamente os templos sagrados em busca da hóstia para alimentar suas bocas famintas de paz.
Gostar já não é mais o suficiente pra me manter junto a alguém. Eu necessito de segurança, de compreensão e afeto. Não tenho mais paciência para celulares desligados e para mentiras mau elaboradas. Porque eu me quebrei e me remontei de uma maneira mais solida e que fosse mais difícil de quebrar de novo, me tornei alto suficiente e confiante o bastante pra passar pelos sentimentos e seguir em frente com a razão… Se eu confiar em você, aproveite a oportunidade, porque eu também já me cansei das novas chances, porque quem erra uma, erra duas e com uma facilidade imensa. Eu já dei milhares de chances, e posso afirmar que nenhuma delas foi aproveita. Eu não quero mais drama na minha vida, eu quero aquela felicidade invejável que o amor correspondido a altura traz. Não tenho tempo para desespero e noites mal dormidas… Estou disposta a te dar meu amor, esteja disposto a receber…
Quando eu falei - te amo-... Errado... Possessivo... Fez-te mal, te assustou.... Quero crescer e voltar, te mostrando amor e liberdade! É tarefa difícil para mim... Estou no início... Sou um aprendiz do amor... Muito novo ainda nesse assunto, embora graduado em outros tão sem importância! Penso que nós dois estamos perdidos no amar... Procurando o modo certo. Experiência de vida! Qualquer coisa, recolho a “linha” sem te machucar... E aguardo ventos melhores...
Quanto tempo te esperei, mas você não deu valor, fez mil juras de amor e me fez falar de amor. E o passado assim, passou. Transferi todo meu sentimento pra você, sonhei de tudo como um dia de domingo e tudo que viesse de nós dois seria muito bem-vindo. Só não demore quanto ao tempo pra chegar, o meu céu mudou de tom e eu já aprendi a enxergar além do horizonte. Não demore tanto tempo pra chegar.
Abençoada seja a leveza, meu Deus. Abençoadas sejam as dádivas generosas que vêm nos lembrar que viver pode ser mais fácil. Que amar e ser amado pode ser mais fluido. Que dá pra sair da frequência da escassez e sintonizar a estação da disponibilidade, onde alegrias já cantam, mas a gente não ouve. Abençoadas sejam as dádivas que vêm nos lembrar, com alívio, que há lugares de descanso para os nossos cansaços. Que há lugares de afrouxamento para os nossos apertos. Que dá pra mudar o foco. Que não é tão complicado assim saborear a graça possível que mora em cada instante. Abençoadas sejam as dádivas generosas que nos surpreendem. Elas não sabem o quanto às vezes, tantas vezes, nos salvam de nós mesmos.
E é assim que vou me despedaçando , deixando de me importar afinal você não tá nem ai , ou pelo menos finge que não está e no final da contas eu só preciso de um sinal, mas ele não vem, não chega e me desfaleço. Porém esse desfalecer será bom para que eu possa reerguer essas estruturas despedaçadas e o confuso vai ficar para trás.
“Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta. De sol quando acorda. De flor quando ri. Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda. Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça. Lambuzando o queixo de sorvete. Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem pra escolher. O tempo é outro. E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver.”
Escrevo hoje não por estar com saudades daqueles meses, não porque ainda te amo. Escrevo apenas por que a escrita eterniza certas coisas de um modo mais doce, e caso não o faça, poderei esquecer. Guardarei apenas a sua parte boa, já que elas também fazem parte de mim agora, do que eu me tornei. O amor se vai, mas as lembranças, bem ou mal, permanecem fincadas na raiz daquele solo infértil como uma árvore, que embora infrutífera hoje, ainda deixa cair suas folhas sobre mim vez ou outra.
Mas eu queria que você soubesse que os risos que eu dou em meio ao nosso silêncio, é a alegria de estar com você sem saber ao certo o que há entre nós. eu queria mas querer não é poder, então eu escrevo esperando que um dia eu possa tomar coragem e dizer que talvez eu ame você. E quando eu dizer O meu “Eu te amo” não vão ser apenas três palavras que estão no dicionário de língua portuguesa.
O meu “Eu”, não é apenas a primeira pessoa do singular. É a que sempre estará com você, até o fim.
O meu “Te”, não é a apenas um pronome pessoal. É o começo de uma nova frase: “TE darei o meu melhor sempre.”
O meu “Amo” não é apenas o verbo amar conjugado. É o que eu falo para todo mundo quando me perguntam o que eu sinto por você: “Eu TE AMO.”.
Vá atrás do que te faz sorrir...
lembre-se, você é mais importante,
Não se culpe se não deu certo.
Se, te enganaram, procure agir dentro da lei em seu benefício, e lute sem medo, com fé, deixe as coisas acontecerem...
Deus, é maior do que qualquer adversidade, do que qualquer mentira, do que qualquer engano do que qualquer coisa..
o " PODER", é de DEUS.
Gosto de ter olhar de estrela, apesar das minhas fases de lua. Gosto de escutar o que o brilho do sol tem a me dizer em cada nova manhã. Gosto de recomeçar com o pé direito no chão sem limitar os meus sonhos. De cantar e dançar no silêncio da minha solidão. Gosto dos acasos dos encontros inesperados. Do amor que me leva pra tomar um banho de chuva. De uma flor que nasce entre rochas e espinhos. Gosto de
escutar histórias para torná-las boas referências ou apenas para guardá-las de recordação. Gosto do cheiro de infância que uma cidade provoca e de ser o cúmplice de um abraço que mata a saudade. Gosto das perguntas difíceis e das respostas objetivas. Do sorriso que me deixa leve. Do coração que me abriga. Do beijo que me embriaga e me relaxa. Não gosto muito das certezas, mas é bom tê-las algumas vezes. Dúvidas ferem e deixam feridos. Por falar nisso, gosto das minhas cicatrizes. Elas me dão o mapa dos caminhos a seguir.
Um dia ela resolve mudar, decidiu o que fazer
deixou suas fantasias pra lá, e seus problemas resolver
Disse agora vou me socializar, pessoas novas eu vou conhecer
começo a trabalhar, ocupou sua mente com o que?
se mesmo trabalhando, ela vivia pensando em você
O que ela desejava era a tal liberdade pra viver
ter os pensamentos mais saudáveis, ser livre, mais livre de que?
Ela queria fugir, mas não sábia pra onde ir, a tal liberdade que ela procurava era se libertar de ser escrava de si.
LA LLUVIA
La lluvia tiene un vago secreto de ternura,
algo de soñolencia resignada y amable,
una música humilde se despierta con ella
que hace vibrar el alma dormida del paisaje.
Es un besar azul que recibe la Tierra,
el mito primitivo que vuelve a realizarse.
El contacto ya frío de cielo y tierra viejos
con una mansedumbre de atardecer constante.
Es la aurora del fruto. La que nos trae las flores
y nos unge de espíritu santo de los mares.
La que derrama vida sobre las sementeras
y en el alma tristeza de lo que no se sabe.
La nostalgia terrible de una vida perdida,
el fatal sentimiento de haber nacido tarde,
o la ilusión inquieta de un mañana imposible
con la inquietud cercana del color de la carne.
El amor se despierta en el gris de su ritmo,
nuestro cielo interior tiene un triunfo de sangre,
pero nuestro optimismo se convierte en tristeza
al contemplar las gotas muertas en los cristales.
Y son las gotas: ojos de infinito que miran
al infinito blanco que les sirvió de madre.
Cada gota de lluvia tiembla en el cristal turbio
y le dejan divinas heridas de diamante.
Son poetas del agua que han visto y que meditan
lo que la muchedumbre de los ríos no sabe.
¡Oh lluvia silenciosa, sin tormentas ni vientos,
lluvia mansa y serena de esquila y luz suave,
lluvia buena y pacifica que eres la verdadera,
la que llorosa y triste sobre las cosas caes!
¡Oh lluvia franciscana que llevas a tus gotas
almas de fuentes claras y humildes manantiales!
Cuando sobre los campos desciendes lentamente
las rosas de mi pecho con tus sonidos abres.
El canto primitivo que dices al silencio
y la historia sonora que cuentas al ramaje
los comenta llorando mi corazón desierto
en un negro y profundo pentagrama sin clave.
Mi alma tiene tristeza de la lluvia serena,
tristeza resignada de cosa irrealizable,
tengo en el horizonte un lucero encendido
y el corazón me impide que corra a contemplarte.
¡Oh lluvia silenciosa que los árboles aman
y eres sobre el piano dulzura emocionante;
das al alma las mismas nieblas y resonancias
que pones en el alma dormida del paisaje!