Mini Textos de Ana Maria Braga
Ganho o dia, à tarde, à noite, quando te ouço. Sua voz me acalma-me deixa flutuando...
Como se eu a estivesse vendo você diante dos meus olhos.
quando ouço sua voz, sinto seu cheiro invadir meu espaço, Fazendo com que meus pensamentos viagem até seu coração! Mas tudo acabar quando telefone desliga,
Era bom que fosse para sempre...
A melodia de sua voz todos os dias horas e minutos
Este aqui é um desabafo. Mais um entre tantos outros. Um desabafo de uma jovem que luta contra a depressão, que luta pra não perder as esperanças nesse mundo ensandecido.
Faço parte de uma geração cada vez mais doente e perdida (ou que está encontrando o verdadeiro caminho, e, por isso mesmo, sofre), frustrada com o padrão de ensino desumanizador das universidades e a massiva produção científica ilógica, massacrada pelas exigências de enquadramento nos moldes capitalistas de um planeta enfermo. Encontro nas palavras e nas páginas em branco minha válvula de escape. Então, vamos lá.
Infelizmente estou inserida em um sistema que não me contempla e que não deveria contemplar ninguém, pelo simples fato de ser destruidor. Uma organização burocrática, hierárquica, opressora, exploradora, indiferente. Nessa lógica, seres vivos sem cifrão não são seres vivos, são lixo, pobres almas que só dão despesa.
É muito difícil colocar em palavras o tamanho da minha dor. A tragédia anunciada em Minas Gerais acabou de triturar meu coração. 62 bilhões de litros de lama contaminada, eu disse 62 BILHÕES, esmagando o rio, a vegetação, casas, animais, destruindo a principal bacia hidrográfica do Sudeste. E agora o estrago está chegando na mais antiga reserva natural dos mares brasileiros, o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, no sul do litoral da Bahia. Tudo pela ganância de uma mineradora que ganhou o prêmio de pior empresa do mundo em 2012 pelo Public Eye People´s”, premiação realizada pelo Greenpeace da Suíça e pela ONG Declaração de Berna, que escolhe as empresas com pior atuação em relação aos direitos humanos e ao meio ambiente. Em 2013 a barragem já havia sido condenada em um laudo solicitado pelo ministério público, e nada, NADA foi feito a respeito. A terceira barragem que não se rompeu está com um trinco de 3 metros. Dizem que providências já foram tomadas (agora).
A multa dirigida à Samarco (VALE) pelo Ibama foi de 250 milhões (e pode cair praticamente pela metade caso paguem até a data proposta), isso é preço de bala pra eles. Essa assassina deveria ser FECHADA, o mínimo esperado.
Depois de tudo isso veio o terrorismo em Paris e com ele a polêmica nas redes sociais sobre as tragédias. Vidas são vidas, em qualquer lugar do planeta. Porém, tenho que concordar que o direcionamento da mídia foi discrepante, e foi triste ver brasileiros trocando a foto de perfil pela bandeira francesa. Vamos abrir um pouco a mente e enxergar além do que os grandes meios de comunicação nos propõe. A Europa tem um histórico vasto de destruição do Oriente Médio junto aos EUA. Milhares de pessoas inocentes, crianças de colo, morrem todos os dias nas zonas de conflito. Alguém vai troar a foto de perfil pela bandeira da Síria após as bombas lançadas pela França? Claro que não. Não estou falando que isso justifica. Guerra nenhuma se justifica, massacre nenhum se justifica. Só quero dizer que devemos, sim, nos indignar pelas vidas perdidas (independente do número e da nacionalidade), pela origem das tragédias, mas não sejam solidários ao Estado que, historicamente, principiou esse ciclo violento.
Enfim, meu peito está apertado há muito tempo. E ficou ainda mais depois de todos esses acontecimentos. Pelo menos a minha doença significa que não compactuo com tudo isso, que me revolto, que tenho empatia, que reconheço a dor da minha Mãe Terra, que não sou mais uma pessoa preocupadíssima em trocar o modelo do Iphone porque já está fora de moda, obsoleto.
Eu sangro junto com as florestas e tribos dizimadas, com os rios mortos e pálidos, com as vidas perdidas nas mineradoras, com a lama tóxica que invade os pulmões, brânquias e raízes, eu sangro pelos bombardeios, tiroteios, pelas crianças dizimadas em massa, pela miséria africana e suas guerras civis, sangro pelas mulheres violentadas, estupradas, sangro por toda a exploração repugnante da América Latina. Sangro pelo asco de pertencer a uma espécie que é a peste negra do planeta.
Por enquanto eu estou aqui, buscando o mínimo de esperança pra seguir em frente, procurando ressuscitar meu espírito subversivo. Sei que ele está lá, num sono profundo e conformista, exausto, mas resiste. Resiste por amor. E canta, com as forças que sobraram:
“Tudo bem...até pode ser
que os dragões sejam moinhos de vento
Tudo bem...seja o que for...
Seja por amor às causas perdidas
Por amor às causas perdidas...”
(Dom Quixote, Engenheiros do Hawaii)
“Oi, tudo bem? Tudo, e com você? Tudo ótimo. Ah, que legal, me passa seu WhatsApp? Ah, não vai dar, não te conheço”. Assim começa e termina um quase relacionamento. Uma quase ficada. Uma quase paixão. Um quase amor. Alguma coisa que poderia ter virado outra se você não estivesse sempre indisponível para o mundo.
“Vamos marcar de fazer alguma coisa? Claro, vamos, sim”. E nada acontece. E acaba sendo uma quase reconciliação. Um quase encontro entre amigos. Um quase que virou nada. Alguma coisa que poderia ter virado um momento feliz se você não estivesse sempre arranjando desculpas.
“Não posso, tenho que trabalhar. Não dá, tenho que me formar. Impossível, preciso comprar meu carro”. Uma quase viagem. Um sonho quase realizado. Uma quase vida nova. Alguma coisa poderia ter virado a melhor experiência de todas se você não estivesse sempre postergando tudo.
Mas alguém precisa te dizer que você não tem o tempo todo do mundo. Você não possui todos os amanhãs para esperar sentado e ver seu sonho se distanciar, o amor da sua vida se despedir e a grande oportunidade desaparecer. E tudo vai virar sempre um quase. Você quase encontrou o amor, quase reviu aquele seu grande amigo, quase pediu desculpas, quase deu o primeiro passo e a chamou para sair, quase foi àquela entrevista do emprego que tanto queria, quase parou de roer as unhas de ansiedade, quase evitou se preocupar tanto com o que pensam de você, quase parou de insistir na coisa errada, quase comprou a passagem para o Japão e saiu da casa dos seus pais. O quase que nunca foi suficiente.
E esse ‘quase’ continua sempre mediano e medíocre. E você, preso à zona de conforto, acaba deixando a vida passar e percebendo, no fim, que quase foi feliz. Mas nunca por inteiro.
Despedida...
"A hora do encontro é também despedida a plataforma desta estação, é a vida."
Um beijo no rosto ou um abraço na correria da vida, do vai e vem, pode não parecer nada... Mais as vezes é um adeus... E há quem consiga perceber, pela sutileza dos detalhes, algo diferente, um indício... Ou talvez seja só a recordação da ultima lembrança, de alguém que passou em nossas vidas e pelo acontecido, paramos pra perceber o que passou despercebido... Seja como for a vida continua, seja onde nossos olhos podem ver ou onde nosso espirito consegue enxergar. É a vida.
Ela era timída,
daquelas que a bochecha fica rosa,
usava all star num pé,
salto no outro.
Ele também era timído,
daqueles que sorriem de canto,
para demonstrar seu interesse.
Sabia a hora de ser safado,
de ser o que quisesse.
Eles eram tão iguais,
tão diferentes ao mesmo tempo,
um queria, a outra não,
mas ele não desistia,
continuava de pé com as rasteiras da vida,
caminhava de queixo,
sorria de olhos arregalados.
O que ninguém sabia,
as paredes do quarto viam,
ele abaixava a cabeça
e chorava pedindo para Deus,
queria ele ter aquela garota,
de bochecha rosinha,
até o fim de seus dias.
Dia e noite
No seu olhar me perco
Me deixo levar por esse azul que me hipnotiza
De uma cor que lembra um lindo dia no parque
E quando me deparar com o céu verei a imensidão do seu olhar
E então ficarei mais perto de você
Sob o luar te peço para contemplar as estrelas
Pois elas nos acompanharão onde estivermos
E talvez, só talvez, você veja
O brilho que vejo em seu olhar
E nessa hora a distância não mais importará
Nascemos filhos. E esperamos ser filhos para sempre. Mimados, educados, amados. Que nossos pais invistam doses cavalares de amor em todo nosso caminho pela vida. Que, quando a vida doer, haja um colo materno. Que quando a vida angustiar, encontremos neles um conselho sábio. E, quando isso nos falta, há sempre uma lacuna, um sentimento estranho de sermos exceção.
Mesmo adultos, esperamos reconhecer nossa meninice nos olhos dos nossos pais. Desejamos, intimamente, atenções miúdas, como a comida favorita no dia do aniversário ou a camiseta do time de futebol se estamos na casa deles.
Não estamos prontos para trocar de lugar nesta relação. É difícil aceitar que nossos pais envelheçam. Entender que as pequenas limitações que começam a apresentar não é preguiça nem desdém. Que não é porque se esqueceram de dar o recado que não se importam com a nossa urgência. Que pedem para repetirmos a mesma frase porque não escutam mais tão bem - e às vezes, não está surdo o ouvido, mas distraído o cérebro. Demora até aceitarmos que não são mais os mesmos - que dirá “super-heróis”? Não podemos dividir toda a nossa angústia e todos os nossos problemas porque, para eles, as proporções são ainda maiores e aí tudo se desregula: o ritmo cardíaco, a pressão, a taxa glicêmica, o equilíbrio emocional.
Vamos ficando um pouco cerimoniosos por amor. Tentando poupar-lhes do que é evitável. Então, sem querer, começamos a inverter os papéis de proteção. Passamos a tentar resguardar nossos pais dos abalos do mundo.
Dizemos que estamos bem, apesar da crise. Amenizamos o diagnóstico do pediatra para a infecção do neto parecer mais branda. Escondemos as incompreensões do casamento para parecer que construímos uma família eterna. Filtramos a angústia que pode ser passageira ao invés de dividir qualquer problema. Não precisam preocupar-se: estaremos bem no final do dia e no final das nossas vidas. Mas, enquanto mudamos esses pequenos detalhes na nossa relação, ficamos um pouco órfãos. Mantemos os olhos abertos nas noites insones sem poder correr chorando para a cama dos pais. Escondemos deles o medo de perder o emprego, o cônjuge ou a casa para não sofrerem sem necessidade e, aí, estamos sós nessa espera; não há colo nem bala, nem cafuné para consolar-nos.
Quanto mais eles perdem memória, vigor, audição, mais sozinhos nos sentimos, sem compreender por que o inevitável aconteceu. Pode até surgir alguma revolta interior por esperar deles que reagissem ao envelhecimento do corpo, que lutassem mais a favor de si, sem percebermos, na nossa própria desorientação, que eles não têm a mesma consciência que nós, não têm como impedir a passagem do tempo ou que possuem, simplesmente, o direito de sentirem-se cansados.
Então pode chegar o dia em que nossos pais se transformem, de fato, em nossos filhos. Que precisemos lembrá-los de comer, de tomar o remédio ou de pagar uma conta. Que seja necessário conduzi-los nas ruas ou dar-lhes as mãos para que não caiam nas escadas. Que tenhamos que prepará-los e colocá-los na cama. Talvez até alimentá-los, levando o talher a sua boca.
E eles serão filhos piores porque lembrarão que são seus pais. Reagirão as suas primeiras investidas porque sabem que, no fundo, você acha que lhes deve obediência. Enfraquecerão seus primeiros argumentos e tentarão provar que ainda podem ser independentes, mesmo quando esse momento tiver passado, porque é difícil imaginarem-se sem o controle total das próprias rotinas. Mas cederão paulatinamente, quando a força física ou mental reduzir-se e puderem encontrar no seu amor por eles o equilíbrio para todas as mudanças que os assustam.
Não será fácil para você. Não é a lógica da vida. Mesmo que você seja pai, ninguém o preparou para ser pai dos seus pais. E se você não o é, terá que aprender as nuances desse papel para proteger aqueles que ama.
Mas, se puder, sorria diante dos comentários senis ou cante enquanto estiverem comendo juntos. Ouça aquela história contada tantas vezes como se fosse a primeira e faça perguntas como se tudo fosse inédito. E beije-os na testa com toda a ternura possível, como quando se coloca uma criança na cama, prometendo-lhe que, ao abrir os olhos na manhã seguinte, o mundo ainda estará lá, como antes, intocável, para ela brincar.
Porque se você chegou até aqui ao lado dos seus pais, com a porta aberta para interferir em suas vidas, foi porque tiveram um longo percurso de companheirismo. E propor-se a viver esse momento com toda a intensidade só demonstrará o quanto é grande a sua capacidade de amar e de retribuir o amor que a vida lhe ofereceu.
A distância mexe com a imaginação
É difícil medir a distância. O longe, o perto, o espaço de tempo, tudo é relativo. Já me senti tão perto de gente, de coisas, de lugares que estão a quilômetros ou anos de mim, e já me senti tão distante de algo em minhas mãos. Tudo depende de como alimentamos a nossa imaginação. Não é fácil lidar com a distância, pois, a nossa imaginação é muito fugaz, e, efêmera como uma flor.
Quem nunca viajou por algum lugar especial, ao ler um livro, por exemplo? Quantas vezes é tão fácil se sentir caminhando nos limites do Castelo de Córdoba, sentir o cheiro de um pergaminho escrito a centenas de anos. Como é fácil sentir a euforia que provoca um grande amor como o de Marco Antônio e Cleópatra, sentir na boca o gosto do veneno bebido por Julieta e a dor mortal no coração de Romeu ao imaginar ter perdido para sempre seu amor. É fácil sentir o gelo do mármore num abraço demorado de Pigmaleão a sua amada Galatéia. É fácil se nos entregamos a imaginação e nos permitimos viajar pelos sentimentos e pelo tempo, ignorando a distância.
Mas, quando se trata do que está perto de nós, tendemos a controlar esses sentimentos e nossa imaginação nos trai. Por que não nos entregamos à realidade do dia a dia, como nos entregamos ao que está distante da gente? Será que a distância existe? Ou será que nós nos distanciamos do que nos atormenta ou simplesmente não ligamos por que está ali a disposição?
Não tenho respostas, só perguntas. Mas, quero o mais bonito dos passeios, quero sentir a brisa no rosto enquanto eu andar pela rua, quero sentir o cheiro da tinta no papel quando escrevo, quero a euforia e a calma, quero toda contradição do amor. Não quero que minha imaginação me traia e afaste de mim lugares, coisas e pessoas ou me engane distanciando de mim os sentimentos que nos é essencial. É gratificante sentir, rir, chorar, sentir dor, sofrer por amor. É felicidade viajar lendo um lindo romance, e, é lindo sentir o cheiro de vida.
Ana Paula Silva
Autora do Livro: Me apaixonei por um poeta
O Perfume
Guarda na memória o cheiro do perfume,
Nas manhãs de primavera aquele cheiro de flores,
Cada perfume uma história vivida,
Onde guardo As minhas lembranças mais bonitas,
O perfume e poesia e doçura,
Sensações que nem sei!
Com tempo os cheiros as lembranças trás,
A saudades sentirei pela a vida afora...
O perfume que só eu sei que vento nenhum leva.
Ana Sara Manso
O sonho nos ajuda a perceber pessoas que são de uma importância inestimável.
Talvez algumas não te ache tão importante, isso pode ser muito difícil...
Porém a angústia é convertida em felicidade quando descobrimos que entre aquelas pessoas existe ao menos uma que veio para abençoar nossas vidas, seja com uma palavra amiga, um abraço, ou mesmo um sorriso...
Essa pessoa prefiro chamar de ANJO...
Lembre-se que os maiores poetas são sonhadores em depressão!
Talvez esse seja o propósito de viver:
Nascemos para sonhar, sonhamos para encontrar ANJOS, e ANJOS nos trazem inspiração!
Nunca deixe de Sonhar!!!!
A arte do se reapaixonar...
Oi... estou aqui.
Eu também sempre estive.
Nunca tinha reparado nessa sua pinta antes.
E eu, que você sorri quando dorme.
Você parece diferente.
Você também.
Acho que mudei.
Eu também.
Senti a sua falta.
E eu, a sua.
Mas, nunca nos separamos.
Será que nos reapaixonamos?
Você acredita que podemos nos reapaixonar pela mesma pessoa várias vezes?
Será que a paixão é um sentimento linear possível? Ou ela vem e vai com o tempo?
Se mudamos todos os dias, como manter um sentimento como a paixão?
Será que vivemos apaixonados, ou precisamos de paixão para viver?
Muitas perguntas, muitas dúvidas quando as “borboletas no estômago” param de bater, ou voltam a bater sem qualquer explicação.
Segundo especialistas, a paixão nos faz perder a individualidade e poder de raciocínio. Idealizamos e quando essa idealização passa e enxergamos a realidade o sentimento de paixão se transforma em outro sentimento: amor, indiferença, amizade.... ou qualquer outro sentimento que só o ex apaixonado pode responder.
Dificilmente acordamos todos os dias apaixonados pela vida, trabalho, amigos, namorado, filho, mulher, pai, mãe, ou por nós mesmos. Nem todos os dias somos movidos pelo sentimento da paixão - a mola motivacional que nos faz sorrir sem qualquer explicação e emanar uma luz interna. Mas, todos os dia podemos nos reapaixonar pela vida, trabalho, amigos, namorado, filho, mulher, pai, mãe, e principalmente por nós mesmos.
Chego a conclusão que a vida é a vida é assim, simples e complicada, cheia e vazia, estranha e familiar. Surpresas nos surpreendem, a realidade nos assusta e preenche e as cores que vem e vão - assim como a paixão. Não sei você, mas eu preciso de paixão para viver, mas isso não quer dizer que vivo o tempo todo apaixonada. E assim voltamos ao ponto do sim, não ou talvez da confusão.
Errada ou certa, acho que sim: podemos nos reapaixonar pela mesma pessoa, uma, duas, três ou infinitas vezes. Em um espaço curto, ou longo, ou até em espasmos. A paixão é um estado de espírito que só sobrevive sendo regada todos os dias. Um dos adubos para a paixão é a tolerância, esperança, crença, boa vontade, simplicidade e vontade.
Eu me reapixonei recentemente e foi maravilhoso, pois tive a capacidade de ver o mesmo de forma diferente. Nada como inovar o conhecido! Reencaixar o que já encaixa. É quase que saborear a saudade.
Por isso, se não se sente mais apaixonado, espere, tolere e se abra para a possibilidade de deixar a realidade te encartar por inteiro. Os sentimentos não são lineares, pois a vida não é linear e quem muda todos os dias, sente coisas novas todos os dias. Um dia você pode estar assim, outro dia você pode estar assado. Mas, o se reapaixonar deve ser uma arte aprendida e pintada todos os dias.
Nós sofremos um bocado durante a vida até acharmos nosso ponto de equilíbrio. Ele não é, necessariamente, passar no vestibular para medicina, ser muito rico ou a festa do final de semana. Hipocrisia seria eu dizer que nada disso importa e que não é incrivelmente maravilhoso. Mas, de nada adianta alcançarmos o suposto sucesso se não mantivermos nossos valores e princípios dignos - os alicerces para o nosso caratér.
As pessoas esquecem que, antes de qualquer realização, há a ética, a integridade, a honestidade; as verdadeires medidoras de um ser humano. Não é só um diploma na faculdade ou um saldo na conta altíssimo que dizem se uma pessoa "presta" ou não. Tê-los, somente, sem o principal (o interior e os pensamentos) é como não ter nada. Afinal, o fundamento e mecanismo da nossa vida se baseiam em seguir o que nossos valores éticos e morais "mandam".
O fato é que buscar a vida de uma maneira apenas superficial é supérfluo; a busca deve ser, incessantemente, pelo que somos e temos, pelos príncipios inerentes a nós. Antes de julgarmos apenas o que é trazido com uma pessoa, deve-se analisar o que tem dentro dela.
Amor. Esse é aquele tipo de assunto que vai, vem e sempre retornamos a falar sobre ele. Deve ser porque ele nunca foi totalmente resolvido, solucionado; mas querendo ou não, sempre temos ele por perto. Amar em si não deveria ser tão complicado... É só ela se apaixonar por ele, ele por ela, e pronto! Viveriam felizes para sempre, como num verdadeiro conto de fadas. O problema que aqui nem tudo é tão surreal, nem tudo é tão lindo e inconseqüente. Aqui não existem príncipes (educados, lindos, inteligentes e divertidos) e princesas (educadas, lindas, inteligentes e divertidas). Aqui todo mundo é de carne e osso, e alguns de coração também - a maioria mais carne do que coração. Aqui o amor não é encarado como divino, dádiva e presente dos céus, é tido como aquele que só faz sofrer.
Por que será que dificultamos tudo? Acordamos pela manhã, damos um beijo no amado, passamos o dia estressados e irritados, chegamos no final do dia e descarregamos tudo em cima daquele que sempre esteve com nós nos momentos ruins, aí ele se irrita e termina tudo. Choramos, sofremos, esperneamos. Aquele "viveram felizes para sempre" teve um final, como num livro - mas o nosso final nem sempre é bom e previsível. "Por que isso só acontece comigo? Será que só eu faço coisa errada?". Grande engano. Isso é universal.
A questão é até que ponto depositamos nossa expectativa em cima daquilo que era pra nos fazer bem. Normal. Mas a troco de quê? Se esperarmos a vida inteira pelo príncipe saído de um cavalo alado, viveremos encalhadas, resmungonas e rabugentas. Adiantou passar o tempo reclamando daquele que não deu um beijo na hora certa e terminar um namoro por superfluidade? Que nada! A gente tem é que gritar pra todo mundo que aquele que não te deu um beijo na hora certa é aquele que te enche de abraços nas horas incertas e inesperadas; que a gente não passou a vida inteira esperando por uma perfeição que não viria, mas abrimos o coração para aquele que ofereceu o amor - sim! O "causador do sofrimento".
O assunto amor é clichê, sempre vai ser e não há fórmulas para o tirar da boca do povo; até cada um aprender que a perfeição não existe, e que como nós não a possuimos, não podemos exigir de mais ninguém. Que o príncipe - o imperfeito - é esse que está bem do seu lado... agora só resta à gente abrir os olhos pra enxergar o cavalo alado!
Amor de Amantes...
Amor de amantes que prejuzgan por prohibido,
aquel que late de un instante, que vive de un suspiro.
Amor que desafía a la vida por no tener su destino,
amor que en el silencio te extraña, al no tenerte al lado mío.
Amor que fluye en la sangre, que vibra con solo verte,
sabe que tus ojos no me engañan son tus labios los que mienten.
Amor que dilata al presente y consume el futuro inerte,
solo vive porque te ama y muere porque te siente.
Si la vida me regala solo segundos de tus besos,
solo un corto tiempo del destino,
bastara una mirada cómplice del alma,
para unir nuestros cuerpos, en este huracán prohibido.
Cuerpos que sin culpa se sienten libres, sin culpa te siento mío...
sentimiento que nace cuando estas a mi lado,
que vive al fundirte conmigo.
Perdóname por hoy, mi dulce amante,
debo vagar en este mundo a mar abierto,
lejos de tu vida, lejos de tus besos,
solo por amarte y no morir en el deseo.
Prométeme mi fiel amante, que me llevarás en secreto,
me sentirás en tu piel, en tu sangre,
me mantendrás viva en tu cuerpo.
Solo en la distancia intentaré olvidarte, por no tenerte por completo, por no aceptar compartirte,
por desearte a cada momento.
Pero no creas esta mentira,
que solo finge un simple y corto tiempo,
porque tu sabes que te llevo en corazón y alma,
sellado a mi vida, fundido a mi cuerpo.
(Ana Cruz Hernández)
Vivo a buscar o incerto
por caminhos tortuosos que ando,
corro e percorro largada sem fim.
De enfadonha procura adormeço
mas não me acalmo nem ao leito,
e inquieto sonho.
Sugo segundos respirados.
Vivo como se fosse morrer.
Não cesso, peregrino serei sim.
Só hei de parar um dia,
ao contemplar a face de um grande amor.
Esplendido então ao seu lado repousarei,
Após isto, pode se esfriar esta carne.
Branda, tendo provado o dissabor de AMAR.
Silencio
Em silencio te chamo
Em silencio me engano
Em silencio te espero
Em silencio te quero
As vezes até quebro o silencio falando de vc...
Para desabafar o quanto quero estar contigo...
Mas oque eu quero:
É ver você chegar
E ser verdadeiro
Não ter que esperar pois vc não vai partir afinal esta no meu coração...
Quero dizer o quanto você é importante...
E por fim quebrar todo o silencio com um beijo meu.
Os ferimentos da alma não se diferem em nada aos do corpo. Fecham-se aos poucos e conforme seu tamanho. Você pode até ter auxílio de curativos, o que é importante para que não inflamem. A dor se vai com tempo, mas a cicatriz ficará lá para sempre.
Quando olhar para ela não traga de volta os sofrimentos, lembre-se apenas de como aprendeu curar-se.
“A vida para você pode parecer não ter sentido, ou sequer algum motivo”...
Mas um dia você vai encontrar o verdadeiro motivo para se viver...
O motivo pelo qual você agüenta todas as dores...
Alguém que vai lhe dar a coragem de seguir em frente, mesmo sem ter forças suficientes...
Alguém que vai fazer seu mundo girar a ponto de se perder todos os sentidos...
E neste dia você vai entender o verdadeiro sentido da vida...
“Vai ver o motivo pelo qual você vive...”.
SIMBOLOGIA PASCOAL
...
No Judaísmo, a Páscoa significa época de libertação, renovação, abundância, fertilidade. A Páscoa (Pessach) é uma festa da primavera, que dura oito dias, em que se comemora a libertação dos judeus da escravidão no Egito e sua formação como o povo do Deus único, com uma religião e um destino comuns.
Lag Baomer, data que relembra a luta contra os romanos. Lag Baomer é o trigésimo terceiro dia da contagem do omer. A contagem dos quarenta e nove dias, que começa no 2º dia de páscoa e termina na Pentescostes. A primeira contagem realizada pelo povo judeu ocorreu na saída do Egito, sendo motivada pela forte ansiedade com que esperavam para receber a Tora, daí a diferença entre nosso calendário com o Judaico*.
Pentecostes (Shavuot): são sete semanas a contar depois do primeiro dia de páscoa, que, atualmente, comemora-se a entrega da Torá aos judeus no Sinai. Representam historicamente o dia em que os judeus levavam ao templo os primeiros frutos da colheita (bikurim), como oferenda, em sete espécies: trigo, cevada, vinha, oliva, figo, tâmara, romã.
No Catolicismo, a páscoa é uma das suas festas mais importantes, o que se comprova pela obrigatoriedade de seu maior sacramento somente na época de páscoa, a eucaristia, que a cerimônia de consagração da hóstia e do vinho durante a missa, após a qual é dada a comunhão: os cristãos católicos recebem a hóstia molhada ao vinho, simbolizando a sagrada ceia e a transmutação do Corpus Christi. Considera-se que a comunhão fortalece o cristão na fé e o aproxima de Deus, protegendo-o do mal.
A páscoa acontece durante a festa da Semana Santa, que começa na segunda-feira. Entre os principais acontecimentos há a Via Sacra, celebração que rememora os principais acontecimentos da vida de Jesus na terra, atualmente, em 15 etapas, estampadas em pinturas ou esculturas. Entre elas, na 5ª feira, a celebração da Eucaristia com os doze apóstolos, quando também acontece o chamado Lava-Pés, em que Jesus, dando exemplo de humildade e paciência para com as suas ovelhas, dá a diretriz de como os líderes da sua igreja devem se portar com os cristãos; na Sexta-Feira da Paixão, há a rememória da morte de Jesus na cruz, o que deve despertar no cristão o agradecimento por esse grande gesto de amor; no Sábado Aleluia, acende-se o Círio Pascal, uma grande vela que simboliza a luz de Cristo, que ilumina o mundo material e espiritual, possibilitando voltasse do reino da morte ou Hades, e ressuscitasse, trazendo, ao mundo, uma nova esperança e renovada na fé cristã, o que acontece no Domingo de Páscoa ou da Ressurreição, simbolizando a vitória da vida sobre a morte. Durante toda a Semana Santa, procura-se a conscientização do sacrifício da paixão e morte de Cristo, e, como sinal de gratidão, que se faça uma síntese de sua própria vida, onde cada cristão deve se reavaliar.
Assim, o ovo de páscoa simboliza uma mescla da tradição cultural das duas religiões: do Judaísmo, a fartura e o crescimento da população; do Catolicismo, o surgimento de uma nova vida, ressuscitada na fé e no amor em Cristo e no Pai, que é Deus, e na caridade para com as outras pessoas.
* O calendário romano que é adotado no Brasil tem como início de contagem a partir do nascimento de Cristo. Antes do evento do Cristianismo, o calendário romano contava o tempo a partir da fundação da cidade de Roma.
CRUZ, Ana da. Simbologia Pascoal (Trechos da pesquisa que venho realizando há nove anos sobre as religiões, conteúdo do meu próximo livro, que tenta contemplar a variedade religiosa do povo brasileiro). Mural dos Escritores. URL: http://muraldosescritores.ning.com/profile/blogs/simbologia-pascoal Publicada em
Amigo
É impossível definir por completo o que é um amigo, não existem palavras suficientes no mundo capaz de traduzir o sentimento da amizade.
Amigo é aquele que não te culpa, não te apóia apenas te aceita, dá sua opinião mas se mantém no seu espaço.
O que for contrário a isso pode se saber que não é amizade, quando alguém tenta muda aquilo que você é, realmente esse alguém não pode ser seu amigo.
Não acredito que escolhemos nossos amigos, acho que tudo é uma questão de compatibilidade de essências.
Amigo tem um valor mutio maior do que até mesmo um familiar, porque ele te conhece sem suas máscaras e censuras que muitas vezes colocamos perante a família.
O amigo, ele sente quando você está precisando de carinho, cia e sabe se está com problemas ou simplesmente chateado com algo, antes mesmo que você vá procurá-lo.
Amigo é aquele cujo seu silêncio conforta a alma e te dá coragem, é com ele que você se msotrar frágil sem culpa, medo, vergonha mas é ele também que te mostra a hora de voltar a ser forte novamente.
Amigos são anjos de Deus, que aparecem nas horas e nas situações que você menos espera, eles acontecem mesmo quando um outro alguém tenta escondê-los.
Uma vez li uma frase que dizia assim:
" Quer saber quantos amigos você tem? Dê uma festa... Quer saber quantos são verdadeiros? Fique doente... "
Amigos verdadeiros são assim, você pode ficar longe até mesmo sem conversar com ele, mas quando o reencontro acontece é como se nunca tivesse existido esse tempo de separação.
Amigo é aquele cujo as verdades, por mais duras que sejam, ao serem ditas não são recebidas com agressividade por nós em nosso coração, é aquele que não te mostra por onde deves andar, mas segue junto contigo o caminho escolhido por você.
É aquele que te ajuda a levantar e te faz aprender com o tombo, e não aquele que te limita a cair e não permite que você cresça com os seus erros, mas comemora com você os seus pequenos e grandes acertos.
Por isso seja chato e siga seu coração quando for reconhecer um amigo, pois ele é a outra metade da sua alma que se perdeu no mundo."
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