Mini Textos de Ana Maria Braga
JAVALI
Como quem lamenta muito ela me disse e eu imediatamente questionei:
- Um javali? Por que justo um javali?
Ela não tinha uma resposta, simplesmente deu de ombros e suspirou. Com tantos bichos no mundo ela queria justamente um javali?! Não fazia sentido algum para mim:
- Por que não um gato felpudo ou um cachorrinho pidão? Um coelho branquinho ou ainda uma chinchila?!
Ela jogou-me um silêncio que ecoou pela sala. Pensei que poderia dar-lhe mais opções:
- Tem gente que cria iguanas ou miquinhos. Já vi até cobra e aranha tratados a pão-de-ló!
Ela olhou-me fixamente:
- A escolha já está feita!
Eu dirigia e ela indicava o caminho. Faria a sua vontade, mas não teria como entender a estranha preferência. Pensava nos possíveis motivos... nada parecia razoável! Quem sabe não estava em busca de algum animal mais selvagem? Um tigre não seria melhor, nesse caso? Pelo menos seria extremante belo e com porte de felino, ao contrário de um porco desengonçado e peludo! Ela olhava através da janela ansiosa pela chegada, estava deveras decidida, mas eu ainda via um lamento naquele olhar:
- Tudo bem, nós vamos buscá-lo, eu respeito a sua decisão. Não precisa ficar assim...
- Você não entende... Eu quero muito esse javali, mas ele não me quer!
Pulou do carro nesse instante quase junto com a parada dos pneus! O lugar era aberto, um grande pasto. Ela andou devagar se aproximando de uma touceira e logo apareceram dois pequenos olhos no meio da vegetação. Eu não precisava de mais nada! Estava claro feito o sol... Cinco segundos olhando nos olhos do animal para entender o que ela sentia. Duas horas inteiras para concluir que eu também não saberia explicar!
Antes que se pudesse pensar, o javali sumiu por entre as árvores que rodeavam o pasto.
A FALTA
Um vazio de palavras que não suporto! Os sentimentos por vezes são tantos que os pensamentos não acompanham de modo algum. Correm, mas não chegam! Indecifráveis verdades rondam meus dias... e as noites são absolutamente mudas. Dê-me ao menos notas ou sorrisos e lágrimas! Grite, mas esteja! Desvende meus olhos, oras! Mas, faça-me o favor: explique-me... se as palavras sumiram no exato momento da sua ausência, não acha que em algum bolso seu elas devem estar? Como então devo falar-te da falta que me faz se tudo o que me resta são letras esparsas? Complicado te encontrar... mais complicado ainda te deixar.
POUCO DE TUDO
Naquele momento a saudade esperava mais
Mais emoção
Mais vontade
E até mais agonia
A saudade achou que era muito grande
Mas o corpo reagiu de forma estranha,
Calmo demais
Ficou seco
Uma dorzinha contínua, mas fraca
A saudade não parou como deveria
Saudade estranha essa que fica mesmo quando não tem motivo de ser
Pois como sentir falta de alguém que está presente?
E como sentir tão pouco de tudo?
Vai ver não fazia tanto tempo...
Vai ver a importância era pequena...
Pode ser que até que nem merecesse emoção alguma
Mas, certamente, era saudade.
COISA DE SEGUNDO
Passos lentos
Arrastados
Complicados
Confusos e silenciosos
Até o ar sai em silêncio
Como se precisasse se esconder
Como se fosse errado se mover
A boca nem se atreve a abrir
Mas também não consegue se manter serena
Fica tensa e mordisca os lábios
Enquanto os olhos acompanham tudo
Absolutamente tudo
Até o ar que não sai
Até a lembrança que não some
Até a água que deles não cai
E os passos...
Lentos...
Flutuam por falta de opção
Pelo menos até encontrarem outra vez
O chão.
No meio da noite
Sentada no banco
O banco que se esconde atrás do jardim
A madeira é aconchegante
Ela entende como a solidão é má
A madeira e a menina
A menina é má ou a menina entende?
Não importa
A lua não precisa de detalhes para consolar
A menina percebe que não está sozinha
Ela tem o gelo do banco e o rosto da lua
O rosto que a menina aprendeu a notar cedo
Via nele um rosto triste
Onde a mãe via um coelho
Coisas minhas...
Desde que aprendi a "mexer" com computadores - e já fazem alguns anos, não sei o que é levar meu computador a uma assistência técnica...
E olhe que o bichinho já "deu pau" umas trocentas vezes, como agora há pouco...mas tá beleza. Quebrou? Vou lá e dou "um jeito".
Ahh como eu queria fazer o mesmo quando se trata: da TV, do celular, dos demais eletroeletrônicos, dos eletrodomésticos, dos reparos "pesados" da casa, de veículos, etc, etc e tal...
Gosto de cozinhar (o trivial), mas queria aprender a fazer aqueles pratos "finos" de Chef, sabe? E também aquelas tortas, salgados e docinhos maravilhosos de festa ou os que compro na padaria....
Mas aí, eu acordo! Acho que não dá mesmo pra saber tanta coisa assim, simultaneamente...^_^
E depois, conseguir "dar um jeito" nos cabelos, sobrancelhas e unhas já é meio caminho andado, não? E olhe que isso tudo somado já gera um cansaço de vez em quando...
Se bem que...quando eu era uma pré-adolescente, toda a vez que um rádio ou outro eletrônico morria lá em casa, eu dava um jeito de abrir pra "tentar" ressuscitar o infeliz. Às vezes até conseguia..^_^ Haveria "esperança" para essa parte também? :p
De uma coisa eu tenho certeza: o conhecimento é valioso! E como facilita a nossa vida...
Eu, minhas manias, desejos e reflexões...
(Fabi Braga, 10/11/2014)
Quem roubou o meu sorriso ?
Foi você mãe ?
Quando partiu e para sempre foi embora?
Oi foram os anos de lutas e solidão?
Quem roubou o meu sorriso ?
Foi a injustiça ou a ingratidao ?
Que roubou o meu sorriso,
Acho que foi a tristeza como um ladrão!
Quem roubou o meu sorriso, faça o favor de me devolver,
Pois será sorrindo que um dia feliz irei morrer...
Deixando palavras de vida e de amor,
Rindo das dificuldades e da dor,
E ninguém jamais roubará o meu sorriso outra vez...
Pois meu sorriso estará dentro de mim,
na minha alma,e no meu coração...
E nunca perderei a calma,
Para poder sorrir de novo...novamente
Outra vez.
Quem roubou o meu sorriso, um dia no céu irei novamente te encontrarei, linda mãe,..
E darei um abraço tão forte,
E direi ,finalmente sou um homem de sorte,
E eternamente feliz !
E todo mundo irá sorrir..
Mas por enquanto , como sorrir e ter alegria ?
Com o mundo em eterna agonia...
Como sorrir com as guerras?
Como sorrir com a injustiça social, intolerância racial...
E com tanta fome no mundo?
Quem sabe um dia o amor não vire piada,.
E nos ajude a sobreviver,e subir uma linda escada,
E esse ladrão de sorrisos..... prender...
Texto: Quem roubou o meu sorriso;
De Gilberto Braga, celebrante.
Antes, ao passarem por ali, muitos viam aquele pássaro como se livre fosse, embora estivesse absolutamente acorrentado...
Hoje contudo, me pergunto o porquê de o julgarem aprisionado, se finalmente encontrou a liberdade!
Não reside o problema na forma como o vêem, ou ainda nos olhos de quem por ele passa?
Enquanto isso, a ave segue em seus alegres voos! E a turba segue; e para pra olhar.
É assim na vida; e com algumas pessoas; e com algumas aves.
#aindaDetestoRótulos... :/
#AideNósSeDeusnosVissecomoVemos...
(Fabi Braga, 10/10/2014)
E uma escolha se me põe à frente. Estremeço. Olho em volta. Que fazer?
Dúvidas impacientes batem à porta. Não, eu não quero abrir!! Mãos que suam. O já conhecido frio na barriga. A cabeça ferve! Sinto-me enfraquecendo e...será o fim?
Lembro de um parâmetro já conhecido. Lanço mão dele. Comparo. Então, eis que enxergo uma saída!
Como optaria pela pior das alternativas? E pior por seu aspecto final ou resultante, ainda que seja a melhor nas fases inaugurais...
Decido-me pelo que se mostra sensato, por entender ser isto o melhor. Brincaria despreocupadamente com o que ainda está para ser escrito?
Hora de seguir em frente. E com uma borracha, apago aquilo que seria um ponto final.
(Fabi Braga, 14/10/2014)
Reconhece os teus defeitos. Enumera-os, pois bem sei não ser tarefa fácil apontá-los. E agora, demora-te em observá-los...
Talvez assim encontres maior facilidade para tolerar os dos outros.
Incompreensões não enobrecem a convivência em espaços propensamente comuns.
(Fabi Braga, 15/10/2014)
Que o tempo ao passar, revele a verdade e sinceridade contida em cada "eu te amo" pronunciado. Não que tenha faltado vontade de fornecer provas adicionais. Mas será que as circunstâncias deixaram de existir? Doutro modo, teriam perdido o seu valor e influência? E quanto às demonstrações feitas, dar-se-ia o caso de serem elas esquecidas?
(Fabi Braga, 18/10/2014)
Mulheres que entram no relacionamento, achando mesmo ser possível se manterem donas de seu tempo e de si (e ter paz) - e com expectativas infantis à respeito de homens, que por sua vez esperam - munidos de referências maternas - que sua mulher desempenhe o melhor papel, enquanto sentem-se desobrigados do que é indispensável e lhes pertine.
Fases iniciais: tudo vai indo às mil maravilhas.
Porém o tempo das formalidades iniciais dá lugar ao mundo real.
Reclamações brotam, como de uma torneira que foi quebrada.
Agora os dois seguem a estapear-se, como se estranhos fossem, ainda que - agora - tão íntimos.
Da comodidade de minha observação, me pergunto quando essas criaturas desejarão encarar a realidade, a fim de tornarem aos abraços.
Se tarde demais não for.
#hácoisasqueeumerecusoacompreender
#omaldasexpectativas
#relacionamentoécoisaséria
#escreveunãoleu....
(Fabi Braga, 16/09/2014)
Há pessoas que acham que você deveria ter coisas que elas pensam que você vive a desejar.
O que na verdade não passa daquilo que elas almejam para tua vida, por acharem que sabem o que seria o melhor para você.
Mas....e você com isso?
#pessoasqueachamqueteconhecem
#pessoasinocentes
#sabemdenada...
(Fabi Braga, 16/09/2014)
A forma como vejo...
Faz um tempo que quero falar sobre isso.
(Movida também por um diálogo com uma amiga, hoje)
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Sabe que eu acho um enjoo essas correntes "modinhas" das redes sociais?
TODAS ELAS!!! Aff....Coisas, para mim, sem nexo e que vão levar a lugar nenhum...
Há aquelas correntezinhas chatas que inicialmente trazem uma mensagem lindíssima!! Ah!!!
Embutida, logo depois, vem uma sugestão-ameaça de que você deve transmiti-la para um número x de amigos, porque dentro de alguns minutos, horas, dias ou sei lá o quê, algo de bom vai te ocorrer; isso quando não te joga na cara que se você não o fizer, alguma praga ruim vai bater à tua porta; ou então a mensagem infeliz fica te "cutucando" ao questionar a existência de tuas boas intenções cristãs, frente ao ato de compartilhá-la ou não. PELAMOR!! Haja paciência!
Vou nem comentar sobre os banhos de gelo, de lama, etc, etc e tal!
Daqui a pouco vão mandar a galera se jogar numa fogueira em prol de uma "boa" causa e vai ter gente virando churrasquinho...
Dã....
Se me desafiarem a estas tosquices, nem obterão respostas; prefiro economizar-me! Oras!
Não é que seja pela ausência de humor em mim. É exatamente por não enxergar em coisas tão insípidas, humor útil que seja.
Nada contra as pessoas que compartilham. E também não vou julgar o fato delas aderirem a estas "ideias".
Mas francamente, de onde será que brotam inspirações tão mirabolantes??
Ando achando que o "bom senso" está entrando em extinção...
Originalidade que é bom, nem todos querem.
(Fabi Braga, 03/09/2014)
Quem criou a máscara, não deve tê-la feito com o objetivo de ser trazida todo o tempo.
A máscara pesa. Nalgum momento ela cairá.
E tomara que o que está embaixo consiga adaptar-se à realidade.
Escolha ser sincero. No mínimo com teu próprio ser; e com Deus.
Quem você é?
(Fabi Braga, 24/08/14)
A Felicidade não se traduz pelas letras que a classificam - vocábulo que é.
Ela se estampa de maneira substancial. Essencialmente...
Dispensa provas e gritos quase desesperados de afirmação de quem a conhece e transporta.
Flui simplesmente. Nasce no coração e salta pelo olhar.
(Fabi Braga, 19/10/2014)
Determinadas coisas virão até nós, inevitavelmente.
Eis por que questiono a razão de alguns de nós ainda insistirem numa corrida insana após coisas tais...
Eu preferiria, enquanto espero - e bem sei que não será inutilmente, refrescar-me à sombra!
Quando nascemos fomos apanhados pelo transcorrer do tempo. E ele passará por nós, logo que descontinuarmos.
Já parou para pensar nos porquês para tanto sufoco, pressa e correria, como se as pessoas fossem alimentadas pela ilusão-esperança de que conseguirão o improvável, que é reter o tempo?
Ah, por um instante esqueci-me de que tornou-se usual deixar de degustar o presente, em detrimento de se sofrer pelo que nem dá garantias de que virá!
E não é a isto que deram o nome de Ansiedade?
(Fabi Braga, 19/10/2014)
Gentileza gera gentileza! E você, o que gera?
Quem conhece a história de José Datrino, que ficou conhecido como Profeta Gentileza, na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro, entre as décadas de 60 e 90, sabe que foi ele quem imortalizou essa assertiva - Gentileza gera Gentileza.
Tratei profundamente desse lindo tema no meu livro "O PODER DA GENTILEZA - O modo como você trata as pessoas determina quem você é". E depois de tantos estudos, descobri que a reação das pessoas nem sempre é tão linear ou óbvia quanto imaginamos ou gostaríamos.
De modo que podemos fazer algumas reflexões. Por um lado, pode mesmo ser que gentileza gere gentileza, assim como falta de gentileza tende a gerar falta de gentileza. Algo como "pago na mesma moeda". Entretanto, também pode acontecer da gentileza nem sempre gerar gentileza e a falta de gentileza nem sempre gerar a mesma reação no outro.
Isso significa que, diante de atitudes gentis, algumas pessoas ficam desconfiadas ou com medo de retribuir e se darem mal. Por isso, reagem negativamente. Algo como "quando a esmola é demais, o santo desconfia". Assim como diante da falta de gentileza, algumas pessoas fazem questão de reagir com gentileza só para mostrar que existem outros tipos de comportamento. Algo como "dar um tapa com luva de pelica".
Só por isso, já podemos concluir que pessoas são únicas e agem a partir de suas crenças. E crenças existem muitas. Desde as limitantes e que nos impedem de enxergar alternativas mais criativas diante de um gesto não gentil, até as edificantes, que nos destaca da mediocridade e nos torna pessoas mais alinhadas com o propósito de fazer dar certo.
A questão é: e você, o que tem gerado? Quais têm sido suas crenças? Aquelas do tipo "chumbo trocado não dói" ou "eu não levo desaforo pra casa"? Ou você tem sido daquelas pessoas raras, admiráveis, com quem a gente sente vontade de conversar, conviver, ser amigo ou até algo mais, de tão gostosas (no sentido amplo e profundo) que elas são?
E tem mais: muitas vezes, ser gentil com quem a gente vê uma vez ou outra pode ser bem mais fácil do que ser gentil com quem a gente mora, com quem a gente divide intimidades e até com quem a gente trabalha. Pessoas assim são aquelas consideradas "um doce" fora de casa e "um demônio" dentro, sabe?
É... dessas existem aos montes, infelizmente! E nem se dão conta de que estragam tudo, perdem o melhor de sua própria festa. Tomara que em algum momento antes de chegarem ao fim da vida, sejam privilegiadas com o amargo sabor do arrependimento por não estarem sendo mais coerentes com seu coração e menos preocupadas com uma máscara perfeita para exibir socialmente. E assim, possam recomeçar de um modo mais gentil!
Mas sabe o que é o pior de tudo? É quando confundimos gentileza com educação ou com romantismo. Gentileza, minha gente, não é nem educação e nem romantismo. Não se trata de dizer "bom dia", "com licença" ou "por favor". Nem se trata de mandar flores, preparar um jantar à luz de velas ou puxar a cadeira para uma dama se sentar. Tudo isso é lindo, ótimo e quanto mais você fizer, melhores serão seus relacionamentos, sem dúvida. Mas, ainda assim, não se trata de gentileza!
Gentileza é enxergar o outro de verdade. É escutar mais e falar menos. É ponderar no momento em que ele não concorda com você. É não revidar. É não disputar para ver quem fala mais alto. É conseguir "baixar a bola" no momento em que "o bicho tá pegando". Sabe aquela hora que os ânimos estão exaltados, a briga está prestes a começar e você consegue respirar fundo e propor um consenso? E se não der, que ao menos proponha recomeçar a conversa quando estiverem mais calmos?
Gentileza, meu caro, é ser bem mais fiel ao que você sente do que ao seu orgulho, à sua vontade de parecer seguro, autossuficiente e inabalável. Gentileza é, por fim, ser tão gente quanto qualquer outra pessoa, seja ela quem for. Porque, no final das contas, felicidade tem muito mais a ver com o modo como tratamos as pessoas do que podemos imaginar...
A Cidade Cinza
Primeiro era um aperto. Ela descrevia como um enlace de duas mãos pressionando o coração, com uma delicadeza cruel e quase sádica. Sentia uma desorientação de sentidos, de pensamentos e buscava desesperadamente um abrigo num ponto qualquer onde o olhar pudesse sentir-se seguro. Era em momentos como aquele, distantes dela mesma, que a fraqueza de não se pertencer a vencia covardemente. Um dia, num desses perfeitos dias de sol talvez, ela levantará da cama, porá os pés na madeira agradável do chão do quarto e sentirá uma liberdade pura, a sensação de ser, de estar em si, de estar no mundo sem ser tomada por ele. Num domingo de sol... Num verão ou numa primavera... Num dia azul... E o aperto voltará? Ele virá com a chuva... Mas o sol sempre voltará a brilhar na grande cidade cinza.
O criador de sonhos
Já era tarde da noite... A lua, que era sempre tão clichê, soava até original coberta pela neblina que entristecia o ambiente. Esse era o cenário que eu via pela fresta da janela. No outro ponto de luz fraca estava eu brigando com as pálpebras para manter-me acordado; sentado no chão, com as mãos em seus movimentos repetitivos emaranhadas nos finos fios de cabelo dela... Era do que ela gostava. Era o que a fazia dormir feliz. Eu não me importava com a constante batalha que eu travava contra o sono, nem com o frio do piso; eu queria estar lá quando o sono dela chegasse. E toda manhã, ela acordava, corria para o meu quarto como um gato e me surpreendia com um beijo. Assim aconteceu até o dia em que ela pacientemente esperou que meus olhos se abrissem sozinhos, e disse: “eu te amo”. Então eu soube que, enfim, a minha espera tinha valido a pena. Eu tinha entrado nos sonhos dela.
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