Minha Terra tem Palmeiras onde Canta o Sabia

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A MINHA VIRGEM

Ela me olhava... tão insana me olhava
Com os teus olhos negros enfeitiçados...
Em prazer ensandecido navegava
Ao meu corpo teus desejos maculados...

Ela me olhava... e tão demente cobiçava
Os meus sentimentos endoidados...
Em paixão constante sussurrava
Aos meus ouvidos teus dizeres segredados...

Tão louca, embevecida, minha virgem,
Minha pomba, minha deusa da vertigem,
É dos meus olhos teu real engano...

Que inculta à insanidade ela me via...
Ao meu olhar, que de ambição ensandecia
Sem eu mesmo a ver de corpo humano...

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O ENCANTO D’ELA

Depois, que ao amor, amo você,
Minha tristeza se vai de mim...
Mas quando o amor nos chega ao fim
Na solidão volto a sofrer...

Em melancolia, tristeza tanta...
Não me há beleza, não me há estrelas;
O amor em mim só se levanta
Quando ao seu amor estou de vê-las...

Não há por quem esse sentimento
Qual de você eu sinto tanto,
Nem paixão, nem movimento

Com tão amor, com tão espanto
Qual de você num só momento
Hão de fazer em mim, sofrer-de-encanto.

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SONHO DE AMOR - II

Somente você
em minha vida
é o perfume,
o beijo, é a lida,
a paixão,
é o pulsar do coração
que te vive
cheio de esplendor...

Somente você, oh,
num lindo existir
é de mim o sorrir,
somente você
é meu sonho de amor...

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NAS ERAS D’ ELA

Estrela dos meus céus e dos meus delírios,
Fonte de meus desejos e da minha paixão,
Flor que entre os espinhos me reluz os lírios,
Vida de minha vida e do meu coração...

Lua de cor plena, luz dos meus martírios...
Água de minha sede a me banhar as mãos,
Anciã dos meus pecados e dos meus satírios,
Eis a minh’alma em sua imensidão...

Fazeis d’ela unção, que de mim és santificada.
Oh rosa de acalanto e amortalhada,
Amor de meus amores aos céus perdidos...

Vida que me és estrela aos sonhos loucos
Nada te és em vão, nem tempos são cavoucos,
Eis que n’outro ressurge o teu amor antigo...

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A MINHA PROVA

Dados os meus dias de orgulho e de sol
Por Aquele que vence o desalento e a dor.
Fez-me um rei com beleza de arrebol,
Fez-me um anjo d’asas brancas e de amor.

Dados em mim os cânticos do rouxinol
Por os arcanjos das noites e do esplendor.
Fizeram-me alto, um bendito, um escol
Entre os mortais de paixão e de primor.

O mau? O que me interessa se no mundo
Todo o amor foi me dado, e se profundo,
Eu vivo por compor um ente idolatrado?

Eis o meu império de orgulho e de raça...
Minha ação, meus sonhos, minha desgraça
Vence-me à vida o Deus do meu curvado!

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ASPIRAÇÃO VIVA

Tu és dos meus dias o vento norte!
A tocar a minha pele em ar quente,
Beijando-me a face, insano, tão forte
Por deixar o meu sentir elouquente!

Tu és dos meus dias a brisa da sorte,
O findar do meu aspecto plangente...
Que, no avarento momento da morte,
Deu-me vida com um beijo ardente!

Morto por cansado num afeto triste,
Deste-me o beijo d’um amor que existe
Dentre as almas mortas esquecidas...

Que bem os desejos que sinto agora,
Sejam eternamente pela vida a fora
Os ventos a beijarem as faces perdidas!

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HORAS QUENTES

Se eu pudesse ter-te, oh, amada minha,
Nesta hora em que os desejos aflorados
Consomem todos os medos e pecados
Deste Poeta louco que te adivinha...

Toda louca que tu és, bem à noitinha,
Vem ao pôr-do-sol a lua dos amados
A deixar-te em suspiros amargurados,
A estender-se pela noite, tão sozinha...

Se eu pudesse ter-te às horas quentes,
Sob roupas íntimas que te põe ardentes,
Rasgaria em linhas as vontades tuas...

Deixaria estas loucuras sem passado...
E no momento que tivesse do meu lado,
Suavizados, faríamos amor... às luas!

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CINDERELA

Era ela, a minha amada: a que alucino...
Veio pra mim naquela carruagem.
– Bem que eu sabia que seria ao meu destino
Aquela que me era uma miragem...

Veio ela, sem que me fosse de passagem,
A minha poesia, o meu sol, o meu desatino...
Era ela: o meu encanto de roupagem,
Veio pra mim com seu amor intenso e fino...

Era ela, a minha amada, aquela coisinha,
De amar sem sofrer, sem sentir dor,
– Que das canções alucinava de ser minha...

Mas quando de verdade eu a cantava... ai, o dia!
Uma luz a iluminava em tão primor
E me acordava da mentira em que eu sorria...

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O MEU ÓDIO

A minha vida é d’uma saudade imensa...
Daquele que em mim pouco sente,
Num profundo notar, de toda a gente,
Daquele que vagueia e nada pensa...

Ando a desventura do que me intensa...
Ao meu falsado, sem que a frente
Eu consiga enxergar o que há contente
Nesta altiva agonia que me extensa...

Olhando por este mundo toda desgraça,
Do sentir que eu sinto, só por graça,
É o viver deste anseio dentro de mim...

E por este sentimento, por esta vida,
Do amor é o meu ódio, é a lida,
Que de saudade eu vivo sem ter um fim...

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A MINHA CASA

Amo-te, escuro-silêncio, dos amados,
Quais na tua solidão se alimentam!
Aos seus amores não inventam
Olhos caídos de sentidos conjurados.

Amo-te, escuro-silêncio, dos pecados,
Quais nos teus ardores amam!
Nas tuas entranhas cantam
Aos espíritos que te vagam desolados...

Das almas que a tua casa é conforto,
Sou de igual mendigo-absorto
No desejo ao teu perfume, em flor...

Amo-te, escuro-silêncio, das sepulturas,
Dos quais te morrem às amarguras
Por renascer dentre as verdades o amor.

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VOCÊ É TODA A MINHA LUZ

Quando nesse mundo eu não tiver
Mais a sua luz, meu amor, o teu viver,
Nada em mim poderá dizer
Que o sol nasce todas as manhãs,
Que a lua brilha na paixão
E que no meu coração o sangue faz pulsar
No seu todo e intenso esplendor...

Quando nas estrelas não luzir
O fulgor azul dos céus, é que o seu olhar
Dentre os astros fez se apagar
Todo o amor que entre nós foi de existir...

E nada mais, meu amor, nada mais
Me será de luar e até mesmo de sorrir...

Se que um dia isso puder acontecer
Nada mais de profundo que não de você
Eu poderei dizer de amar...

Hoje ainda há o sol sobre as montanhas,
E o meu todo amor por você
Somente haverá de se desfazer e apagar
Quando nesse mundo eu não tiver
O que em mim se faz dizer
Que só você, meu amor, há de existir...

E quando de você o fulgor azul dos céus
Dentre as estrelas não brilhar,
É que entre os astros fez se apagar
O amor que entre nós é de eu sentir...

E nada mais, meu amor, nada mais
Me será de luar e até mesmo de sorrir...

Inserida por acessorialpoeta

O NOME DELA É PAIXÃO

Tão deslumbrante, minha rainha, meu amor.
Pele de seda, cheirosas curvas, quente...
Com teu brasar de atração e de furor
Esquece-me o mundo ao teu beijo eloquente!

Tanto aos deuses eu a roguei... Tão dependente,
Aos meus insanos carinhos de primor...
Que me destes aos teus íntimos, simplesmente,
Como profana de ternuras e de esplendor!

Visão sem olhos, à alma louca fosse outrora...
Pois minha prenda, minha pomba, tu és agora
O meu conforto ao deserto frio de ansiedade...

Como as rosas, eterna tu me seja a deslumbrar...
Pois que o meu corpo tu já fazes exaltar
Desde o princípio em que te vejo à insanidade...

Inserida por acessorialpoeta

A MINHA BÊNÇÃO

Vida nua... mariposa das noites, fria
Qual um rio corrente, sem nada,
Sem destino e desvairada,
De caminho torto... de ardentia...

Vagueando curvas de pecados, fugidia
Em preces dolentes, maculada
Rompendo o sol, e desgraçada
Como as rochas vagas... de agonia...

Silêncio de bênçãos... branca alma
Arrastando saudades... sem talma
Poisando os pés descalço em dor...

Vida além... Ah, pobre vida além...
A vaguear no mundo... sem ninguém...
No mendigar dum só pouco amor.

Inserida por acessorialpoeta

PECADOR

Espírito imortal, escuro, rastejante...
Alma maligna, deixa-me viver,
Minha vida miserável a percorrer
O caminho do meu sonho, doente.

A cura dos meus pés haverá de ser
Nas trevas da estrada, coerente,
Que insana minh'alma descontente
Já é dor, já é queimar, a não morrer...

Vida que pós vida será amor, será?
Ser deslumbre, quem há de amar
Se lágrimas estende pelo caminho?

Deixa-me viver sem mesmo amor
Que a ti suplico o esplendor,
Triste e curvado, mesmo sozinho...

Inserida por acessorialpoeta

⁠SONETO ETERNO
(A Heloiza Fernanda)

Alma de minha vida! Filha do meu amor
Que me enfeita o coração, eternizado!
Dentre o céu, nos meus ais, ao meu fulgor,
Estarás nos meus rosais imaculados.

Para sempre na minha lida sem quer dor
Serão tuas vontades, meu eterno fado...
O meu caminho, mesmo torto, no esplendor
Do jardim dos teus florais serei brocado!

Alma de minha vida! Infante é o teu viver...
Sentimento, ainda não sabe amar...
Paixão grandiosa, um dia, haverá de ter...

Por tudo serei por ti, mesmo absorto...
Aos teus olhos de sorte, meu som, meu ar
Estarás por ti sentir, eu mesmo morto...

Inserida por acessorialpoeta

⁠INTERROGADO

Ninguém amou! Os meus dias vão passando
Nos meus sonhos, na minha dor, na vida
Das escolhas da minh'alma já perdida
Entre as essências do amor! Interrogando

A toda a gente o que sou, que vou criando
Força nos meus braços na subida
Da estrada, nos espinhos, nas feridas
Do mal que aos caminhos vou ganhando!

De humano torturado entre as trevas
Nada me ganha, um coração inatingível,
A pulsar entorpecido, e ninguém leva...

Quem me sorriu a esta vida? Quem chorou?
Quem por mim já reluziu o impossível?
Nem entre os meus sonhos, ninguém amou!

Inserida por acessorialpoeta

chuva


chuva que cai sobre a minha sombra
dando vida e traços ao inanimado
revele as goteiras do meu coração
com todas suas dores e vantagens

chuva que cai sobre as nossas vidas
entre raios luminosos e eternos trovões
traga de volta aquele jardim de flores
com a complexidade da tempestade

chuva que cai sobre as minhas mãos
trazendo a sensação de eterna solidão
me mantenha vivo até o próximo verso
com a sua paixão pelo incompreendido

Inserida por Ancelmobento

Minha mente
é o meu mundo,
e eu tenho medo
a qualquer momento
eu posso acordar
de um pesadelo
que eu mesmo criei.

Inserida por Ancelmobento

⁠⁠A dor da despedida

Amor,
a minha dor
só não perde
para a sua dor
porque doí
mais em mim
do que em ti
e vice-versa.

Inserida por Ancelmobento

Até breve

⁠Se puderes
e se quiseres
seja solenemente
a minha saudade
após um breve
até breve.

Inserida por Ancelmobento

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