Minha Terra tem Palmeiras onde Canta o Sabia
Não precisas olhar o céu Para veres a estrela mais brilhante Ela está junto a ti Como um poema cantante Ela saiu do teu ventre Como água a nascer Gerado de uma semente Que o amor fez florescer E essa estrela vai sempre te amar Pois vais ser o céu que a vai acarinhar Será sempre a razão do teu viver Sendo sempre terra segura Suportando marés de amargura Para que a vejas a sorrir e crescer!!!"
Nunca deixe de sorrir, menina-mulher
Seu sorriso canta, encanta
Transborda, borda a borda
Contagia, gira, o contra-giro.
Desejos vãos
Eu queria ser o Mar de altivo porte
Que ri e canta, a vastidão imensa!
Eu queria ser a Pedra que não pensa,
A pedra do caminho, rude e forte!
Eu queria ser o sol, a luz intensa
O bem do que é humilde e não tem sorte!
Eu queria ser a árvore tosca e densa
Que ri do mundo vão é ate da morte!
Mas o mar também chora de tristeza...
As árvores também, como quem reza,
Abrem, aos céus, os braços, como um crente!
E o sol altivo e forte, ao fim de um dia,
Tem lágrimas de sangue na agonia!
E as pedras... essas... pisá-as toda a gente!...
Florbela Espanca - Fanatismo
Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não es sequer razão do meu viver,
Pois que tu es já toda a minha vida!
Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo , meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!
"Tudo no mundo é frágil, tudo passa..."
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!
E, olhos postos em ti, digo de rastros:
"Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu es como Deus: Princípio e Fim!..."
"Comparar artistas é desnecessário, cada um canta de uma forma diferente e isso não faz com que um seja melhor que o outro."
Surdina (em Alma Inquieta)
No ar sossegado um sino canta,
Um sino canta no ar sombrio...
Pálida, Vénus se levanta...
Que frio!
Um sino canta. O campanário
Longe, entre névoas, aparece...
Sino, que cantas solitário,
Que quer dizer a tua prece?
Que frio! embuçam-se as colinas;
Chora, correndo, a água do rio;
E o céu se cobre de neblinas...
Que frio!
Ninguém... A estrada, ampla e silente,
Sem caminhantes, adormece...
Sino, que cantas docemente,
Que quer dizer a tua prece?
Que medo pânico me aperta
O coração triste e vazio!
Que esperas mais, alma deserta?
Que frio!
Já tanto amei! já sofri tanto!
Olhos, por que inda estais molhados?
Por que é que choro, a ouvir-te o canto,
Sino que dobras a finados?
Trevas, caí! que o dia é morto!
Morre também, sonho erradio!
- A morte é o último conforto...
Que frio!
Pobres amores, sem destino,
Soltos ao vento, e dizimados!
Inda voz choro... E, como um sino,
Meu coração dobra a finados.
E com que mágoa o sino canta
No ar sossegado, no ar sombrio!
- Pálida, Vénus se levanta...
Que frio!
ASSALARIADO
toca o sino
hora marcada
canta o hino
porta de entrada
preso à senha,
aos pés do senhor
contínua resenha
sem dor nem amor
anos trabalhando
vida rotineira
se aperfeiçoando
na mesma prateleira
toca o sino
vida encerrada
anos de hino
sem fim a estrada
O Poeta e os pássaros
Em minh'alma a poesia canta,
Como mágica se transforma em ternuras,
Os pássaros descem para eu ouvir os seus cânticos,
Meus olhos de menino ficam fixados na beleza dos beija-flores,
Meu coração dispara,
Tudo se torna belo e colorido,
A felicidade aumenta,
Mesmo tímido tento agracia-los com pequenos versos,
Mas eles não se contém com pouco,
Querem mais,
E muito mais,
Me incentivam e acabo compondo,
Para cada um faço uma melodia,
Assim são minhas infinitas horas,
Em doces mistérios,
Em doces martírios,
Na mesma hora que dói em mim,
Ao mesmo tempo me faz sentir vivo e livre como eles....
Destino único,
Pássaros e o Poeta juntos,
Em um cenário que nem eu mesmo sei descrever....
Autor :Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
No sertão!
Cedo a gente se levanta
seja o dia bom ou ruim
cada passarinho que canta
nasce uma flor nesse jardim
entre o almoço e a janta
a comida não é tanta
mas a honestidade sim!
Nem tudo que se pensa se fala
Nem tudo que se fala se canta
Nem tudo que se canta se vive
Nem tudo que se vive se ama
Nem tudo que se ama se tem
Nem tudo que se tem se deseja
Nem tudo que se deseja se sente
Nem tudo que se sente é correspondido
Tudo que não é correspondido
É esquecido
Canta inquieta e solitária uma ave,
talvez em busca de companhia,
aprecio com calma a voz dela,
temendo que cesse a melodia
Ela só quer sozinha ficar
num jardim de flores perfumadas,
esperando que chegue o anoitecer,
para partir, voando sobre a invernada
Ave que sabe bem seu rumo,
como ela deveríamos ser,
ter um bom momento especial,
depois seguir, simplesmente viver !
Eu sou rimas de amor
Que canta e encanta
Que escreve versos e cartas de amor
Que ler poemas e poesias com delicadeza
Para quem ama em cima da cama
Debaixo do cobertor.
Viva, ame, e deixa a vida pulsar
deixa a vida acontecer.. Canta, liberta o riso!
Fortalece-te, encoraja-te, ora, exalta, dança!!
Abraça, entrega-te.!
Respira, suspira, sonha, idealiza!
Vive, ama, e deixa a Vida pulsar.!
Que país é esse? Como canta Legião Urbana. O contraste é violento e imediato, de um lado uma lindeza deslumbrante, do outro pessoas que pela própria imoralidade e interesses pessoais, o torna um imenso caldeirão de ilegalidade, ineficiência e injustiça.
O passarinho na gaiola.
Ele observa o céu e canta com mais intensidade... seria um canto ou grito de socorro? Olho pro céu e sonho em ta lá, no alto, distante... Imagine quem tem asas. Nós realmente temos costumes estranhos ao engaiolar o que amamos. É o "tomar pra si" falando mais alto. O mundo interior ainda vai acabar muitas vezes, até que se entenda que não possuímos seres, e até mesmos os sentimentos vão embora. O sentir é livre. Depois disso, o mundo lá fora vai ser mais bonito... Mundo livre!
(en)canto
no cerrado canta a cigarra
quer o (en)canto dum par...
canta, numa tal algazarra
até o teu peito estourar...
e neste som de guitarra
baila, seduz, sem parar...
de carência ou garra
a cigarra quer casar...
é sofrença ou farra
ou carma a carregar?
neste mantra se agarra
até a lua raiar...
é fanfarra
é verão à anunciar...
então, canta cigarra
a vida tem de continuar!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
outubro de 2019
Cerrado goiano
Violeiro chora a viola
Violeiro, está viola canta
e chora a saudade deste chão
este chão árido que o pranto na garganta
canta os amores nas cordas desta canção...
No meu peito também chora
este choro que não vai embora
junto da viola, que vai no raiar da aurora
Violeiro, chora a viola no meu pranto
deste desencanto que a sorte me reservou
se podes neste canto me consolar tanto
não se acanhe em espantar a solidão que aproximou...
No meu peito também chora
este choro que não vai embora
junto da viola, que vai no raiar da aurora
Violeiro, canta a viola no choro dos amores
se hoje sozinho, tenho ela cancioneiro e senhora
então consola minha solidão e minhas dores
daqui só saio se a viola for embora...
Viola e violeiro deixam eu ter este proveito
do canto e choro da viola, em poesia
pois assim alivia o meu peito...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Maio, 2016
Cerrado goiano
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp