Milagre do Nascimento
Vou nadar até alcançar o alto mar sobe uma noite de lua cheia e depois descer ao fundo lá onde é escuro e frio vou aguardar o fim da minha vida e depois que meu corpo desaparecer por completo que eu refaça meu corpo com o sopro de toda a vida ao redor de mim.
Estava lá eu sentado a sombra de uma arvore só e numa área de cerrado olhando pro céu cinzento de chuva esperando meu espírito deixar meu corpo e ter então a liberdade no último segundo de vida pude ver uma flor se abrindo a meu lado.
Vou correr o Maximo que puder quero alcançar a floresta lá onde á mata é mais verde onde é mais úmido onde tem mais vida me sentar e olhar pro céu cinzento de chuva e lá vou ficar até que todo o mau que carrego dentro de mim tenha então o fim.
Aqui sentado no topo do mundo observando a vida que levei lá em baixo tenho em fim a certeza da minha real existência devo desaparecer desse mundo vou voar até o sol e depois que todo o mal tiver o seu fim quem sabe possa retornar a terra e me torna naquilo que nesse pra ser uma gota de água que alimenta um pássaro.
Vou voar até o espaço e lá ficar ouvir a música é meu objetivo a verdadeira música aquela que só se pode ouvir no silencio absoluto da morte.
UMA COISA DE NADA
Uma coisa de nada nos cativa, / Uma simples promessa. Uma esperança. / O mundo que há em perspectiva / No coração duma criança.
Em complementos de razões eu me encontro
Por motivos de padrões eu me ausento,
de uma sociedade cujo o “eu” vale mais que “nos”
Em evolução à sociedade estaria
Se o mal do egoísmo não os atingisse
Evoluiu... Evoluiu... Evoluiu...
Mas não evolui mais
Porque? Porque! Porque?
Em evolução à sociedade estaria
Se o mal da preguiça não os atingisse
Quase... Quase... Quase...
Chegou perto
Mas não
Não foi dessa vez
Porque? Porque! Porque?
Em evolução a sociedade estaria
Se a falsidade não os atingisse
Persistiu, persistiu, persistiu
Mas não chegou nem perto
Porque? Porque! Porque?
Foi assim que eu escrevi
Sem pensar no amor
Fluí mas não sobrevivi
Ao amor que estava ali,
Fluí... fluí... Morri.
Vida bela. Dançando conforme a música
Aprendamos a dançar com qualquer música que a vida nos ofereça.
Não tentemos mudar o passo e acabar tropeçando no meio do rítmo.
Sabamos deixar a mente escutar a toada, se adequar e guiar os pés é a melhor forma de conviver com todos os nossos sonoros dias, barulhentos ou não.
Assim, a gente não se estressa, não perde a essência dela e seguimos mais na leveza, tirando melhor proveito do real sentido do nosso ser, da nossa única vida, bela, se assim eu o quizer.
Que na dança da vida a gente possa sorrir e seguir com fé em nós, crendo em nossos sonhos e dançando no compasso que a própria vida quiser!
Sigamos assim, até que cesse o derradeiro e fraco acorde do "diapason" que ditou todo o nosso ritmo vital, e possamos, sossegados e para sempre, eternamente dormir.
DOIS MUNDOS
Anjo da paz dos enfermos, anjo negro dos pecadores, anjo que aguardo, venha completar sua missão e levai esse ser que hoje caminha em dois mundos, pois meu corpo permanece entre os vivos, mas a alma não encontra razões para permanecer, se muitos lutam eu apenas pedirei que me levai ao dormir pois sem ela ao meu lado jamais desejo acordar.
Nossa vida é um rio
que vai dar no mar,
pleno leito derradeiro
assim nos completamos
vida, rio e mar,
repouso verdadeiro.
Quero estar aqui hoje tanto quanto quero estar longe amanhã. Quero ouvir as ondas do mar tanto quanto saborear o silêncio do deserto. Quero estar sozinho hoje e amanhã não. Quero provar todos os sabores da vida mas não quero me fixar no mundo. Quero ser como um cigano e rebuscar meus planos.
