Metade de Mim
Uma caneta e um lápis
Unhas sem esmaltes
Goleiro sem bola
Estudar sem escola
Isso é metade de mim..
Caminhar sem os pés
Voar com papéis.. fingindo ser asa,
É caminhar no escuro e ver a luz do futuro..
É sangrar sem ter sangue
Comer sem ter fome
Não entender o que passa mas saber que é assim..
Rir sem ter graça
Isso é metade de mim..
Gritar sem ouvir, tocar sem sentir
É viver e morrer.. morrer e nascer..
Pintar sem ter tinta
Matar sem ter vida
Cantar uma canção tirada do coração que a alma partiu..
É viver por viver..
É morrer pra existir..
Tudo Isso é metade de mim.
Colapso
Você é;
o que deveria ter sido,
o que nunca foi esquecido,
o que me sustenta de pé.
Só você é,
minha certeza sem fim,
a outra metade de mim.
Messalina, Cleópatra, Catarina
Enquanto o dia não chega
E a noite não termina
Metade de mim agora é assim
Messalina, Cleópatra, Catarina
No espelho do teto eu percebo meu corpo
Indo onde ninguém jamais esteve
Quero o mesmo tratamento que ofereço
Nem pena, nem afeto, nem apreço
Chego perto da obra-prima
Livre de toda a dor
Arranco de mim palavras perdidas
Ardo em febre
Aberta em flor
“Metade de mim é amor, e a outra metade é desapego. Metade de mim é saudade, e a outra metade é suficiência. É que metade de mim é encanto, e a outra metade é desprezo. E entre tantas metades, que eu já nem sei, escolhi ser completo por inteiro. É que metade de mim é sentimento, e a outra metade também.”
Que a morte daquilo que eu acredito não me tape os ouvidos nem a boca;
Porque metade de mim é o que eu grito,Mas a outra metade e meu silêncio.Que a música que eu ouço seja suave, que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece, apenas respeitadas como a última coisa que me resta, que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada;
Porque metade de mim é o que penso, mas a outra metade é um vulcão. Que o medo da solidão se afaste,que o espelho que reflete meu rosto me lembre o doce sorriso da minha infância porque metade de mim é a lembrança do que fui, mais outra metade eu não sei. Boa noite.
Metade de mim.
Eu sou um pouco daquilo que seus olhos conseguem enxergar.
Um pouco do que o seu cérebro consegue detectar.
Sou um pouco fera e um pouco felina, às vezes madura e às vezes menina.
Em parte sou o que quero ser, às vezes calada, às vezes risonha.
Não procuro malícia e nem tão pouco desprezo.
Não sou de falar de mim porque gosto que as pessoas me conheçam.
Vivo o presente relembrando o passado e projetando o futuro.
Porque metade de mim é razão e a outra metade é emoção.
Metade de mim
Nem tudo em mim é pureza ou ternura.
Parte de mim é temor e a outra bravura,
Parte de mim é curiosidade e a outra loucura.
Sou livro de cifras, sem manual ou gravura.
Mas ao mesmo tempo sou simples, feita por Deus como toda criatura,
do mesmo material, forma e textura.
Sua imagem e semelhança; por fora, a mesma espécie e estrutura.
Mas por dentro não, e comparar seria em vão.
Dentro de cada ser, cabe um universo
Por isso seria perverso
Julgar o poeta lendo somente o primeiro verso.
Para os que insistem, o motivo eu expresso:
Se erro é porque não sei escolher direito!
Então penso um pouco a respeito,
e percebo que não nasci pra ser predicado e sim sujeito.
Entendi que quem me guia não é a razão, e sim o que bate no peito,
Foi aí que ganhei o direito de ser imperfeito.
Passional demais pra levar a vida com brandura,
não temo a queda,
Mas sim o desamino e a amargura.
Por que parte de mim é fogo, apesar da queimadura
a outra é brasa, esperando aumentar a temperatura.
Então não estranhe meu jeito estranho de querer bem
Só sou assim, porque metade de mim é amor...
e a outra também.
Metade de mim ainda te ama e a outra metade está se recuperando de todas as feridas que você causou.