Mensagens de Tristeza
ECOS DO SILÊNCIO
amanhecerá
entre a penumbra de um dia e outro
o ruído do silêncio fazendo eco na madeira dos móveis
o criado-mudo tão mudo quanto antes
estático na sua velha roupagem de verniz vencido
— o tempo deixa marcas me disse, mudamente
— e eu que achava que não... sorri sardônicamente
silêncio lá fora. barulho lá dentro
o vento soprando as horas como se o tempo fosse vela
entre um silêncio e outro [o ruído do tempo]
esse barulho que não passa... virá de fora ou virá de dentro?
AURORA
Querida Aurora ,
Não chores por que já é domingo
E nos domingos meu bem,
As dores não passam
e as lágrimas não cessam
Não chores agora querida,
Por que agora é domingo à tarde
E nos domingos Aurora
Teu pranto é mudo
abafado,
inaudível
taciturno.
Afásico como as paredes duras
que esconde os monges
Não chores pois teus olhos ardem com o sal das lágrimas
E as lágrimas ardem minha querida Aurora
Ardem como o sal dos mares que corrói as rochas
e é domingo Aurora
Domingo não tem carteiro,
Nem cobrador,
Nem bufarinheiro.
Nem entregador de flores.
Ninguém pra bater no bater na tua porta,
chamar por teu nome,
olhar no teus olhos ,
e perguntar por que choras
Não chora hoje
Chora amanhã Aurora
Amanhã tem carteiro
Cobrador
Bufarinheiro
e entregador de flores.
Hoje não. Hoje é domingo à tarde.
E domingo é duro Aurora.
Um mundo que tenta eliminar o negativo para parecer perfeito mas, ao fazer isso, apaga o que nos torna vivos.
É possível?
Eu preciso de ajuda,
Eu não vou aguentar
Estou em desespero,
Você pode me ajudar?
Quer saber o motivo?
Entrei numa enrascada,
Meu coração está cativo,
Com a tristeza entrelaçada.
Como isso foi possível?
Tentarei explicar,
Me deixei enganar,
Me sinto atingido por um míssil
Casamento não é uma caça, é uma conquista. É necessário mudar a si mesmo para viver em paz juntamente a outrem... pena que poucos alcançam esse estado. Morrem fadados a uma vida de insignificância, de constante inquietude para matar se o que dói, mas em contraste, constrói.
A maneira mais fácil é continuar postando irrisórias fotos para o mundo, e fingir que está tudo bem... por mais que o vazio ainda permaneça em ti.
estou inquieta
Minha cabeça não para
E não consigo mais dormir
Não sei se estou infeliz
Insatisfeita com a vida que estou levando
Sei que quando levanto
Algo em mim se move
Ou fica no mesmo lugar
E isso me atordoa
Mais que lábios em minha boca
Corpos grudados no meu
Sonhos que não decifrei
Pessoas me acordando que não sei quem são
Por isso a revolta
Por isso peço pra algo maior a proteção
Pois preciso ,
No sonho tentaram me vencer
Mas não conseguiram
Não aguento as vozes em minha cabeça
Isso tudo por que ?
Por que e pra que viver tantas injúrias
Antes fosse de amor
Tentei dormir de novo
Não consegui
No silêncio do fim do dia
Silenciosamente o sol desaparece numa fenda no horizonte
Tento...não consigo... não consigo meu amor confessar
parece que só o silêncio torna possível,
possível exprimir....
só o silêncio consegue esse amor traduzir.
É tão difícil...
Vencer o silêncio?
Não... não é um silêncio pra ser vencido...
O silêncio entre nós é audível,
é todo o nosso dizível....
é visível e todo colorido.
É tão silencioso....
Entre nós tudo,
tudo é tão intensamente silencioso.
Sabe o que é tão difícil?
... a tristeza que o fim do silêncio pode causar,
estou achando mais fácil
suportar um silêncio que não para de falar...
um silêncio que não cala
porque tem medo de ouvir e não suportar.
só pra me alegrar....
Quem sabe?! No silêncio do fim do dia ouço você me dizer que pra sempre irá me amar?
... e todo meu medo dessa escuridão apagar?
A Sombra da Ideia
Em que canto se esconde o real,
senão na lembrança do que não foi?
O mundo é reflexo desigual
de algo que pulsa… mas já se foi.
Toquei o belo com olhos fechados,
buscando formas no véu da razão.
Mas o que vi eram traços borrados
de um ideal preso na ilusão.
A alma — essa prisioneira antiga —
geme por algo que não sabe dizer.
É sede de luz, mas sempre ambígua,
no espelho das coisas por conhecer.
Caminho entre sombras projetadas,
tentando lembrar o que nunca vivi.
Meu peito carrega estradas fechadas
e um silêncio maior do que eu previ.
Ó verdade, tão longe e tão pura,
por que deixaste migalhas no chão?
Sigo-as sem fé, mas com ternura,
como quem ama sua própria prisão.
FUGA DO LABIRINTO
As inumeras tentativas do homem de se reencontrar usando os métodos atuais de satisfação e felicidade, com todo gênero de paliativo, ou elemeno externo, frustou-o.
Não apenas o indivíduo pede socorro, mas, a sociedade inteira, geme.
Assim, nessa busca ávida, o mundo caminha para um declinio apressado, egoísta e inconsequente.
Edonismo é a religião obrigatória e os que se voltam contra, são tidos como fundamentalistas, reacionários ou caricatos.
Nesse sentido, faz-se necessário que um contraponto se manifeste destemidamente e, absolutamente consciente da responsabilidade de ser uma referência alternativa, diante de uma geração tão angustiada e de almas líquidas que se mostram no horizonte.
No entanto, há esperança para o mundo; o retorno à Deus, à espiritualidade e aos princípios que nos sustentavam, antes de entrarmos nesse labirinto humano, só para se mostrar independente do divino.
Admitamos, foi um erro.
Entre sombras, surgiu o amor,
Doce e breve como a flor,
Dois corações que se encontraram,
Em um mundo onde se perderam.
Ela, a luz que o guiava,
Ele, o silêncio que a guardava.
Mas o tempo, implacável dor,
Soprou ventos de pálido temor.
Promessas feitas, jamais cumpridas,
Vidas entrelaçadas, já divididas.
Em desespero, um passo ao fim,
Onde o amor sucumbe ao jardim.
Ela partiu, ele chorou,
No abismo, a alma se lançou.
E na queda, no último alento,
Morreu o sonho, calou-se o vento.
Era um sonho, tão lindo, tão doce,
Onde o amor florescia sem fim,
Caminhávamos juntos, de mãos dadas,
Sob o céu, sob estrelas sem fim.
Nos teus olhos, eu via o futuro,
Um mundo de luz, sem dor, sem pesar,
Mas era um sonho, ilusão passageira,
Que ao acordar, só me fez lamentar.
O vento soprava promessas vazias,
O tempo brincava de nos enganar,
Pois o amor que senti nos teus braços
Nunca existiu, não podia durar.
Era belo enquanto dormia,
No silêncio onde a alma se perde,
Mas a vida, cruel, me acordou,
E no vazio do dia, ela arde.
Agora caminho sozinho,
Na estrada que a realidade construiu,
O amor era sonho, um suspiro distante,
Que nunca viveu, nunca existiu.
E fere a vista...
E dum ou doutro...
Aonde agora quase sempre chego...
O indiferente...
O oposto...
O adversário...
O surdo-mudo...
O recalcado...
Grosso...
Mal educado...
Os mortos reclamam...
Enquanto batem os pratos...
Enrolam seus baseados...
Enchendo seus copos...
A melhor palavra...
É o silêncio...
As idéias...
Um sonho...
De um louco transloucado...
Onde se acenam somente os olhos...
Poderia beber a humildade...
Mas recuso o cálice sagrado...
Poderia comer com os porcos...
Mas sinto-me entendiado...
Prossigo meu caminho...
Desta obra a concluir...
Há vida...
Há murmúrios pelas praças...
Mas como nada vem de graça...
Batalho por existir...
E a triste e dúbia luz...
De quem tenta me ferir...
A Deus peço misericórdia...
Por assim esse coitado insistir...
Apenas magoa-me a saudade...
Do tempo em que habitava...
A transparência da inocência...
Em mim...
Roubada...
Sandro Paschoal Nogueira
Sinto como se estivesse flutuando em um vazio sem fim. Cada dia parece uma repetição do anterior, e a sensação de que nada importa me consome. As coisas que costumavam trazer alegria parecem distantes, como se pertencessem a outra vida. A falta de motivação é uma sombra constante, e me pergunto se há algum propósito nesse mar de indiferença. O que me resta quando a esperança se esvai?
Reconhecer a ignorância nos convida a olhar o mundo com curiosidade, em vez de indiferença ou preconceito. É como abrir uma janela que estava fechada e permitir que a luz de novas ideias e realidades entre em nossas vidas. Essa abertura pode ser desconfortável, mas também é libertadora, pois a ignorância, no fim, é uma escolha entre a estagnação e o movimento. Ao nos dispormos a aprender continuamente, podemos superar barreiras e, assim, contribuir para um mundo mais compreensivo e inclusivo."A dualidade da vida", vol.1.
#th_historiador
Paradoxo do Cansaço ao Despertar:
Acordar cedo aumenta o cansaço inicial, mas faz com que ele dure menos tempo. Acordar tarde reduz o cansaço imediato, mas o prolonga ao longo do dia.
Houve momentos que tive vontade de chorar, por tudo que escutei de você, mas as lágrimas não desciam, meu olhar era de tristeza, meu pensamento era de indignação, afinal o que eu te fiz para merecer ser tratada daquela forma?
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