Mensagens de Consolo por Perda da Mae
Viver?! - Acho que ainda não aprendi e nem ao menos sei como fazê-lo. Apenas tenho esse desejo. Mas a vida está passando, meus dias se acabando e meu fim se aproximando. E a cada dia que se passa, é uma oportunidade a menos que tenho de levar a vida do jeito que eu sempre quis. Mas de alguma forma, a esperança ainda me faz sentir vontade de continuar e só espero que valha a pena!
Na verdade, ter uma boa vida financeira nunca foi o meu principal objetivo, antes disso vem várias outras coisas, mas já que eu não tenho essas "várias outras coisas" e não vivo a vida nem 10% da forma que eu queria, pelo menos alguma coisa eu tenho que conseguir. E dedicar-me-ei ao máximo pra alcançar o "sucesso"!
No decorrer da vida darás conta que se existes é por alguma razão, talvez ate já deste conta disto. Preste atenção a este pormenor: O bonito so existe porque por causa do feio, o branco só existe por causa de outras cores, o bem só existe por causa do mal… tantas outras coisas existem devido o seu oposto-
Assim como nós não conseguimos ver os nossos defeitos, também, nós não conseguimos ver as nossas virtudes, o nosso próximo é que tem o poder de classificar nossos actos, nunca despreze ou menospreze o seu próximo, pós é ele o ser que te torna belo, válido, amável, dócil, e também, feio, invalido, desagradável, amargo…
Sem o nosso próximo nós nada disso seremos. Afinal de contas ninguém aguenta a solidão nem mesmo Deus razão esta que resolveu fazer os anjos, e os humanos.
FRENTE
Vamos andar todo dia pra frente.
Vamos andar pra frente todo dia
Vamos pra frente todo dia andar
Pra frente vamos andar todo dia
Frente! Vamos! Pra andar todo dia.
De lá de trás vindo pra frente, igual na poesia.
Frente... sempre!
Nov (O) embro
Receber uma violeta em dia que estamos vestidas de violeta é por si poemático
Mais poemático ainda é recebê-la no dia que se inicia novembro...
A doçura que eu esperava deste novo mês está vindo sutilmente,
Novembro terá cor de violeta e será doce como uma flor
Quanto mais me aproximo do final do ano, mais doce os meus dias vão ficando
Chegou o doce e violeta novembro, sereno, tranquilo, respeitoso e com cor de calma também...
Novembro, está trazendo a doçura vestida de violeta
Seja bem vinda doçura, vista-se em novembro e o transforme em um feliz Nov (o) mês.
OUT ubro
Outubro chegou,
todo iluminado, iluminando meu olhar
Outubro chegou e trouxe a fé
Mandou para “Out” tudo o que a primavera de setembro cortou
Outubro chegou e como na promessa
Veio com o Senhor transformando em Éden o deserto que não ficou e nem ficará, pois deserto é para passar e não morar!
Tempo certo você chegará, independente do agora, na verdade o agora não importa, há um desejo de que tudo seja "per-feito", ou melhor, dizendo FEITO por DEUS, e com isso há uma calmEZA, e um pensamento: só me resta orar, para que eu continue a pazEAR nessa calmEZA de mar que está sendo o meu (quase nosso) coraçAção que agora, o que menos precisa é de AÇÃO...
E agora todas estas coisas que nos dissemos sobre encontros e oceanos atravessáveis. Não me incomoda a distância, mas não sou feita de esperas. Algumas possibilidades são promessas vazias e não é por imediatismo que seguimos em busca de algo mais palpável. Viver no imaginário é lidar diretamente com o abstrato. E nesta relação, só me interessam as palavras que se comunicam através de mim. Entenda: você sempre poderá caber no trecho de um poema, mas jamais será meu Muso. Eu escrevo ficções, muitas vezes, para enfeitar a realidade, mas busco o alimento sólido.
O resto serve apenas para inspirar meus apetites.
Lágrimas que escorrem pelo rosto. É
triste, essa impetuosa e indiscutível
despedida. Pra sempre que tu dormes,
pra eternidade essa ferida. Tudo escuro
e tão triste. Tão misterioso e tão
simplório. A única coisa pra sempre
ficará é o meu amor por vocês. As
flores servem para alegrar. Flores são
poesias, mas a saudade a maltratar. A
Morte é tão triste, ao menos uma
música a tocar.
Como uma pedra no caminho, como uma rosa
Sem espinho... Solidão que vem e passa, nesse
Dia tão lindo.
A declaração é gloriosa, a poesia é inventada.
A paixão é perigosa, a melodia é mal criada.
Como uma pedra no caminho, como uma rosa
Sem espinho... Solidão que vem e passa, nesse
Dia tão lindo.
A palavra é carinhosa, a canção que é cantada.
A viagem é gostosa, a inspiração que é
Inspirada.
Como uma pedra no caminho, como uma
Rosa sem espinho... Solidão que vem e passa,
Nesse dia tão lindo.
Pensando em metáforas, criando com
Carinho. Em uma mesa a luz e velas,
Com um bom e velho vinho...
Como uma pedra no caminho, como
Uma rosa sem espinho... Solidão que
Vem e que passa, neste dia tão lindo.
Como uma pedra no caminho, como
Uma rosa sem espinho.
(Pedra no caminho, rosa sem espinho – 16 de março de 2008)
Peço que não me deixe sem respostas. Nesta
Carta que eu lhe escrevo agora. Curtos
Foram esses dias; em um sol de outono, a
Nestes meses ventanias.
Escrevo a ti, sem falsa modéstia. Cotidiano
De uma vida hipócrita; curtos foram esses dias...
Sem nada pra botar pra fora. Em dias de
Burocracia. Em semanas de agruras próprias.
Nessa carta lamento os meus deslizes. Frases
De desabafos, que nunca foram tão felizes.
Curtos foram esses dias, porre no final da tarde,
Lembranças de madrugadas vadias.
Peço que não me deixe sem respostas. A vida
Não pode acabar assim. Remédios para ansiedade,
Dê-me uma resposta para mim. Curtos foram esses
Dias. Sem início, meio ou fim. Curtos foram esses dias, a
Memória me entenderia.
(Curtos foram esses dias, poema criado em 22 de março de 2008)
Será que depois da morte existe
Vida? Sai da seca, sai da sina e
A treva nos castiga? Ou o inferno
É aquele sol, que tanto queima e
Judia?
Tudo planta e nada vinga. É o pão
Nosso de cada dia. Tanto faz morrer
De sede, morremos aos poucos a
Cada dia. De barriga bichada, ou de
Barriga vazia.
Essa é a experiência nata de toda a
Vida. Ou morrer de fraqueza, ou
Então de bala perdida. Ou de boca
Seca, ou de fome desnutrida.
Carrega a cruz da penitência, ou a
Fome misericórdia? Calejada é
Brasileira, o futuro não importa.
Para a caridade sertaneja, tem
Ao menos humilde cova.
(Calejada do cerrado, poesia tema do livro "A terra dos lobocratas" – São Paulo - 2006)
Que vontade que eu tenho de tocar a sua
Pele; de alisar os seus longos cabelos.
Esses olhos verdes, que são de ensandecer,
Uma rara beleza, que degusta no meu
Prazer.
Que loucura tenho eu, de beijar a sua boca,
Onde a saliva derrete como mel. Deixando
Minha vida louca, me levando até o céu.
Pra não dizer que estou mentindo,
Escrevo o que penso de ti, em alguma
Folha de papel. Pra provar que sou
Sincero, ando em outra rua, muito
Longe das mágoas de um bordel.
Mas que vontade que eu tenho de
Alisar os seus cabelos. De alisar o seu
Rosto belo, de beijar o seu corpo
Inteiro. Que vontade que eu tenho, que
Vontade tenho eu.
(Vontade insaciável, poesia criada nos dias 27 – 28 de março de 2008)
Amor-perfeito, Margarida, Copo-de-leite todo Azedo.
O perfume das bromélias vai pairando sobre o
Vento.
Rosas vermelhas tão festivas, rosas brancas cemitério.
Urtigas, orquídeas murchas, da papoula ao analgésico.
Uma flor de Liz, ou um girassol quando formam um
Caso sério.
Duas flores já são muitas, quando são três já é Exagero.
Vida pura aqui se xinga, e quando adormece já é enterro.
Amor-perfeito dose dupla, dosagem alta é remédio. Copo-de-
Leite todo azedo, margarida de mistério. Rosas vermelhas
Minhas amigas, rosas brancas do inverno.
Paineira-do-campo vira enfeite, inspiração no meu caderno.
Flores em grupos, em ramalhetes; umas camélias de
Primavera.
Alguém com o ramo e sorridente, não é dos tempos das
Cavernas. Flores de presentes, cores da quaresma.
Amores iguais a estes, só mesmo em novela.
Amor-perfeito, margarida, copo-de-leite todo azedo.
O perfume das bromélias vai pairando sobre o
Vento.
(Chácara das flores, poesia criada em 15 de abril de 2008)