Mensagens de Consolo por Perda da Mae
FAÇO-TE UM POEMA
Sá de Freitas
Sandra Mello eis aí o meu poema,
É um soneto à mais linda flor dourada,
Que me torna essa página encantada,
Com perfumes de rosa e de alfazema.
És a jóia Sandrinha, rara e pura,
Que brilha entre as estrelas, na poesia,
Pois teu sorriso é uma fonte de alegria,
Que enche a nossa alma de ternura.
És bela, és simpática e atraente,
És amiga leal que docemente,
Fazes do coração o nosso abrigo.
Rogo a Deus que o tempo não consiga,
Fazer deixar-te de ser minha amiga,
Pois quero ser o teu eterno amigo.
O Coração não mente ele simplesmente sente...a gente é que as vezes não entende...Preste atenção respire fundo, sinta os batimentos, repare como são perfeitos, o coração não se engana não, eu insisto é só prestar atenção, se algo não estiver bom, ele avisa antes mesmo da razão.
voce sempre achou,
que eu poderia ser quem eu nao sou
ditando regras tolas e doidas
acreditando em coisas
me dizendo poucas e boas
mas vocce em mim nada mudou
meu passos cairam
e voce nao nem me deu a mao.
foi ai que eu aprendi sozinho
que solidao e pra quem sabe ser, sozinho
foi ai que eu aprendi
que solidao e meu maior castigo
mas meu mundo nao vai parar
vocce pode ir andando
caminhando so, ou com seu milhares de amigos, ao seu redor
eu nem vou nem ligar
eu vou trilhando meus passos
antes assim do que pior.
lembrar vocce agora nao vai ser melhor.
a vida e longa mas e curta
nao vou ficar aqui parado esperando o final
eu nao vou nem ligar.
meu amor e grande nao compensa chorar
outros cabelos pretos ha, nessa minas gerais, um dia outra vai me amar/
e eu vou me sentir como deveria esta.
ai sim eu vou ser quem eu mesmo sou.
ou quem eu achar.
O amor é sofrimento que às vezes leva a pensar,
se vale apena amar! Mas como nós não pedemos os mistérios ddecidir, nem tão pouco impedir o coração de amar!
tenho o estranho hábito
de comer maçã olhando o horizonte
esta insondável natureza
de degustar nuvens com os olhos
em insolência aristocrática
psicografar poemas
dar voz a velhos
fantasmas
é ato perigoso
qual dançar sobre
abismos
é torcer tramas de corda
para o próprio enforcamento
o pires sustenta a xícara
se movido
moverá o universo
se universo se perderá no branco
uma formiga peregrina na parede
em um passeio marcial
carregando o infinito em suas patas
o poeta e o louco da aldeia tem o mesmo destino
de acreditar que insensatez é verdade
de ter poder de criar mundos com palavras
melhor o palhaço que faz rir
e ri de todos
guardando o choro para o escondido das cortinas
ai daquele que confia sua dor aos outros
mal aventurado o que mente
o que planta sementes em terrenos estéreis
o que busca água nos desertos
o que despreza o mar por ser grandioso
e busca alento nos regatos das montanhas
quartos de guardados são cemitérios de almas
não há paraíso para reminiscências
há sempre improvisos de inferno
tentação de olhar para trás
meu avô materno tocava ocarina
um pedaço de barro que soa como um oboé
por mais que tentasse
nunca consegui imitá-lo
tocar ocarina foi meu primeiro de sucessivos fracassos
tenho receio de escusas
se estas se multiplicam miríades de estrelas
desculpas são como mentiras
não se prescindem umas das outras
e se multiplicam ao infinito
Sempre imaginei que livros queimados em praça pública em manifestações nazistas, livros queimados em fogueiras de autos de fé, livros triturados e amalgamados em novo papel higiênico, se transportavam para as bibliotecas do inferno. Os destruidores da Biblioteca de Alexandria, trazidos ali originalmente para cuidar dos volumes desta, catalogavam e cuidavam deste precioso acervo. Depois, bibliotecários sádicos, maus poetas e beletristas, passaram a cumprir ali seu castigo eterno. Mais tarde ainda censores papais e de insipientes ditaduras completaram os cargos remanescentes.