Mensagem de Marta Medeiros sobre Familia
ONE SMALL STEP FOR MAN
uma bota e a notável marca
marca fundo a humanidade
pr'além deste pequeno mundo
pra outra realidade
pisa em solo macio cinzento
e aprofunda o conhecimento
no silêncio de tal momento
nasce um grande sentimento
ao vento que não existe
deixa sulcos na história
mas a glória é questionada
e faz do grande um grande nada
ao descrente da vitória
a conquista é ilusória
e a chegada daquele homem
é como história de lobisomem
FEBRE
A febre é insana
esquenta e apoquenta
necessária e mundana
na pela vermelha
a febre é amarela
não é a primeira
tampouco a segunda
terçã talvez seja
mas de tanto sofrer
enfim me dou conta
no fim destas contas
que a febre tifóide
UMA AUTOANÁLISE PSEUDOPOÉTICA
é de se concluir, pseudopoeta
que és um ignorante convincente
és iniciante numa arte em ti inexistente
o sonho diletante é de ti assim distante
no importante divagar, és inteiro devagar
e, de tanta divagação, vago sempre estás
não dominas a arte que te abomina
quando esvai por entre toscos dedos
os segredos da alma feminina
MÃO
a mão que gentilmente afaga
é também aquela que esmaga
a que cura a triste chaga
a que o fraco embriaga
a que salva, se não naufraga
a que crava a afiada adaga
mas nunca aquela que apaga
pois, o que pela mão está feito
não há saga que desfaça, ou dê jeito
PARA ALÉM
depois que nós morrermos
dizem pobres, ricos e enfermos
ainda viveremos
uma incrível eterna idade
para além da dor e da saudade
uma vida de longa amenidade
e se isso é a tal verdade
nunca nesta vida saberemos
GIRASSÓIS
neste mar de girassóis
eu corro e rodopio
por este todo amarelo
tanto giro e tanto rodo
que de tanto tonto
caio e letargio
desmaio em arrepio
ENFIM NÓS
neste pouco tempo
nesta pouca vida
agora a contemplo
agora me convida
aqui nos encontramos
meu obscuro pranto
neste escuro quarto
neste pobre canto
sobre o cobre leito
ela me descobre
e leva do meu peito
a vida de um pobre
VENTO
eu vi um violento vento
que no último lamento
mostrou o seu tormento
destruiu neste momento
madeira, ferro e cimento
antes forte, agora lento
já não é mais turbulento
dissipou-se o forte vento
foi, e passou a ser alento
LUZ PROFUSA
o brilho se destaca
quando o restante
é luz difusa
errante
opaca
e naquele instante
a luz profusa
faz-se exuberante
MINHA VIDA
que a sua ausência
nunca me visite
e que passe longe
longe do meu mundo
que a sua presença
seja minha amiga
e assim nunca duvide
que você é minha vida
BARULHO
no silêncio, e apenas nele
eu ouço um barulho
o ruído suave e contínuo
da vida que não silencia
POEMA SAR(CÁUSTICO)
ah, essa vida
bandida confusa
matreira e atrevida
quase sempre obtusa
me joga num vaso
daqueles sem flores
e revela o descaso
imerso em odores
sem terra, nem chão
afundo em meu mundo
sugado no vão
do seguinte segundo
eis a descarga
que a vida me deu
tão triste e amarga
assim me fo…
REFLEXO
eu sou aquilo que vivo
reflexo daquilo que sofro
e daquilo que sinto
mas não vivo o que sofro
nem vivo o que sinto
MORTE VULGAR
se a morte quiser me achar
que seja numa mesa de bar
muito perto do mar
em noite de luar
comendo caviar
e bebendo até vomitar
pois nesse lugar,
morte vulgar,
eu nunca estarei
SENTIMENTO OSCILATÓRIO
O sentimento é oscilatório
deveras mutante
fúlgido que cega
por vezes dissonante
mas nunca peremptório
É onda que não traz brisa
da qual pouco se aproveita
Pérfido vai e vem
embaralha a mente estreita
e nela catalisa
É volúvel, mas não volátil
Sucumbe, posto que frágil
Exorta o que não presta
Não importa se molesta
E faz de nós
algozes de nós mesmos
As vezes por comodismo
ou mesmo por ingratidão
outras vezes por racismo
ou falta de compreensão
quantas falas tem cinismo
que o tamanho do egoísmo
é maior que o coração.
CURVAS!
Cada curva do destino
tem um pouco de amargura
que transforma em peregrino
todo ser que se aventura
mas a crença no Divino
faz de cada nordestino
um ser dotado de bravura.
SINA!
Já chega de preconceito
respeite nossas vontades
temos o mesmo direito
dessas tais celebridades
como ninguém é perfeito
para cada um defeito
nós temos mil qualidades.
TRISTE FIM
verde grama que adorna o triste jardim
aqui no fim o drama contorna e assiste
à dama com jasmim que torna e insiste
enfim em ver de novo que a rama orna
ESPELHO
olho para o espelho
e nada vejo, nenhum reflexo
um mundo negro, complexo
o plexo circunflexo
e dele, nenhum conselho
de ninguém conexo
pois tudo é reflexo
desse mundo desconexo
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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