Mensagem de Marta Medeiros sobre Familia

Não lamente o que não aconteceu , festeje o que aconteceu , pois o Amor te levanta e te põe de pé e não te deixa cair , mesmo que você não saiba para onde ir , ele não vai te deixar parar de lutar.

Imaginei uma maneira de ter - te por perto e me recorde que sempre o tenho em meu coração , e que vais com a minha pessoa em todos os lugares onde encontro - me, então decidi escrever sobre a vida, que Deus me deu, e contar - te sobre os acontecimentos que me fazem eu.
Embora saiba eu que é veramente pouco provável que um sia a sua pessoa vá desfrutar da leitura desses escritos a tí direcionados
São somente palavras , as quais muitas vezes traduzem o que o coração está a sentir .
Inegavelmente , sou uma Romântica sem precedentes , uma iludida que ainda acredita piamente na capacidade dos humanos de amar e da própria capacidade de mudar o mundo para melhor , uma sonhadora que vê tudo de forma positiva , até o que não é tão bom (...).

Já faz algum tempo, mas é quase como se fosse ontem que fostes arrancado da companhia de quem ama, e tem sentimentos recíprocos por ti, que aprendeu pela tua distância o que é saudades.
Aquela garota ainda está por algum lugar e espera - te, mas, na linha tênue que paira entre a realidade e o que ela vê por real, a vida vai dando suas voltas , e suas enigmáticas rasões por raras vezes são entendidas .
Embora tu possas entender , ou não , das rasões que os distancia, perdão pela demora, mas nem tudo é controlável e manipulável mas ainda assim a graça da vida é não entender o seu sentido .

Agora compreendi por que precisas tanto de mim , esse entendimento faz com que os meus sentimentos por ti aumentem ainda mais , e sejam melhor compreendido por esta que vos fala .
O desejo de cuidar - te é cada vez maior do que já pude controlar , controle que já não é mais existente .

Quando a solidão parece inevitável nem mesmo a multidão de poucos que aparentam importar - se te faz sentir amado , acolhido, estou só e você não está aqui para me acalmar com a sua presença e fazer essa solidão parar de doer tanto .

Pensamento reflexivo : (quase completamente desconexo do agora)

Você pode chorar, pode se machucar, a sós consigo mesma, pode ser o maus perfeito que conseguir ser, que ainda vão te criticar , que ainda tentarão entristecer - te .
E é nessa confusão que se faz quem é.
Hoje , diferentemente de antes o seu " Eu te Amo" trás tamanha reflexão jamais observada antes , e perceber que a vida tem suas imperfeições e desaventuranças e que é preciso vivê - lá mesmo com tantas nuances de desesperança , com o tempo você aprende a viver e só, mesmo que seja difícil.

Existe muito que me traduz e muito que me descreve da forma como sou , mas palavras raramente traduzem uma personalidade por completo , principalmente por muito tempo !
Só para constar !

É que muitas das nossas conquistas são também alheias as nossas vontades (...).

(...) e enquanto tu fores um ser racional que goza de boa saúde, preocupe-se em fazer algo de bom e útil. O futuro é já amanhã. Preocupe-se em não perder tempo com um monte de nadas

(...) ninguém vai perder tempo a valorizar e amar alguém que não tem amor próprio, então se ame mais, se ame mais. É grátis.

O mundo dá muitas voltas, não te envolvas muito, não te apegues muito. O prejudicado é sempre aquele que dá o melhor de si, não te iludas com promessas vazias enquanto essa pessoa não mostrar que é digna de suas palavras.

"Amar, amiúde,
é infinda aprendizagem.
É fechar-se em ataúde.
É abrir-se à eternidade."

"Pétalas"
CORTEZÃO, Marta, B. "Banzeiro Manso". Gramado (RS): Porto de Lenha Editora, 2017, p. 44)

"Se nosso amor é tão sólido
por que me escorre pelos dedos?
A liquidez do teu sentimento
deságua em mim igual tormento..."

"Enigma"
CORTEZÃO, Marta, B. "Banzeiro Manso". Gramado (RS): Porto de Lenha Editora, 2017, p. 49)

"E a palavra suicida
precipitou-se,
desesperadamente,
da boca
e caiu
no mundo...
Estraçalhou-se
em verbo
e foi ser Vida."

"Verbum"
CORTEZÃO, Marta, B. "Banzeiro Manso. Gramado (RG): Porto de Lenha Editora, 2017)

Temos de aprender a nos amar mais, e nos humilhar menos perante as pessoas que vivem a vida a nos rebaixar. Pessoas que se acham superiores por terem um pouco de nada, que acham que têm tudo, mas no final não têm nada. Não sabem o gosto de se sentirem desejados ou amados pelas pessoas, pois as pessoas que os rodeiam vivem no mesmo mundinho fútil e sem sal que eles. Pessoas vazias, que não têm nada para oferecer para além de sua " dor de cotovelo e mau humor " e que no fundo bem lá no fundo, eles só te rebaixam porque nunca conseguem ser como tu és, " linda, amada, um ser que floresce todos os dias por estar com pessoas positivas e com energias contagiantes". Então antes de elogiar o outro por ter tudo e no fundo não ter nada, se olhe no espelho e elogie o lindo ser humano que tu vês, que "tem pouco e ao mesmo tempo tem tudo", está mais do que na hora de tu te valorizares.

Se é no calor do teu olhar que acalento as dores do meu peito , que curo o frio existente aqui dentro, então por que você tem que ir ?

Não habitues a tua mente a estar parada, mas quando estiveres a fazer isso estarás a declarar a morte da tua mente. Uma mente parada é uma mente vazia.

Procure se inspirar por tudo de bom que estiver ao teu redor, desde que te inspirem a criar coisas com vida e algum sentido. A criatividade é uma grande inimiga da preguiça mental.

Poderia praticar esta forma de vida
que me assenta melhor do que a minha.
Quero dizer
é dentro da cabeça
e fora da minha vida
que me sinto menos só.

Poderia ficar aqui algum tempo
deslocando a cadeira
para acompanhar a trajectória do sol.
Não o faço.
Abro a porta que dá para a casa
e deixo devoluta a vida
imaginária no jardim.

Preferia não saber das ruas
onde posso desfazer-me do desejo.
Ir ao encontro das estátuas
para me refazer do medo.

A noite é pequena e cabe
num gesto atirado ao ar
quando se parte sem olhar para trás,
nem necessidade de confirmar amor algum.

Tirei tudo dos bolsos.
Toquei o rosto para sentir a temperatura.
Não estou morta nem vou morrer.

De regresso a casa, a única certeza:
que a manhã virá para reflectir a palidez,
a habitual dificuldade em existir cedo.