Mel

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Donde eu vim?

CAPÍTULO IV

Na fase das bonecas

Quando criança ainda, lá com meus 6 ou 7 anos de idade, eu não possuía nenhum brinquedo de fábrica. Todos eram confeccionados em casa, em conjunto com as amiguinhas vizinhas, com meus irmãos e às vezes minha mãe tirava um tempo e nos ensinava a fazer algumas coisas interessantes.
Fazíamos bonecas de sabugo. É, sabugo mesmo, aquela parte que sobra do milho seco depois de debulhado. Escolhíamos o maior de todos os sabugos disponíveis no paiol. Cortávamos retalhos de tecidos cedidos por minha mãe, que sempre os tinha guardados numa sacola pendurada atrás da porta de seu quarto de costura.
Escolhido os tecidos, pegávamos a parte mais grossa do sabugo, o que seria a cabeça da boneca, nele colocávamos o tecido na extremidade, como se fosse uma touca, amarrando firme com uma tirinha, para não se soltar ( porque cola nós não tínhamos). Em seguida, escolhíamos outro "paninho"e fazíamos uma saia, pregueada ou franzida, com as mãos mesmo, nada de agulha ou linha! A coleguinha ajudava a amarrar. Com um lápis preto usado ou mesmo um pedaço de carvão, desenhávamos os olhos e com semente de urucum, a boca.
Pronto! Estavam ali nossas bonecas. Lindas! Cada uma com a sua. Diferentes umas das outras, devido a escolha dos retalhos coloridos. Felizes, íamos brincar por horas a fio...
Mas um belo dia, uma priminha da cidade, veio com meus tios nos visitar, trazendo consigo uma boneca de verdade.
Fiquei encantada! Nunca havia visto uma, e tão linda. De olhos azuis e cabelo cacheado!
Daquele dia em diante minha vida mudou. Não quis mais saber de brincar com boneca de sabugo. Eu queria uma boneca de verdade! A novidade mexeu com meus sonhos, até então acessíveis.
Chorava e implorava para minha mãe. "Quem sabe no Natal", dizia ela. Pedir para meu pai, nem pensar! Para ele brinquedo era desperdício de dinheiro. Era o jeito dele ver o mundo infantil...
Posso jurar, foi o ano mais longo de minha infância: Eu queria minha boneca de verdade e ela só viria no Natal.
Chegou o Natal, como tantos outros, mas para mim seria diferente, eu teria minha boneca de verdade. O "talvez" de minha mãe eu esquecera.
Fomos com toda alegria, ver os presentes debaixo da linda árvore natalina, bem cedinho. Cada um procurando o seu, embrulhados em papel comum, mas nosso nome marcado com a letra de minha mãe.
Porém, cadê a minha boneca de verdade? Ela não veio! Ganhei sim uma sombrinha de criança, que no dia seguinte já estava quebrada.
Chorei... chorei... e ainda levei umas boas palmadas de meu pai. Ninguém me consolou!
Acontece que eu só tinha irmãos meninos ao meu redor e duas irmãs bem menores que não compreendiam a minha tristeza. Minha mãe deve ter percebido, mas como nada podia fazer, não deixou transparecer; apenas prometeu-me que daria um jeito, "talvez" na próxima ida à cidade grande, na época das compras.
Isto não me consolou. Foi sem dúvida, o Natal mais triste de minha infância!

** A boneca? Só no próximo capítulo!

mel - ((*_*))

Inserida por MelaniaLudwig

Neste verão, das vestes me desfaço,
E com o calor já nem sei o que faço.
Antes do outono novamente surgir,
Muita chuva no nosso chão precisa cair...
Se a água no solo não aumentar,
A primavera vai acabar,
E como as flores, eu também vou secar...

mel - ((*_*))

Inserida por MelaniaLudwig

Quando um filho volta
Coração de mãe se solta...

Inserida por MelaniaLudwig

Bom dia, meus queridos amigos!
Tenham todos um domingo
alegre e muito feliz!

Cai uma chuva tranquila
Desde a madrugada
Calmante feito camomila
Deixando a terra molhada
Uma brisa agradável
Agora se faz presente
De valor inestimável
Alegrando nossa gente...

Inserida por MelaniaLudwig

Donde eu vim?

CAPÍTULO V

Minha Primeira Boneca de Verdade

Depois daquele fatídico Natal, em que não ganhei meu presente desejado, minha tristeza, felizmente, durou pouco.
Janeiro era o mês do padroeiro da cidadezinha onde frequentávamos a escola, o catecismo e as missas dominicais. São Paulo, lembro-me bem, era o santo padroeiro da capela e nome do sítio de meu pai, onde morávamos.
Todo ano os moradores se reuniam e preparavam uma bela quermesse, com direito à visita do bispo, padres de outras paróquias, fazendeiros, sitiantes e colonos de toda a redondeza para uma linda missa cantada.
Para a quermesse eram doados bezerros, sacos de café, leitoas, carneiros, frangos e artesanatos feitos pelas mulheres e moças prendadas da comunidade.
Uma rifa foi organizada, cujo dinheiro iria para a reforma da igrejinha. Um bezerro era o prêmio e de brinde, vejam só, uma linda boneca confeccionada por dona Mariquinha, mulher muito conhecida por suas habilidades na agulha.
Quando eu vi aquela boneca, fiquei deslumbrada!
Eu queria uma boneca de verdade! Esta era a minha chance!
Procurei por minha mãe, que estava na cozinha de uma das barracas, liderando outras mulheres no preparo da comida a ser servida durante a festa. Implorei que comprasse um número, porque eu queria uma boneca de verdade!
Meu pai não era dado a gastar dinheiro com estas extravagâncias, mas naquele dia ele sucumbiu ao meu apelo e cedeu. Comprou um único número. E eu dei muitos pulos de alegria...
Ao anoitecer, quase no final da festa chegou a esperada hora do sorteio.
Bingo! Meu pai ganhou o bezerro e eu ganhei a minha boneca de verdade!
Ela era deslumbrante aos meus olhos de menina. Tinha uma aparência diferente. Fora feita à mão, uma boneca de pano com jeito de moça. Vestia um vestido de renda, cujo decote mostrava o início de fartos seios. Perfeito! Minha boneca de verdade, com corpo de moça feita, seria a mãe de todas as bonequinhas de minhas coleguinhas da vizinhança.
No dia seguinte, de tardinha, minhas amigas e eu fomos brincar de boneca, numa ansiedade sem tamanho. Fizemos uma casinha dentro de um velho bambuzal, e lá ficamos por horas, nos deliciando em nossas fantasias infantis de mamãe, comadre e tias. Sim, porque toda boneca era batizada, ganhava um nome e uma madrinha.
Antes do anoitecer, minha mãe me chamou para ajudá-la nos afazeres do jantar. A brincadeira se desfez e aos poucos anoiteceu.
Acordei aos pulos na manhã seguinte. Eu havia esquecido minha boneca de verdade no bambuzal. Corri para buscá-la. Qual não foi meu espanto quando a vi: estava toda encharcada, estufada, desbotada, manchada, descolorida...quase decomposta!
Havia chovido a noite toda!!!

mel - ((*_*))

Inserida por MelaniaLudwig

BOM DIA MEUS BONS AMIGOS!
Mais uma chuva graciosa na madrugada
Um ar delicioso invade nossa morada
Os passarinhos estão em festa
Iniciando suave orquestra...

mel - ((*_*))

Inserida por MelaniaLudwig

Cante
Dance
Invente
Corra
Grite
Invente
Sorria
Ame
Invente

Boa noite, amigos!!!

Inserida por MelaniaLudwig

Acordar, levantar, sorrir e agradecer
é um ato de amor pela vida.
Aceitemos todos os desafios
que o dia tem a nos oferecer
e nos comprometamos a dar o melhor de nós
a cada dia...
Bom dia queridos amigos!!!

mel - ((*_*))

Inserida por MelaniaLudwig

Minha mãe dizia que se a gente fica muito tempo sem chorar o coração vai endurecendo...
Sábia a minha mãe!

Inserida por MelaniaLudwig

Chuva fininha molhando tudo lá fora... e eu aqui dentro com os olhos secos há tempo sem chorar...

mel - ((*_*))

28/01/2015

Inserida por MelaniaLudwig

Na limpidez deste amanhecer
A nossa alma se engrandece
Num ímpeto de agradecer
O pensamento torna-se prece...

BOM DIA AMIGOS!!!

mel - ((*_*))

Inserida por MelaniaLudwig

Desmorono
de sono...
meu corpo
se entrega
minha alma
se eleva...
meus sentidos
minam
meus sonhos
dominam...

mel - ((*_*))

Inserida por MelaniaLudwig

Obrigada Senhor por mais um dia!

Reclamar é bobagem
Ir à luta é vantagem
Cara feia é maléfico
Sorrir é poético...

mel - ((*_*))

Inserida por MelaniaLudwig

VARANDO A MADRUGADA
Absorta em pensamentos
Envolta em lençol que amarroto
Reviro os meus sentimentos
Até que o sono eu adoto...

mel - ((*_*)

Inserida por MelaniaLudwig

BOM DIA MEUS BONS AMIGOS!!!
Manhã de chuva mansa
Feito embalo de criança
Venha chuva, mesmo que lenta
Atenda nossa gente sedenta...

mel - ((*_*))

Inserida por MelaniaLudwig

Nós mulheres,
só seremos felizes,
quando deixarmos
a menina
que há em nós,
se manifestar
em nosso
dia a dia...

mel - ((*_*))

Inserida por MelaniaLudwig

BOM DIA!!! SÁBADO FELIZ A TODOS!!!
Já que a manhã está tão bonita
ela coloca seu vestido de chita e sai pelo campo a caminhar...
Quando se dá conta está tão longe
sem vontade de voltar...
Mas ela volta... ofegante
empolgante
brilhante
radiante

mel - ((*_*))

Inserida por MelaniaLudwig

Hoje
o sol
foi se despedindo
tão vagarosamente...
feito menino
quando sai de casa
pela primeira vez...
olhando para tras disfarçadamente
para não mostrar
a sua timidez...

mel - ((*_*))

Inserida por MelaniaLudwig

Olhei no alto
o céu azul brilhar
e por ele me apaixonei
Pisei na areia fina do mar
e senti a natureza
em mim entranhar
Na água do mar me molhei
e a minha alma
deixei purificar
Com o calor do sol
me enxuguei
e um sentimento
de gratidão senti brotar...

mel - ((*_*))

Inserida por MelaniaLudwig

Se o seu dia
não foi o que esperava,
recomece-o amanhã
Às vezes esquecemos
de colocar alguns ingredientes...
Nada como experimentar
uma nova receita...

mel - ((*_*))

Inserida por MelaniaLudwig