Me apaixonei por um homem casado e agora
Poesia – Desilusão
Estou casado de esperar, o que não há o que esperar,
Estou cansado de amar, quem não tem amor pra dar,
Estou cansado de passar noites em claro, a meu silencio velar,
Estou cansado de chorar, pro quem nunca vem me consolar,
Preciso me redimir, não posso mais me inquinará,
Preciso de um coração, que possa me abrigar.
Você se torna amigo de alguém sem saber ou se preocupar se ele é casado ou solteiro ou como ganha a vida. O que todas essas “coisas desprezíveis e rotineiras” têm a ver com a pergunta real: “Você vê a mesma verdade?” Num círculo de amigos verdadeiros cada homem é simplesmente o que é: não representa nada além dele mesmo. Ninguém se importa absolutamente com a família, profissão, classe social, renda, raça ou história prévia do outro. Você irá naturalmente ficar sabendo sobre a maior parte dessas coisas no final, mas casualmente. Elas virão aos poucos, para fornecer um exemplo
ou uma analogia, para servir de ganchos para uma anedota,
mas nunca por si mesmas. Essa a realeza da amizade.
(Os quatro amores)
eu me perco nos braços de quem não sei
enquanto estou casado com a solitude
admirando a luz barroca
que ilumina o meu corpo
e o resto do nada
o espelho no canto da sala
reflete o meu rosto melancólico
e a saudade de quem me deixou
a mercê do isolamento
projeto você
na minha frente
várias e várias vezes
[na ausência da solidão
eu quase cometi um adultério
com a tua presença ilusória]
mas você se esvai
junto com a luz amarelada
que adentra meu peito.
Ser solteiro (a) ou ser casado (a): o que você quer ser?
Bom seria se pudéssemos ficar com o que há de bom em cada opção. Mas não podemos.
Podemos perfeitamente ser sozinhos, se por esta condição optarmos. Mas aí está – o que me parece – uma grande armadilha. Sim, realmente existem inúmeras vantagens em ser sozinho. Tudo aquilo que é tido como ruim na condição de comprometido passa a ser maravilhoso na condição de sozinho.
Estar em qualquer lugar, a qualquer hora, com qualquer pessoa. Estar só quando assim se quer. Estar com os amigos, quando for conveniente. Viajar, ficar, ir ou não ir. Tudo é possível. Tudo pode, cada qual dentro de seu padrão de vida.
Entretanto, tem algo que não muda nunca: o desejo de amar e ser amado (a). E o amor é possível sozinho somente até certo ponto. Depois, quando chega o desejo de compartilhar, é preciso comprometer-se.
O estado civil de algumas pessoas é casado, outras namorando, alguns enrolados e outras solteiras, pois o meu estado é independente;
É constrangedora a capacidade que as pessoas têm
De serem felizes em meio aos que não se importam com seus dilemas.
Enquanto por anos de convívio entre residentes do mesmo domicílio,
Sequer um “bom dia” é proferido por parte dos satisfeitos aos alheios.
A OUTRA
Ser a outra na vida de alguém
é aceitar ser a segunda opção.
Fingir que se é prioridade
e conviver com a solidão.
É não ter nada por inteiro.
Só momentos, restos, pedaços...
Se contentar em ser a que aquece a cama do Motel
em encontros furtivos e sem rastros.
É viver de falsas promessas
e nunca se planejar o futuro.
Ouví-lo que não pode ser agora, e aceitar,
por mais que lhe seja duro!
É ser mais triste do que feliz,
e achar que é o melhor que a vida pode dar.
Ser submissa e serviçal de um amor
que lhe cansa de machucar.
Ser a outra, não tem méritos, nem glamour:
só desaprovação!
Ser culpada, sem ter culpa,
das burrices do coração!
O Tony não teria feito o que fez se não soubesse que você estaria aqui quando ele se fosse.
(Happy Hogan)
– Sou só o amigo da vizinhança, o Homem-Aranha.
– Sem essa, cara. Você já esteve no espaço.
(Diálogo entre Peter Parker e Nick Fury)
– Você mandou o Nick Fury pra caixa de mensagem?
– Tenho que ir.
– Você não pode dar toco no Nick Fury!
(Diálogo entre Peter Parker e Happy Hogan)
– Nick Fury tá te ligando.
– Não quero falar com ele.
– Atende o telefone.
– Por quê?
– Senão eu vou ter que falar com ele, e eu não quero.
(Diálogo entre Peter Parker e Happy Hogan)
