Mais Leve que o Ar Tao Doce de Olhar

A luxúria é como a avareza: quantos mais tesouros tem, mais sôfrega se torna.

Os homens são sempre mais verbosos e fecundos em queixar-se das injúrias do que em agradecer os benefícios.

Os filhos seriam, talvez, mais caros a seus pais e, reciprocamente, os pais aos filhos, sem o título de herdeiros.

O nosso orgulho eleva-nos para que nos precipitemos de mais alto.

Os mais arrojados em falar são ordinariamente os menos profundos em saber.

Há verdades que é mais perigoso publicar do que foi difícil descobrir.

Uma boa recordação talvez seja cá na Terra mais autêntica do que a felicidade.

É mais fácil cumprir certos deveres, que buscar razões para justificar-nos de o não ter feito.

As dívidas são bonitas nos moços de vinte e cinco anos; mais tarde, ninguém lhas perdoa.

Ninguém se conhece tão bem como aquele que mais desconfia de si próprio.

A dialética do interesse é quase sempre mais poderosa que a da razão e consciência.

Uma grande reputação é talvez mais incômoda que a insignificância pessoal.

O medo faz mais tiranos que a ambição.

Os velhos doidos são mais doidos do que os novos.

Ainda é mais fácil avaliar o espírito de um homem pelas suas perguntas do que pelas suas respostas.

Há grandeza mais verdadeira numa boa ação do que num bom poema ou numa grande vitória.

De todos os sentimentos, o mais difícil de simular é o orgulho.

Há muita gente para quem o receio dos males futuros é mais tormentoso que o sofrimento dos males presentes.

O silêncio é o melhor salvo-conduto da mais crassa ignorância como da sabedoria mais profunda.

Não há poder. Há um abuso do poder, nada mais.