Frases de Lya Luft

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A quatro mãos escrevemos o roteiro para o palco de meu tempo: o meu destino e eu.
Nem sempre estamos afinados, nem sempre nos levamos a sério.

As pessoas são responsáveis e inocentes em relação ao que acontece com elas, sendo autoras de boa parte de suas escolhas e omissões.

Penso em ficar só, mas minha natureza pede diálogo e afeto.

não dês valor maior ao meu silêncio;
e se leres recados numa folha branca,
não creias também: é preciso encostar
teus lábios nos meus lábios para ouvir.

Lya Luft
Para não dizer adeus. Rio de Janeiro: Record, 2010.

Nota: Trecho do poema Meu jeito.

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Deve ser o nosso jeito de sobreviver – não comendo lixo concreto, mas engolindo esse lixo moral e fingindo que está tudo bem.

Andamos tão desencantados que ser decente parece virtude, ser honesto ganha medalha e ser mais ou menos coerente merece aplausos.

Vou procurar um amor bom para mim - no qual me reconheço e me reencontro, me refaço e me amplio, me exploro, me descubro - se minha imagem interior me levar a isso. O amor mais que tudo nos revela: manifesta nossas tendências, o que preferimos e escolhemos para nós.

Não saber é o que torna nossa vida possível.

Podemos tirar o nariz de palhaço e construir algo real com nossas escolhas.

Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.
Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.

Tanta gente bandida vivendo feito rei, e tanta gente boa crucificada quando quer fazer o bem e consertar o mal.

A crise da autoridade , começa em casa , quando temos medo de dar ordens e limites ou mesmo castigos aos filhos. Estamos iludidos por uma série de pscologismos falsos. Muito crime , pouco castigo! Leis antiquadas, ou insuficientes. Assim chegamos, como reféns em casa ou ratos assustados na rua.

Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade.

Voz que nunca desiste, na mais negra das águas da mais longa das noites.

Mudar, por pouco que seja, faz parte da nossa pequena guerra individual e cotidiana.

A dor eventual é o preço da vida:
passagem, seguro e pedágio.

E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer.

Mas pensar não é apenas a ameaça de enfrentar a alma no espelho: é sair para as varandas de si mesmo e olhar em torno, e quem sabe finalmente respirar.

Com as perdas, só há um jeito: perdê-las.
Com os ganhos, o proveito é saborear cada um como uma boa fruta de estação.

…Sou boa sou má, sou verdadeira sou desonesta, sou lúcida sou louca, cresço ou permaneço, amo ou abandono, ajudo ou torturo - e assim,com o leque das possibilidades, me foi dado o tormento das opções…