Lua Amor
Sou de uma loucura constante de um erro não perdoado, de um amor incessante e de uma paixão inabalável!
Apesar dela ser solitária e ter só a si mesma para abraçar e conversar quando está triste, o amor e carinho que ela oferece aos que considera mesmo eles não estando com ela, é imenso.
— Lua Kalt.
Teu amor é movediço.
Hoje me suga, mas antes eu era minha.
Agora me sinto pertencendo a você.
Deixa eu botar pra fora aqui?! Para que não se crie algo que não há.
Ameniza.
E dói.
E aperta.
Mas eu sei que tu é de tudo e todos presentes, porém nunca que esse amor será como os outros.
Eu sei que a receita é ser livre.
A garantia da volta é a reciprocidade.
O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.
Purgatório
Estava andando perdida no purgatório
Sem saber pra onde ir
Em vida nunca fui santa
Por isso vim parar aqui
Não era quente
Não era frio
Havia lama em todos os lugares
Pares sem seus pares
Muitos pesares
Andei muito
Muito mesmo
Até que te vi dançar aqui
Ora, quem é que dança por aqui? Eu questionei, então conheci a sua história
- Por acaso conhece o inferno?
- O fogo queimando, o desejo não correspondido, o amor desperdiçado pelos dedos
- A sensação de que não há mais volta
- Até que um dia
- Vi as cinzas da bondade perdidas dentro do fogo, ele trepidava
- Cada um vê na chama o que falta dentro de si
- Pensei em dançar ao som do fogo
- Marcando o ritmo, dando meia volta a carne exposta
- Dores e medos a dançar!
- E fui expulso, por sem querer o inferno alegrar
- Dance comigo, sinta o ritmo tente algo de bom enxergar
Estou aqui a muito tempo tudo aqui é quietude
Me diga como se dança ao som do silêncio?
- Aprenda que a música também é silêncio
- Dançar é redenção, estar aqui é benção!
- Você quer dançar mariposa?
- Silencie o passado, silencie o presente, silencie o por vir
- Agora que tudo é silêncio, cante bem alto
- Cante bem forte
- Bata as asas mariposa, vamos voar juntos
A redenção esta no Som
A redenção Ele me traz
Somente em silêncio a verdadeira música se faz
Dançamos em meio a tantos medos
Dançamos no silêncio da imensidão
Encontrando você ali, percebi que não poderia estar melhor
Fechei os olhos por um momento e vi claramente
Eu sou Fogo e queimo sem par
Dançar é redenção estar ao seu lado é benção!
Abri os olhos
Estou no céu
Ao seu lado
Quero ouvir o que você ouve. Ver o que você vê. Sentir o que sente. Mas não quero ser você. Quero ser eu no seu mundo!!!
A gente tenta, tenta, tenta...
Esperneia, implora, se humilha.
Tenta de todo jeito para que entenda que não vai ter ninguém que o ame mais do que a gente, chega um ponto que não agüentamos mais e colocamos um ponto final.
E porque, justamente nesse momento, ele nos quer?
Porque é tão difícil dar valor quando se tem?
Cheguei a pensar que tinha te esquecido, até o dia em que estava passando e ouvi a nossa música, aquela que fiz questão de não ouvir, mas que sempre estava comigo, até nos meus sonhos.
E quando eu ouvi, passou um filme pela minha cabeça, me tremi e suei frio.
Percebi que ainda não te esqueci, poxa!
Tanto trabalho pra nada.
Hoje é um daqueles dias que paro e penso por que eu gosto tanto de você?
Você tem tudo que eu não gosto numa pessoa, mas você é tudo o que eu mais quero!
Agora me explica, por quê?!
Essa dor ainda vai ficar comigo por muito tempo, eu posso negar até pra mim mesma, mas nem meu sono te deixa, eu me viro de um lado para outro em buscar do teu cheiro, do teu abraço, de pelo menos de um sinal.
Sabe qual é a verdade sinceramente? É que sempre carregarei uma parte de você comigo, mesmo que eu lute contra, mas não vou te esquecer, só vou me acostumar com minha dor e minha saudade que não acaba, não acaba nunca! Elas duas serão minha maior companhia todos os dias.
E a culpa disso tudo foi apenas minha, eu jurei que nunca mais me entregaria, que não me apaixonaria, não ia deixar mais ninguém brincar com meus sentimentos, e eu esqueci de lembrar que não mando no que eu sinto.
E sabe o que é engraçado? Que mesmo com tua sua "força" de ter me deixado, tu vai sentir minha falta, das minhas manias, das minhas frescuras, do meu cheiro que você sempre disse que era tão bom.
Então acho que minha "missão de amor" está completa. Eu vou sentir muito sua falta, não prometo não escrever mais sobre você. Mas prometo continuar sendo forte. Ano Novo, novos amores...
E, assim, vou me acostumando a sua ausência. Nunca te esquecerei, mas vou aprender a viver sem você!
Teu rosto suave,
Suaviza minha solidão.
A imensidão do teu olhar,
Me encoraja a esperar.
Os teus lábios são doces,
Como o nosso amor.
Tuas mãos tocando meus cabelos,
Lembra - me Deus,
Tocando nossos corações,
Unindo nossa alma.
Se o meu coração falasse
Ele não falaria nada
Por que nada o tem a dizer
Se o meu coração pudesse sorrir
Ele não sorriria
Por que motivo algum faz o rir
Se o meu coração sentisse
Um amor verdadeiro, intenso, e puro
Ele poderia falar da experiência única de um amor assim
Ele poderia sorrir, sorrir bastante
Por ter sentido esse amor.
Sempre e sempre e sempre
As vezes eu sinto fome
As vezes eu sinto frio
As vezes eu sinto saudade
As vezes eu sinto um arrepio
As vezes eu sigo o relógio
As vezes eu sigo a razão
As vezes eu sigo a beleza
As vezes eu sigo o coração
As vezes eu penso em mim
As vezes eu penso em você
As vezes eu penso em nós
As vezes eu penso sem porquê
As vezes eu choro de raiva
As vezes eu choro de dor
As vezes eu choro de medo
As vezes eu choro de amor
Sempre que as vezes eu sentir a saudade
Sempre que as vezes eu seguir o coração
Sempre que as vezes eu pensar em nós
Sempre que as vezes eu chorar* de amor
Estarei sempre feliz
*(aquele choro bom que só conhece quem ama e é correspondido)
Eu não tenho respostas para nada, nem para mim.
Só sei que até meus pensamentos/sentimentos/atitudes estão erradas, e eu só queria está certa.
Não quero te preocupar, quero que fique bem, assim eu vou ficar bem daqui...
Mais a minha realidade de cabeça para baixo, sacudida, louca, envolvida, não vou te atrapalhar.
Só estou desabafando comigo mesma.
Comigo mesma, pensando que é vc.
É aliviante, mesmo que na frustrante imaginação do tempo.