Livre em Jesus
Devia ser maravilhoso permanecer em um grupo tão próximo, passar seus dias em companhia de irmãos a quem a quem confiaria a vida. Jamais conhecer a solidão.
Havia corrido a distância equivalente a uma maratona, mas não conseguiu se livrar de seus demônios pessoais e deixá-los na areia.
Por minutos, ou horas, enlouqueço sem saber se aquilo que minha liberdade pede faz mesmo sentido.
Ideologias, desejos, romantismos, medos se fundem, se misturam e me viram do avesso.
Quando noto já mal sei quem eu sou, já nada me satisfaz e só consigo me encontrar estática e entediada, desejando de maneira rebelde e inconsequente uma dose de fuga desse mundo.
“Sempre quis que as pessoas me compreendessem ,sempre quis ser “entendida” por alguém.
Mas enfim sou um enigma sem solução.
Sou um poço de emoções exageradas ,tudo em mim é intenso o pouco não me convém e o melhor de mim poucos tem.”
Mereço alguém que some e não suma. Não mereço alguém que não sabe o que quer, mereço alguém com certezas. Mereço alguém que se entregue por inteiro porque não estou aqui pra receber metade de ninguém. Alguém que saiba que amar não é obrigação, que zelar é um gesto importante e que o amor não acaba com os erros. Alguém que me ame, que me preencha, que some e não suma!
O que é o amor ?
Será que é um sonho ,sentimentos ou miragem de nossa mente para engana nosso coração quando ele está completamente despedaçado.
Claro que a morte é um tema na história da filosofia (risos), mas não como vivência íntima. Em Baudelaire existe a morte, em Sartre não. Os filósofos têm se esquivado da morte fazendo dela uma questão, ao invés de experimentá-la como algo existente. Não a consideram como algo absoluto, mas entre os poetas é diferente. Eles adentram profundamente o fenômeno, rastreando-o. Um poeta sem sentimento de morte não é um grande poeta. Parece exagerado, mas é assim.
A experiência do tédio, não do vulgar, por falta de companhia, mas o absoluto, é muito importante. Quando alguém se sente abandonado pelos amigos, não é nada. O tédio em si advém sem motivo, sem causas externas. Com ele vem a sensação de tempo vazio, algo assim como a vacuidade, coisa que conheço desde sempre. Posso recordar muito bem da primeira vez, quando tinha cinco anos. Vivia, então, na Romênia, com toda minha família. Então, tive de repente a consciência clara do que era o aborrecimento, o tédio. Foi por volta das três da tarde, quando fui tomado pela sensação do nada, da absoluta carência de substância. Foi como se, de súbito, tudo tivesse desaparecido, tudo mergulhasse na nulidade e fosse o começo de minha reflexão filosófica. Esse estado intenso de solidão me afetou de maneira tão profunda que me perguntei o que significava realmente. Não poder defender-se, nem poder se livrar dele com a reflexão, assim como o pressentimento de que voltaria outras vezes, me desconcertou tanto que o aceitei como ponto de orientação. No auge do tédio se experimenta o sentido do Nada, e neste sentido não se trata de uma situação deprimente, já que para uma pessoa não crente representa a possibilidade de experimentar o absoluto, algo como o instante derradeiro.
Cuidado com o inimigo que sorri e te elogia. Prefira o amigo que se cala e te olha com olhos de censura e cuidado.
Seja como uma árvore frondosa, forte e enraizada. Dê muitos frutos. E cuide para que tua sombra não impeça outros de crescerem ao teu redor.
A necessidade e a dor do próximo despertam o amor, o cuidado e o senso de justiça. Também nos fazem ver, muitas vezes, o quanto nosso problema não era tão grande assim.
