Limpar a Casa
Vários gatos em casa e a gente conversa como se fossem crianças
É difícil não tratar como filhos, eles possuem um valor inestimável, nos causam apego e em poucos minutos no tomam o coração cheios de amor, são engraçados e teimosos.
Encaro sem trauma o sofá imprestável, antes eu era o suprassumo da chatice com as coisas de casa, nada poderia ter nada arranhado, enferrujado, quebrado, sujo, tudo era descartado para o lixo, hoje revejo que por trás de cada arranhão no sofá, cheiro de xixi, há um serzinho carinhoso e cheio de amor.
É óbvio que eu não ia facilitar as coisas, desde sempre tentei estipular regras civilizatórias, algumas muito eficazes, outras que desisti por cansaço físico e mental.
Gatos nunca querem se sentir cercados de carinhos e abraços como nós humanos, são mais na dele, querem fazer só o que sentem vontade, são de momento, perdoam fácil a nossa invasão de privacidade.
Prestam atenção a tudo, miam por comida o tempo inteiro e de vez em quando aparecem roçando em você como se nada tivesse acontecido, são soldadinhos do bem.
A gente sai contando as presepadas, pensando e relatando o que fizeram e deixaram de fazer, o mundo dos gatos tem muitas possibilidades: ciúmes, posses do que nem é deles, carinhos inesperados, lambidas de surpresa e o óbvio despertador automático.
Quase tudo na vida melhora quando temos um gato, a gente lembra deles no trabalho, no mercado, na feira, na hora de comprar móveis, e pasmem, até na hora de arrumar um namorado porque não dá para ouvir o amor falando “passa, passa” pro seu bichano preferido, pro seu filho de quatro patas.
No mundo de hoje, é bem comum amar e respeitar os animais, mas tem muita gente escrota que trata animal como lixo, que se acham naturalmente superiores, animais são seguros, afáveis e seres penetrantes que nos conquistam a cada dia.
Vivo recordando momentos únicos vividos com eles, uma arranhar a porta quando custo a acordar, o olhar murcho quando estou doente. A qualidade de vida que ganhei com a presença da Thiffany e do Kadu em minha vida é indescritível. Mamãe ama os nhenhens délha pá shempi.
"Não deixe a chave de sua casa em qualquer lugar.
Porque se você perdê-la,
haverá sempre um mal-intencionado que vai encontrá-la..."
CASA VAZIA, teu coração é meu lar....
Procuro em cada canto daquele palacio..
por um espaco.. onde eu pudesse ficar com você...
eterno.. entrelaçados...
mas nao te encontrei..
A tua ausência ocupa um espaco maior
do que todas as dores do mundo
todas reunidas em um só coração..
ebrio, perdido neste labirinto
que me consome dia e noite,
sem rumo Sem direção... sem coração
O Palácio continua cheio..
mas ausente em mim.
Nem as mais belas canções fazem diferença agora
Não dizem nada...
Somente me dizem que a teu escapismo faz tudo ser tão claro..
Na ordem que deve ser...você sem mim eu sem você...
Naquilo que o mundo diz normal...
Neste Palácio vazio... de você e de mim...
Paulo Lima
O celeiro das despensas da sua casa e do seu coração só serão cheios quando deixar o Senhor Deus conduzir o arado da sua vida.
A casinha desabando
A casinha velha e pequena
Que só cabia nós dois
Tinha as paredes cheias de lodo
Memórias e confissões.
A casinha quase não tinha telhado
Pelo teto, víamos o céu
As árvores e a chuva
E nossas almas, viajavam e voltam
Para o mesmo lugar
Na velocidade do pensamento.
A casinha desabou
Junto nosso mundo de dois
Abriram-se suas vistas
E enxergou o mundo
E o meu desabou.
UMA CASA, UM LAR
Uma casa é apenas uma construção física. Um Lar é o amor construído ou em constante construção...
Élcio José Martins
No fundo ele é o mesmo menino que fugiu pela janela, que deixou marca de queimado no chão do quarto e que fingia ir dormir quando a vó mandava, mas continuava acordado.
É o mesmo menino que correu riscos por um amigo, que fez guerra de lama e que mesmo gostando da casa da vó, sentiu falta de casa.
É o menino que queria não magoar ninguém nem ser magoado, que se convenceu que todos irão machuca-lo e tenta estar preparado.
É o menino que se culpa por coisas que não estavam em suas mãos e sofre calado por isso.
É o menino que quer muito alguém que fique, quer alguém que o veja e não que só enxergue as mascaras que ele usa para falar com a maioria.
No fundo ele é o mesmo menino de antes e espero que ele saiba que isso faz dele um homem e tanto.
Nove da manhã, os raios do sol entram pela janela e iluminam os pequeninos olhos claros com raios dourados. Elas os herdara dele, assim como os cabelos cor de mel, da mãe herdara os cachos e as bochechas saltadas.
Onze da manhã e ela corre, ao menos tenta, mas curtas pernas ainda cambaleiam levando-a em direção ao pai e arrancando risadas da mãe.
Duas da tarde e a tolha está esticada sobre o gramado, deitados sobre ela, ambos brincam com a pequena. Sorrisos, risos e olhares repletos de felicidade. E há quem diga que o paraíso não é aqui.
É fim de tarde e a maçaneta da porta de entrada gira, a casa vazia encontra-se na penumbra e ela entra sozinha.
Já é noite, a escuridão tomou conta e as luzes não foram acesas, não há risos nem conversas intermináveis, nem beijos e abraços. Tudo ficou em um futuro que não virá e ela está sozinha e ficará assim.
Um sorriso no elevador, um “muito obrigado” na padaria e um “por favor” dentro de casa valem muito mais do que horas e horas de orações.
“Antes de corrigir os filhos dos outros, discipline os seus!” Antes de querer guiar a família dos outros, deseje orientar a sua! Antes de cuidar da igreja, cuide da sua casa!”
Geração de “profetas” que nada acontece dentro da própria casa! Deveriam ser conhecidos como espalha brasa!
O coração é a casa do amor, por isso, quem te deixa esperando na porta de entrada é porque não te quer dentro de casa.
Sempre invoco teu nome
no ar onde flores exalam,
responde-me o eco, apenas,
em lembranças que não calam...
Há momentos em que tudo que precisamos é crer que Deus sabe de todas as coisas e que em breve as dores desaparecerão, pois estamos indo para casa.
La casa de papel - O resumo
Um dia desses assistir
Um seriado diferente
Mexe com a cabeça da gente
Foi feito pra nos confundir
Uns cara com máscara do Dali
Fizeram um plano perfeito
Bem bolado e bem feito
E começaram a agir
O chefe do bando é inteligente
Preparado e competente
Em todo detalhe pensou
O cara era esforcado
Esperto e bem ajeitado
O chamavam de professor
Montou uma equipe de artistas
Cheia de especialistas
Pra não ter dificuldade
Cada um tinha nome de cidade
Veja só no que é que deu.
Tokio é quem narrava
Pelo Rio se apaixonou
Oslo, o primeiro que morreu
Tinha Denver, filho de Moscou
A mais tranquila era Nairobi
Entrou nessa por um filho
Berlin era fora do trilho
Frio e calculista
Tinha pinta de artista
Porém lhe faltava brilho
Helsinki o grandão
Era o mais diferente
Cuidadoso e sorridente
Era o gay da facção
Por Arturo Roman tinha uma queda
O refém que só pensava em fugir
Na série, ele quem tava a dirigir
A La casa da moeda.
O roubo bem planejado
Mexeu com o país inteiro
Nunca ninguem tinha pensado
Em fazer seu próprio dinheiro
Imprimiam e imprimiam
Sem dá se quer um bocejo
E colocavam nuns sacões
Ter mais de duzentos milhões
Era o seu maior desejo.
Itziar Itaño da série participou
Ela era a inspetora responsável pelo caso
Mulher linda, um arraso
Que o professor pegou.
Os caras tudo vestidos
Com uma roupa vermelha
Alison Parker, a ovelha
Chamada pelos badidos
Era uma bela flor
Linda como um jasmim
Foi refém até o fim
A filha do embaixador
O plano foi bem ousado
Porém êxito logrou
Foi muito bem arquitetado
Pelo grande professor
Que no final ficou de boa
Terminou com inspetora
E pro Caribe se mudou.
Eu era o vazio...
Uma velha casa abandonada.
Há muito tempo não habitada.
Vandalizada e menosprezada.
Tu era uma moradora das ruas.
Encarava o calor do sol nos dias e o frio massivo da lua.
E ali estávamos nós...
Frente a frente pela primeira vez.
Tu com fome e frio, e eu debruçada sob a terra úmida imaginando o calor do teu corpo.
Tua fadiga da procura por paz estava evidente já que estavas ali perdida e sozinha no mundo.
Esperando nas pessoas bondade e alguém que entendesse o seu desespero.
Seus olhos me cativaram, seu sorriso me conquistou.
Tudo em você era como a paz de um novo dia.
Pois você era resplandecente, assim como o brilho do sol.
Mas o mundo, sempre cruel não te deu ouvidos.
E você passou a viver no frio das ruas, sob o sussurros da noite.
O alvorecer era a morada da sua angustia, e nada a fazia sorrir, pois a alegria se dissipou do seu interior.
Então...Você viu a mim.
Uma velha casa vazia, que outrora já foi atrativa, com sorrisos sinceros, olás e bom dias.
E em mim você finalmente encontrou abrigo, e com o passar do tempo, com poucos gestos me trouxe de volta a vida.
Você me limpou cuidadosamente, cuidou das minha rachaduras.
E reviveu o meu jardim... Enfim.
Desde então habitas em mim, e o meu vazio se preencheu com a tua doce presença.
Já não sou mas uma antiga casa vazia.
Hoje sou parte importante do teu aconchego.