Lamento pela Morte de um Ente Querido
Apesar de reconhecer a vitimização e o coitadismo tão presentes na sociedade brasileira atual, e concordar que a exploração é inerente ao ser humano, ocorrendo em qualquer classe social, devemos ter cuidado para não cair no conto do vigário contido em alguns discursos que visam anular ou negar uma verdade.
Ao longo do processo de formação da sociedade brasileira, uma elite altamente nociva e perversa empurrou literalmente um enorme contingente de pessoas que foram escravizadas, exploradas e oprimidas para a periferia das grandes cidades, totalmente desprovidas de condições mínimas de vida.
Esse quadro social permanece; basta abrir nossas janelas e olhar.
Infelizmente, não acredito numa mudança estrutural em que as coisas vão mudar de forma significativa, pois o sistema se alimenta dessa miséria. Essa ordem mundial continuará.
O próprio povo parece adaptado a essa triste realidade. Talvez por isso, vivem o hoje e se alimentam do pão e circo sem reclamar.
"O projeto da elite precisa de um povo faminto, xucro e feio." (Darcy Ribeiro)
Os problemas de corrupção e outros males da sociedade estão perto do fim?
A justiça, o Ministério Público, a Polícia Federal e demais instituições funcionam de verdade?
Estão acima do bem e do mal?
Nossa democracia funciona?
Chegamos ao marco zero da nossa história. Daqui para frente, tudo será diferente.
Nossos problemas acabaram, seremos definitivamente o país do futuro?
Seremos felizes para sempre?
Será que a justiça, o Ministério Público, a Polícia Federal e demais instituições funcionam de verdade?
Estão acima do bem e do mal?
Cada vez mais estou pragmático.
Não quero nem saber quem criou esse caos chamado Brasil. Estamos na linha de frente e precisamos nos proteger dessa gente.
Compreendo que, nesse país, a maioria dos delinquentes são vítimas de anos e anos de exclusão social. Pouquíssimos deles escolheram ser bandidos por opção. Sei que nosso estado nunca se preocupou em dar a mão e provavelmente nunca dará. Ganhamos com essa realidade tosca que vivemos.
Nesse fogo cruzado, precisamos escolher um lado entre o inocente que mata e o inocente que morre.
É uma questão de sobrevivência.
Se todos falam que o culpado é o estado.
Então, ao invés de matar o peão do lado.
Matem o estado!
Matem os donos do mundo!
Os seres humanos praticam as mesmas atrocidades de milênios atrás.
Na Roma Antiga, jogavam cristãos na cova dos leões. Na Idade Média, queimavam hereges nas fogueiras. Na Segunda Guerra Mundial, exterminavam judeus em câmaras de gás.
Leandro Karnal está certíssimo ao dizer que o diabo entrou em férias desde que percebeu que o homem executa seu trabalho melhor do que ele próprio.
Difícil afirmar sem algo concreto, mas às vezes fico pensando: será que o "sistema" não simplifica as leis penais, permitindo que muitas pessoas ganhem com isso?
Lucrar em cima dos problemas.
Enfim, garantir o sustento de muita gente, incluindo juízes, delegados e advogados...
Polêmico.
Uma lógica semelhante à indústria bélica, que depende de guerras para lucrar.
Concordo que, na teoria, roupa não define caráter, mas enquanto a realidade ao meu redor faz essa associação, serei a favor da descrição e prevenção.
Concordo que, na teoria, o corpo é da mulher, mas enquanto a realidade ao meu redor despreza esse fato, serei a favor da prevenção e descrição.
Tenho sido chamado de machista pela patrulha ideológica dos politicamente corretos, mas pouco me importa como sou rotulado. O que realmente importa é que, depois do leite derramado, nenhuma ideologia, lei ou autoridade poderá trazer de volta nossos entes queridos.
Teoria é teoria, realidade é realidade.
Continuarei aconselhando minha filha baseado na realidade, na vida como ela é...
Não gosto muito de ficar batendo, atacando e criticando a atuação da polícia nessa espécie de guerra civil contra o crime organizado à qual estamos submetidos diariamente.
Tenho ciência e concordo que existem alguns equívocos e excessos no "modus operandi" da nossa PM.
Entretanto, não é justo a população, a imprensa e toda a sociedade civil organizada jogarem pedras apenas para um lado em detrimento do outro.
Afinal, o tráfico continua matando cada vez mais jovens, velhos, negros, brancos, mulheres, homens, gays, deficientes, sem qualquer tipo de escrúpulo.
Dentro desse contexto, o maior culpado, na minha opinião, é o estado brasileiro, que sempre foi ausente em várias esferas sociais, incluindo educação, moradia, saúde, lazer e segurança pública.
Apesar da mídia capitalista, que instrumentaliza e transforma pautas sociais como racismo, machismo, violência contra mulher, homofobia, em mercadorias, mais preocupada em aumento de audiência do que em gerar consciência na população;
Apesar dos oportunistas de plantão que se utilizam da má-fé para se aproveitar das leis criadas para reparar e proteger as minorias;
Apesar dos publicitários que almejam trabalhadores cada vez mais segmentados e divididos em guetos, com o intuito de ampliar seus nichos de mercados.
Apesar de saber que alguns negros conseguiram, com muito esforço, ascender socialmente, mesmo em um contexto adverso, permeado por um estado extremamente ausente e omisso em setores fundamentais para a promoção do bem-estar social, como educação, saúde, trabalho, segurança e lazer.
Apesar de perceber todas essas situações no dia a dia, não considero como justificativas suficientes para invalidar a importância das políticas e ações afirmativas feitas pelo governo com o objetivo de corrigir desigualdades raciais presentes na sociedade, acumuladas ao longo de anos, frutos da escravidão e da ação nefasta da elite brasileira que funcionalizou o atraso como forma de aumentar seus lucros.
As ações afirmativas são fundamentais para reverter a representação negativa dos negros, promover igualdade de oportunidades e combater o preconceito e o racismo tão presentes e enraizados na sociedade brasileira.
Não podemos falar de meritocracia no Brasil sem considerar as condições absurdamente desiguais em que as pessoas começam a sua vida nesse país.
É como dar um Fusca a Maria e uma Ferrari a Luzia e achar que a vencedora da corrida sairá por méritos.
A sorte, o esforço e o mérito de alguns negros e negras na história do Brasil, como Machado de Assis, Lima Barreto, Teodoro Sampaio, André Rebouças, Luís Gama, Milton Santos, Ruth de Souza, Antonieta de Barros, Laudelina de Campo Neto, são exceções que na verdade confirmam o racismo e a exclusão dos negros e negras ao longo da história do Brasil.
Nesse Brasil desigual, meia dúzia de pessoas que vencem por esforço próprio são exceções, não podem ser vistas como exemplos que retirem a culpa de um estado ausente e omisso, transferindo exclusivamente para o indivíduo a responsabilidade pelo sucesso ou fracasso na vida.
Dando oportunidades e condições iniciais iguais para todos, permitimos um crescimento substancial e generalizado da população. Ideal para qualquer país que deseja ser grande um dia.
Crescimento individualizado de forma generalizada é regra. Crescimento individualizado de forma isolada é exceção.
A mídia capitalista é especialista em retirar e veicular apenas a parte do contexto que atenda aos interesses pessoais e econômicos dos Donos do Mundo.
Não está preocupada com os dilemas da população pobre, mas sim, com o aumento do Ibope.
Não estão preocupados em debater o Dia da Consciência Negra ou a violência contra a mulher, mas sim, em vender recortes de conveniência que garantam aumento de audiência.
A sensação que tenho é que estão varrendo a sujeira para debaixo do tapete.
Retiram os barraqueiros da praia, as baianas de acarajé e, recentemente, os ambulantes.
Construíram arenas modernas em contraste com a miséria ao seu redor.
Para resolver os problemas de engarrafamento, vão decretar feriados nos dias de jogos.
Só falta colocarem uma enorme cortina para esconder nossas favelas.
Nossa realidade é tosca, e querem mostrar para o mundo um Brasil que não existe.
Sempre faço uso da famosa frase de Paulo Freire:
"Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor."
Deveria ser um mantra em todas as esferas da sociedade, mas parece que não desejamos libertar as pessoas.
Pelo contrário, colocamos cada vez mais lenha na fogueira dos ressentimentos.
Talvez seja por interesses econômicos, políticos e pessoais bem estabelecidos, preferimos a divisão em detrimento da união.
E assim, a guerra de todos contra todos de Thomas Hobbes continua firme e forte em nossas vidas.
A mediocridade sempre esteve presente em nossa sociedade.
A diferença é que com o surgimento das redes sociais, ela foi potencializada de forma exponencial.
Acredito que os excessos do politicamente correto, da patrulha ideológica e dos militantes oportunistas têm prejudicado muito a luta contra o racismo, machismo, homofobia...
Ainda mais em um país extremamente carente de educação e senso crítico.
Onde a maioria das pessoas tem uma enorme dificuldade em separar o "joio do trigo", em ouvir as partes envolvidas, em evitar pré-julgamentos, em fazer um filtro nas informações para assim ter uma melhor interpretação dos fatos.
Orientar a fala dentro daquilo que é considerado politicamente correto, sem, no entanto, pré-julgar e condenar pessoas.
Às vezes, estão repetindo de forma automática expressões de cunho racista com as quais conviveram anos e anos de suas vidas, sem que haja, de fato, uma intenção por trás, aquilo que denominamos racismo inconsciente.
Existem algumas coisas no comportamento humano que parecem ser biológica, social e psicologicamente construídas.
Acredito que a luta intraclasse seja pior que a luta de classes.
Não há sentido em ter pobres contra pobres, nordestinos contra nordestinos, empregados contra empregados, aposentados contra aposentados, escravos contra escravos e oprimidos contra oprimidos.
Acredito que a luta intraclasse seja pior que a luta de classes. Não há sentido em ter pobres contra pobres, nordestinos contra nordestinos, empregados contra empregados, aposentados contra aposentados, escravos contra escravos e oprimidos contra oprimidos."
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